Aqui está mais um exemplo de um título à moda do Público. Não sei se quem faz estes títulos é o Pacheco Pereira ou o director, mas o que sei é que eles são sempre distorcidos e convenientes. Já sei que o Público nos habituou ao escrutínio para além da realidade, mas um pouco de boa fé de vez em quando não ficava mal (e sempre conseguia enganar mais uns poucos...)
Então o despacho mencionado é um esclarecimento, inúmeras vezes dado pelos secretários de estado nos média, e o público vê nele uma mudança de posição da ministra, um recuo.
ALTERAÇÃO??? Mas altera onde, expliquem lá? E que tal lerem a lei e o estatudo do aluno e o respectivo regime das faltas? Que tal procurarem o que a oposição disse sobre este mesmo estatuto (e o regime de faltas) aquando a sua aprovação e discussão? Que tal investigarem como se convocam as manifestações dos alunos?
não sou do gabinete, mas, suponho, que mesmo assim posso ter uma opinião próxima da do governo. Custa-me ver tudo e todos a dizer mal só por dizer, numa de vingança aos tempos do Santana Lopes 8"ai se fosse no tempo do Santana o que diriam...").
Além disso, sou professor de matemática do ensino secundário (www.joaonarciso.com) e atento a estes assuntos sobre educação. Já agora, e se isso interessa, não tenho filiação partidária mas votei PS nas últimas eleições (e não estou arrependido).
Gostaria que me fosse explicado, com toda a clareza possível mas necessária, quase diria, palavra por palavra, o que se retira do despacho, ou lá que merda é, emanado do ministério da educação sobre a penalização dos alunos pelas faltas justificadas. Se houver um socialista de merda que queira explicar, desde já muito agradeço.
Mas é que é mesmo isso,se fosse com o Santana era o escândalo,com estes é normal,no pasa nada,são só pequenos ajustes,esclarecimentos,as escolas evitam discrepâncias(?),quais ,pois se o sr Valter Lemos dizia que cada escola avaliava os faltosos caso a caso,aplicando o que achasse melhor,para que é preciso então "esclarecer" que,"ride on again", cada um aplica como quer e não tem que haver exames para todos,estão tolinhos ou legislam por enxurrada mental...?
O Estatuto não foi alterado, mantém-se intacto. Fez-se uma coisa muito melhor: um despacho que viola a lei. O João poderá dizer melhor que eu, que de questões legais sou um leigo, o quão extraordinária é esta reinvenção da hierarquia na legislação portuguesa. Vamos fazer um despacho contra a Constituição, já agora?
E a prova continua a existir em qualquer circunstancia, as consequencias é que passam a ser diferentes.
Imagine-se que algum lhe tinha acertado!... Aí é que seriam satisfeitas todas as vontades dos meninos, porque se fizeram isto a culpa é dos professores que não os educam bem... Ah e claro, do PCP que influenciam esses inergumenos da docência...
Deram isto aos alunos, para eles se calarem. Para os distraírem. Para ser menos uma preocupação. E será, provavelmente. Os alunos sempre estiveram tão revoltados contra o regime de faltas, sobretudo a parte das faltas justificadas, que nunca se aperceberam que o Regime de Faltas não é mais que uma barreira ao chumbo. Tive casos destes na minha turma e com amigos, o ano passado. Baldaram-se. Fizeram uma medida correctiva. Depois baldaram-se mais um bocadinho e fizeram um exame. Mesmo que chumbem a um a ou a dois exames, se tiverem, em linguagem do secundário, 8 ou 9, continuam a passar. Isto já para não falar que há disciplinas que basta, por vezes, estudar em casa para conseguir uma positiva mesmo que baixa. E os alunos espertos conseguem fazê-lo. Eu vi isto acontecer mais do que uma vez, portanto não é assim tão improvável. \
Nota-se já um semblante de derrota nos (i)responsáveis da educação. O despacho a alterar a lei e o lançamento dos secretários de estado para a frente de batalha denuncia que estão nos últimos cartuchos. O sistema de avaliação, tal como está, é anedótico e sobre a disciplina nas aulas nada se diz. O ensino, que estava a bater no fundo, bem precisava deste abanão.
13 comentários:
Aqui está mais um exemplo de um título à moda do Público. Não sei se quem faz estes títulos é o Pacheco Pereira ou o director, mas o que sei é que eles são sempre distorcidos e convenientes. Já sei que o Público nos habituou ao escrutínio para além da realidade, mas um pouco de boa fé de vez em quando não ficava mal (e sempre conseguia enganar mais uns poucos...)
