Existem dois bons motivos para praticar, durante todo o dia, a desobediência civil. Em Lisboa, não votando nas eleições intercalares para a CML ou votar nulo em nulos. No resto, e particularmente no que concerne aos hospitais do SNS pagos pelos impostos dos contribuintes, abortistas e não abortistas, os médicos com consciência que a usem. E usem-na não apenas nos hospitais públicos mas igualmente nos privados. Desde o referendo que está amplamente provado que não existem condições objectivas, em todo o território nacional, para perpetrar abortos. Ou pior do que isso. Os que as possuem, não têm meios para assegurar tratamentos, por exemplo, do foro oncológico, esses, sim, bem mais prioritários do que o recurso ao facilitismo anti-concepcional, ainda por cima sem pagamento de taxas moderadoras. Tal como existia, a lei servia perfeitamente os propósitos terapêuticos da interrupção justificada da gravidez. A partir de hoje, e até às 10 semanas, é como usar um dispositivo intra-uterino ou um preservativo, apenas com mais garantias de sucesso e de rapidez. Preparar o futuro não se faz à conta da incerteza desse mesmo futuro, esmagando o passado e o presente. Se houver por aí um resquício de pensamento e de opinião pública em Lisboa e no país inteiro, então marimbem-se no futuro senhor presidente da Câmara e entreguem-na ao caos e às apalpadelas mútuas que já se preparam na sombra da hipocrisia partidária e "independente". E aproveitem o dia para reflectir sobre o país que a "esquerda moderna" anda a preparar. Um país de velhos infantilizados para velhos modernaços.
3 comentários:
Alguém me sabe dizer quantos abortos por ano tem um hospital que fazer para poder manter o serviço em funcionamento? Nascimentos já sabemos e também os serviços de maternidade que foram obrigados a fechar por questões de segurança.
Parece que volta à moda a "desobdiência civil"...
http://cidadaniapt.blogspot.com/2007/05/desobedincia-civil-1-parte.html
http://cidadaniapt.blogspot.com/2007/05/desobedincia-civil-2-parte.html
http://cidadaniapt.blogspot.com/2007/05/desobedincia-civil-3-parte.html
E, já agora se me for permitido, há outra forma de praticar a objecção de consciência. Afinal, "tão ladrão é o que fica à porta como o que vai à horta". Daí que também o contribuinte se possa sentir violentado e "sangre na sua consciência" ao pagar para que se façam abortos...
http://cidadaniapt.blogspot.com/2007/06/pro-reconhecimento-do-direito-de-objeco.html
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