O presidente francês, Nicolas Sarkozy, pronunciou ontem, em Epinal, um discurso decisivo acerca do futuro das instituições políticas francesas recorrendo à história. Sei perfeitamente que o nosso "regime salamaleque" não "encaixa" uma personalidade como a de Sarkozy. É um discurso de um francês para franceses e para a França. É, como me chamou a atenção um leitor, uma das mais extraordinárias reflexões político-filosóficas dos últimos tempos. É um discurso sobre o Estado, a República e a reforma das instituições. Por cá, num momento em que tanto papagaio surpreende "reformas" onde apenas existe propaganda e circo, e em que se proclama a "excelência" de uma medíocre e dependente "sociedade civil" pseudo-asfixiada pelo Estado (asfixiada, sim, pela sua néscia cupidez e pela sua auto-comiseração), era bom que aparecesse um Sarkozy para começar tudo de novo. Este regime não só nasceu anquilosado como já está velho há demasiado tempo. Precisa de sol e vida.13.7.07
SOL E VIDA NA POLÍTICA
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, pronunciou ontem, em Epinal, um discurso decisivo acerca do futuro das instituições políticas francesas recorrendo à história. Sei perfeitamente que o nosso "regime salamaleque" não "encaixa" uma personalidade como a de Sarkozy. É um discurso de um francês para franceses e para a França. É, como me chamou a atenção um leitor, uma das mais extraordinárias reflexões político-filosóficas dos últimos tempos. É um discurso sobre o Estado, a República e a reforma das instituições. Por cá, num momento em que tanto papagaio surpreende "reformas" onde apenas existe propaganda e circo, e em que se proclama a "excelência" de uma medíocre e dependente "sociedade civil" pseudo-asfixiada pelo Estado (asfixiada, sim, pela sua néscia cupidez e pela sua auto-comiseração), era bom que aparecesse um Sarkozy para começar tudo de novo. Este regime não só nasceu anquilosado como já está velho há demasiado tempo. Precisa de sol e vida.
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8 comentários:
Bravo, de estuque e tapumes estamos nós fartos.
Pois vá tirando o cavalo da chuva, caro João G. Não vai aparecer nenhum Sarkosy na choldra. Duvido até que haja algum. De todos os modos, em havendo, era bem burro se aparecesse
Ainda é cedo.Primeiro porque no BP ainda existem cerca de 400 ton da pesada herança e depois a UE ainda vai mandar muito dinheiro , enquanto não estourar.Depois sim , depois é que vamos ver como será...
«(...) Pour que la France existât, il a fallu que nos Rois la veuillent avec obstination pendant des siècles (...)».
(Sarkosy, 12-07-2007)
Caro João Gonçalves,
O problema da sociedade TVI portuguesa é, como muito bem observa, a sua auto-comiseração, aliada à total incapacidade de correr o mínimo risco, seja no que fôr, para levar a vida para a frente.
Não há ambição, não há garra, não há nada.
Morangos com açúcar, futebol e outros circos definem a matriz da "sociedade civil" que está em processo de consolidação.
@ batuta
E pensa que a França é diferente ?
é igualzinha !
Os franceses continuam com a mania da "grandeur" e viram neste gajo um napoleão de pacotilha um degaulle em cuecas. Não vai mudar nada. Mesmo não sendo o gajo francês. E até já constou que o modelo dele era o nosso engenheiro. Deus acuda aos frogs!!
A grandeza da França e do seu sistema Previdencial é a prova da sua superior civilidade com De gaule Xuxas e ou Chirac eles têm uma sociedade mais harmoniosa que a inglesa e outras na Europa p ex talvez só excedida pela espanhola
na questão da joie de vivre
Sarkozy é uma ameaça ao equilibrio francês Porque João se o modelo é a América de Bush jazus melhor limpar as mãos á parede. Um bluff e um embuste só sustentado pelos media e pelo capital de risco.
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