Em apenas dois dias, tivemos notícia de que elementos das polícias - na circunstância, da PSP e da PJ, mas já tínhamos tido do SEF e da GNR - são suspeitos em processos crime relacionados com dinheiros. Quando visitei a América Latina, a profunda, a dos tiros e a dos sequestros, era banal saber-se do envolvimento de "agentes da autoridade" em casos que supostamente deviam combater. Nalguns deles, coincidia a chefia da polícia, geral ou local, com a direcção de bandos organizados de rapina e de morte. Ainda não chegámos a tanto porque, até nestas coisas, o provincianismo impera. Aqui é mais o desenrascanço momentâneo ou a indeclinável tentação para "ajudar" ao trem de vida. Seja o que for, é mau e é um sintoma. Mais um de que o descalabro ético cujos piores exemplos vêm "de cima" - o "Expresso da meia-noite", se bem percebi, discutiu as negociatas com Angola, coisa a que os presentes, como o sr. Todo-Bom, um velho conhecido destas andanças, apelidava constantemente de "janela de oportunidades": para quê? para quem? em nome de que "princípios"? - está silenciosamente a minar esta porcaria toda. A plutocracia também é isto: sujeira, amoralidade e rapacidade das nomenclaturas partidárias e da autoridade. São aquilo a que chamo de efeitos perversos da democracia. Quid custodiet ipsos custodies?
1 comentário:
É o neo-liberalismo no seu melhor!
O liberalismo da 1ª Rep. também acabou assim|
Agora, qual é a admiração?
Quanto à solução, o remédio é o mesmo...
R.A.I.
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