A obsessão badalhoca com o aborto, paga com os nossos impostos - ainda por cima mais "prioritária" do que o tratamento de um carcinoma - até tem direito, segundo um pasquim borlista, a uma "linha telefónica que indica o hospital certo para abortar". Não sei se isto faz parte do "plano tecnológico", mas não deixa de ser uma ideia repleta de laicismo, republicanismo e socialismo. Em praticamente tudo continuamos primitivos e rudes, porém, em apenas semanas e por causa do aborto, demos passos gigantescos no caminho do "progresso". E, como escreve o Dragão, "têm sempre uma solução de recurso" para a objecção de consciência médica. "Barata e infalível, ainda por cima: criam "salas de despejo" nos Matadouros Municipais. Aí, de certeza, os funcionários não se põem com objecções inconvenientes. No que concerne ao abate de gado, já devem ser imunes a pruridos de qualquer espécie."
10 comentários:
Não sou 100% a favor do aborto nem contra, prefiro antes colocar outra questão: um caso que conheço entre tantos outros que existem!
O João foi salvo, com muito orgulho médico, às 28 semanas de gravidez. Nasceu com 350gr, media 32cm. Hoje é um jovem que não ouve, vê muito mal, não se apercebe do que se passa à sua volta, não executa as mais simples tarefas pessoais, é 100% dependente de outra pessoa! Os Pais, para além do desgosto, não têm grandes recursos económicos e preocupam-se com o futuro do filho quando morrerem!
Se não há nada que valha a este jovem, que orgulho poderão ter os médicos em "salvarem" seres humanos para uma (não)vivência destas? Onde está a sinceridade dos objectores de consciência? Por que não funcionam também estes objectores em casos como estes?? Que querem eles salvar em casos como o do João??? Tratar-se-á apenas de um orgulho da classe médica em monstrarem a si próprios e aos outros de que conseguirem uma proeza ao salvar um feto de 28 semanas??? E depois? Têm condições para eles sobreviverem com dignidade?....
Tanta HIPOCRISIA !!!!!
Ó anónimo das 10.46,
eu conheço é o caso daquele anónimo que escrevia em caixas de mensagens e que era um desgosto e um dispendio para os pais e cuja a existência era uma não vivência. Os médicos não o abortaram por objecção de consciência.
Não sei se está perceber.
É uma questão de princípio.
Ninguém tem o direito de escolher quem deve ou não viver.
É só isto. E apenas isto. Tudo o resto é areia para os olhos.
(os partos de 7 meses não devem ser tratados da mesma maneira que os outros, pelos médicos?!?!)
E, já agora, em que se baseia para dizer que essa vida é menos digna do que, por exemplo, a sua?
Concordamos num ponto. Há muita hipocrisia.
E isto quando em 2006 se verificou a mais baixa taxa de natalidade em Portugal, desde que há estatisticas.
Quanto ao comentário anterior, o orgulho médico também terá tido o consentimento e apoio dos pais nos actos médicos necessários à salvação de uma vida, condicionada é certo, mas é uma vida.
Obviamente que esses médicos poderão ser objectores de consciência para actos inversos à sua função de salvar vidas, como o são o aborto e a eutanásia.
R.A.I.
Eu não sou médico e não sei o que pode provocar um nascimento prematuro com estas características trágicas.
Todavia, a lei anterior à da liberalização do acto de abortar, agora em vigor, previa que em casos de malformação do feto (por exemplo, na sequência de rubéola da futura mãe) essa legitimidade fosse assegurada. Se a ciência médica não pode prever, em nenhum caso, um nascimento prematuro com estas características trágicas, então é verdade que estamos perante um problema de extremo melindre moral e ético.
Oh anónimo das 11:56: NÃO PERCEBEU o meu ponto de vista!!! A questão está na escrupulosidade dos médicos quanto aos abortos mas não têm tanta quando existem casos como o do João (e este caso não é aquele que mencionou...é bem mais grave!!!, estes objectores de consciência não criam consultas especiais (refiro-me a ausência de pagamento) nem promovem assistências adequadas ao doente e familiares!!!!
quanto à vida do João ser mais ou menos digna do que a minha...., não tenho que lhe dizer nada acerca da minha, porque não o conheço de lado nenhum, mas posso assegurar-lhe que, a do João, e outros tantos como ele, não terá, certamente, a dignidade que merecia!