Então o despacho mencionado é um esclarecimento, inúmeras vezes dado pelos secretários de estado nos média, e o público vê nele uma mudança de posição da ministra, um recuo.
ALTERAÇÃO??? Mas altera onde, expliquem lá? E que tal lerem a lei e o estatudo do aluno e o respectivo regime das faltas? Que tal procurarem o que a oposição disse sobre este mesmo estatuto (e o regime de faltas) aquando a sua aprovação e discussão? Que tal investigarem como se convocam as manifestações dos alunos?
Isso, imagino, já não deve interessar...
João Narciso
Quem é este Narciso? È do gabinete?
Caro João Gonçalves,
não sou do gabinete, mas, suponho, que mesmo assim posso ter uma opinião próxima da do governo. Custa-me ver tudo e todos a dizer mal só por dizer, numa de vingança aos tempos do Santana Lopes 8"ai se fosse no tempo do Santana o que diriam...").
Além disso, sou professor de matemática do ensino secundário (www.joaonarciso.com) e atento a estes assuntos sobre educação. Já agora, e se isso interessa, não tenho filiação partidária mas votei PS nas últimas eleições (e não estou arrependido).
Sou portanto uma ave rara!
Cumprimentos.
João Narciso
Não é do gabinete mas é um serviçal
Esta ave rara utiliza a estratégia dos cucos.
Deixa os ovos nos ninhos dos outros e tem como objectivo assumido a colonização e eliminação das outras espécies.
A este propósito é muito esclarecedor um artigo de Luís Capucha sobre a actual "Revolução" em curso:
http://ocanhoto.blogspot.com/2008/11/segunda-revoluo.html
Ainda não sabem dos 'piquenos' ódios do 'sinhor' director do Público e do seu patrão?!
Isso é apenas mais uma "notícia" à moda da casa (do Público - entenda-se)
a ministra, tadinha, tá mesmo a precisar de uma boa gemada.
Gostaria que me fosse explicado, com toda a clareza possível mas necessária, quase diria, palavra por palavra, o que se retira do despacho, ou lá que merda é, emanado do ministério da educação sobre a penalização dos alunos pelas faltas justificadas.
Se houver um socialista de merda que queira explicar, desde já muito agradeço.
Mas é que é mesmo isso,se fosse com o Santana era o escândalo,com estes é normal,no pasa nada,são só pequenos ajustes,esclarecimentos,as escolas evitam discrepâncias(?),quais ,pois se o sr Valter Lemos dizia que cada escola avaliava os faltosos caso a caso,aplicando o que achasse melhor,para que é preciso então "esclarecer" que,"ride on again", cada um aplica como quer e não tem que haver exames para todos,estão tolinhos ou legislam por enxurrada mental...?
O Estatuto não foi alterado, mantém-se intacto. Fez-se uma coisa muito melhor: um despacho que viola a lei. O João poderá dizer melhor que eu, que de questões legais sou um leigo, o quão extraordinária é esta reinvenção da hierarquia na legislação portuguesa. Vamos fazer um despacho contra a Constituição, já agora?
E a prova continua a existir em qualquer circunstancia, as consequencias é que passam a ser diferentes.
Imagine-se que algum lhe tinha acertado!... Aí é que seriam satisfeitas todas as vontades dos meninos, porque se fizeram isto a culpa é dos professores que não os educam bem... Ah e claro, do PCP que influenciam esses inergumenos da docência...
Deram isto aos alunos, para eles se calarem. Para os distraírem. Para ser menos uma preocupação. E será, provavelmente. Os alunos sempre estiveram tão revoltados contra o regime de faltas, sobretudo a parte das faltas justificadas, que nunca se aperceberam que o Regime de Faltas não é mais que uma barreira ao chumbo. Tive casos destes na minha turma e com amigos, o ano passado. Baldaram-se. Fizeram uma medida correctiva. Depois baldaram-se mais um bocadinho e fizeram um exame. Mesmo que chumbem a um a ou a dois exames, se tiverem, em linguagem do secundário, 8 ou 9, continuam a passar. Isto já para não falar que há disciplinas que basta, por vezes, estudar em casa para conseguir uma positiva mesmo que baixa. E os alunos espertos conseguem fazê-lo. Eu vi isto acontecer mais do que uma vez, portanto não é assim tão improvável.
\
Nota-se já um semblante de derrota nos (i)responsáveis da educação. O despacho a alterar a lei e o lançamento dos secretários de estado para a frente de batalha denuncia que estão nos últimos cartuchos. O sistema de avaliação, tal como está, é anedótico e sobre a disciplina nas aulas nada se diz. O ensino, que estava a bater no fundo, bem precisava deste abanão.
Enviar um comentário