11.7.07

AS MAMAS DA REPÚBLICA - 2

A obsessão badalhoca com o aborto, paga com os nossos impostos - ainda por cima mais "prioritária" do que o tratamento de um carcinoma - até tem direito, segundo um pasquim borlista, a uma "linha telefónica que indica o hospital certo para abortar". Não sei se isto faz parte do "plano tecnológico", mas não deixa de ser uma ideia repleta de laicismo, republicanismo e socialismo. Em praticamente tudo continuamos primitivos e rudes, porém, em apenas semanas e por causa do aborto, demos passos gigantescos no caminho do "progresso". E, como escreve o Dragão, "têm sempre uma solução de recurso" para a objecção de consciência médica. "Barata e infalível, ainda por cima: criam "salas de despejo" nos Matadouros Municipais. Aí, de certeza, os funcionários não se põem com objecções inconvenientes. No que concerne ao abate de gado, já devem ser imunes a pruridos de qualquer espécie."

10 comentários:

Anónimo disse...

Não sou 100% a favor do aborto nem contra, prefiro antes colocar outra questão: um caso que conheço entre tantos outros que existem!
O João foi salvo, com muito orgulho médico, às 28 semanas de gravidez. Nasceu com 350gr, media 32cm. Hoje é um jovem que não ouve, vê muito mal, não se apercebe do que se passa à sua volta, não executa as mais simples tarefas pessoais, é 100% dependente de outra pessoa! Os Pais, para além do desgosto, não têm grandes recursos económicos e preocupam-se com o futuro do filho quando morrerem!
Se não há nada que valha a este jovem, que orgulho poderão ter os médicos em "salvarem" seres humanos para uma (não)vivência destas? Onde está a sinceridade dos objectores de consciência? Por que não funcionam também estes objectores em casos como estes?? Que querem eles salvar em casos como o do João??? Tratar-se-á apenas de um orgulho da classe médica em monstrarem a si próprios e aos outros de que conseguirem uma proeza ao salvar um feto de 28 semanas??? E depois? Têm condições para eles sobreviverem com dignidade?....

Tanta HIPOCRISIA !!!!!

petrovich disse...

Ó anónimo das 10.46,

eu conheço é o caso daquele anónimo que escrevia em caixas de mensagens e que era um desgosto e um dispendio para os pais e cuja a existência era uma não vivência. Os médicos não o abortaram por objecção de consciência.

Não sei se está perceber.
É uma questão de princípio.

Ninguém tem o direito de escolher quem deve ou não viver.

É só isto. E apenas isto. Tudo o resto é areia para os olhos.

(os partos de 7 meses não devem ser tratados da mesma maneira que os outros, pelos médicos?!?!)

E, já agora, em que se baseia para dizer que essa vida é menos digna do que, por exemplo, a sua?

Concordamos num ponto. Há muita hipocrisia.

Anónimo disse...

E isto quando em 2006 se verificou a mais baixa taxa de natalidade em Portugal, desde que há estatisticas.
Quanto ao comentário anterior, o orgulho médico também terá tido o consentimento e apoio dos pais nos actos médicos necessários à salvação de uma vida, condicionada é certo, mas é uma vida.
Obviamente que esses médicos poderão ser objectores de consciência para actos inversos à sua função de salvar vidas, como o são o aborto e a eutanásia.
R.A.I.

Anónimo disse...

Eu não sou médico e não sei o que pode provocar um nascimento prematuro com estas características trágicas.
Todavia, a lei anterior à da liberalização do acto de abortar, agora em vigor, previa que em casos de malformação do feto (por exemplo, na sequência de rubéola da futura mãe) essa legitimidade fosse assegurada. Se a ciência médica não pode prever, em nenhum caso, um nascimento prematuro com estas características trágicas, então é verdade que estamos perante um problema de extremo melindre moral e ético.

Anónimo disse...

Oh anónimo das 11:56: NÃO PERCEBEU o meu ponto de vista!!! A questão está na escrupulosidade dos médicos quanto aos abortos mas não têm tanta quando existem casos como o do João (e este caso não é aquele que mencionou...é bem mais grave!!!, estes objectores de consciência não criam consultas especiais (refiro-me a ausência de pagamento) nem promovem assistências adequadas ao doente e familiares!!!!

quanto à vida do João ser mais ou menos digna do que a minha...., não tenho que lhe dizer nada acerca da minha, porque não o conheço de lado nenhum, mas posso assegurar-lhe que, a do João, e outros tantos como ele, não terá, certamente, a dignidade que merecia!