Este pessoal da esquerda vive obcecado com o assunto do aborto ao ponto de darem mais apoio a quem quer abortar do que a quem tem problemas durante a gravidez e quer ter o seu filho.
Deixe-me que lhe diga que realmente não o percebo:
1) que queria? que os médicos não fizessem nascer o João? Independentemente do que tivesse acontecido antes? que não sintam orgulho quando salvam uma vida? e que depois sintam escrúpulos em fazer abortos? qual é a hipocrisia? Parece-me lógico.
2) para o caso da dignidade, compreenda isto: a dignidade de uma vida não passa por aquilo que as pessoas podem ou não fisica e intelectualmente fazer. Lá porque o João lhe faz impressão e precisa dos outros para sobreviver (não precisamos todos?) como é que se pode afirmar que ele não é digno como merece (e como é certamente). Não acha isso petulância, de gente "normal"?
Por fim só dois esclarecimentos: o facto de o usar como exemplo é apenas porque me pareceu aí existir uma superioridade que eu não reconheço, à partida, a ninguém sobre as pessoas com deficiência. Daí que é irrelevante conhece-lo ou não. Isso é irritaçãozinha tonta. Segundo, apesar de tudo sou bem menos anónimo do que você.
Cumprimentos.
Tem inteira razão Caro João!
Só que eu ainda ia mais longe!
Não as mandava para o açougeiro, que dignamente ganha o seu pão, no meio do sangue das bestas!
Mandava-as para uma Junta Médica, onde os resultados são igualmente mortais (com um bocadinho de sorte vai a mãe e o feto!), mas seu beliscar as consciências de que é muito vermentemente contra o aborto.
E os Médicos que a formam, e que julgo que as continuarão a formar, estão, pelos visto, fora do juramento do hipocrates.
Nem estão no meio do sangue, e são muito higiénicos, solucionando todos os problemas médicos com arrnjos dos dentes e lavagem de orelhas.
O Sr. petrovich (é tão anónimo como eu!!!)não não eprcebeu NADA do que eu escrevi, tanto como à vida do João como da dignidade da sua vivência.....Arma-se em muito comrpeensivo mas....é que não lhe caiu em cima tamanha desgraça!!!! Veja a REALIDADE e deixe-se filosofias baratas.....
desculpem lá intrometer-me no caso do joao, mas, tenho a dizer que a verdadeiro razão dos objectores é a pura hipocrisia. Quantos casos os nossos hospitais deixam morrer adultos, jovens, e recém nascidos por pura incuria? quantos casos conhecem? como é podem os objectores serem primeiro objectores quando na "deles" profissão existe tantos erros? Alguuma vez o poco portuguÊs ouviu com tanto fanatismo os, estes objectores defederem a educação sexual para os jovens? Ninguém? ... de certeza? Alguma vez ouviram ou sabem ter ouvido de um médico que deixou morrer um doente um pedido de desculpas e ter-se demetido por ter cometido um erro???
Eu acredito profundamente na vida e acredito que todos nós somos culpados nas suas diferentes participações nesta vida e por isso defendo que as corporações, tipo auqela que existe no meio médico deve acima de tudo reger-se pela dignidade e seriedade e assumirem que no meio desta corporação existem profissionais que só querem da profissão não a satisfação de salvar e ajudar quem está doente mas sim e apenas ganhar a vidinha.
Não sou médico mas admiro alguns que conheço, mas já assisti, por exemplo no nascimento do meu filho no hospital de aveiro que nasceu de cesariana terem-lhe fracturado a clavicula! Fiquei chocado. Mas tentei saber com outros colegas o porquê disto e a primeira atitude que tiveram foi a de ficarem surprendidos, para logo a seguir irem dizendo que, pronto ás vezes isso podia acontecer, etc,etc.
Um objector não o deve ser apenas por razões políticas.
Todos sabemos que se faz abortos neste país em clinicas privadas e até sabemos os nomes de alguns médicos que os fazem há anos. e a ordem sabe tão bem quanto muitos de nós e se for preciso sou capaz de dizer os nomes.
´Não se pode fazer abortos só porque sabemos que os pais tem dificuldades na vida, isso é a miséria das misérias. Não! Isso Não!
Mas e se o bebe tiver malformações terríveis? E se na altura do parto o bebe ficar deficiente?
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