MRC disse...

Este pessoal da esquerda vive obcecado com o assunto do aborto ao ponto de darem mais apoio a quem quer abortar do que a quem tem problemas durante a gravidez e quer ter o seu filho.

petrovich disse...

Deixe-me que lhe diga que realmente não o percebo:

1) que queria? que os médicos não fizessem nascer o João? Independentemente do que tivesse acontecido antes? que não sintam orgulho quando salvam uma vida? e que depois sintam escrúpulos em fazer abortos? qual é a hipocrisia? Parece-me lógico.

2) para o caso da dignidade, compreenda isto: a dignidade de uma vida não passa por aquilo que as pessoas podem ou não fisica e intelectualmente fazer. Lá porque o João lhe faz impressão e precisa dos outros para sobreviver (não precisamos todos?) como é que se pode afirmar que ele não é digno como merece (e como é certamente). Não acha isso petulância, de gente "normal"?

Por fim só dois esclarecimentos: o facto de o usar como exemplo é apenas porque me pareceu aí existir uma superioridade que eu não reconheço, à partida, a ninguém sobre as pessoas com deficiência. Daí que é irrelevante conhece-lo ou não. Isso é irritaçãozinha tonta. Segundo, apesar de tudo sou bem menos anónimo do que você.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Tem inteira razão Caro João!

Só que eu ainda ia mais longe!

Não as mandava para o açougeiro, que dignamente ganha o seu pão, no meio do sangue das bestas!

Mandava-as para uma Junta Médica, onde os resultados são igualmente mortais (com um bocadinho de sorte vai a mãe e o feto!), mas seu beliscar as consciências de que é muito vermentemente contra o aborto.

E os Médicos que a formam, e que julgo que as continuarão a formar, estão, pelos visto, fora do juramento do hipocrates.

Nem estão no meio do sangue, e são muito higiénicos, solucionando todos os problemas médicos com arrnjos dos dentes e lavagem de orelhas.

Anónimo disse...

O Sr. petrovich (é tão anónimo como eu!!!)não não eprcebeu NADA do que eu escrevi, tanto como à vida do João como da dignidade da sua vivência.....Arma-se em muito comrpeensivo mas....é que não lhe caiu em cima tamanha desgraça!!!! Veja a REALIDADE e deixe-se filosofias baratas.....

Anónimo disse...

desculpem lá intrometer-me no caso do joao, mas, tenho a dizer que a verdadeiro razão dos objectores é a pura hipocrisia. Quantos casos os nossos hospitais deixam morrer adultos, jovens, e recém nascidos por pura incuria? quantos casos conhecem? como é podem os objectores serem primeiro objectores quando na "deles" profissão existe tantos erros? Alguuma vez o poco portuguÊs ouviu com tanto fanatismo os, estes objectores defederem a educação sexual para os jovens? Ninguém? ... de certeza? Alguma vez ouviram ou sabem ter ouvido de um médico que deixou morrer um doente um pedido de desculpas e ter-se demetido por ter cometido um erro???
Eu acredito profundamente na vida e acredito que todos nós somos culpados nas suas diferentes participações nesta vida e por isso defendo que as corporações, tipo auqela que existe no meio médico deve acima de tudo reger-se pela dignidade e seriedade e assumirem que no meio desta corporação existem profissionais que só querem da profissão não a satisfação de salvar e ajudar quem está doente mas sim e apenas ganhar a vidinha.

Não sou médico mas admiro alguns que conheço, mas já assisti, por exemplo no nascimento do meu filho no hospital de aveiro que nasceu de cesariana terem-lhe fracturado a clavicula! Fiquei chocado. Mas tentei saber com outros colegas o porquê disto e a primeira atitude que tiveram foi a de ficarem surprendidos, para logo a seguir irem dizendo que, pronto ás vezes isso podia acontecer, etc,etc.

Um objector não o deve ser apenas por razões políticas.

Todos sabemos que se faz abortos neste país em clinicas privadas e até sabemos os nomes de alguns médicos que os fazem há anos. e a ordem sabe tão bem quanto muitos de nós e se for preciso sou capaz de dizer os nomes.


´Não se pode fazer abortos só porque sabemos que os pais tem dificuldades na vida, isso é a miséria das misérias. Não! Isso Não!

Mas e se o bebe tiver malformações terríveis? E se na altura do parto o bebe ficar deficiente?