6.6.07

UMA PONTE PARA O DESERTO


Agora uma coisa completamente diferente. Este site decidiu que há espaço na democracia portuguesa - na sua parte neuronal não atrofiada e madura - para o que se expõe seguidamente. Inundemos a secretária do engº Mário Lino com papéis destinados a provar-lhe que, depois da Ponte, não vem o Sahara.

ABAIXO-ASSINADO

REPOSIÇÃO DO NOME ORIGINAL DA PONTE SALAZAR

(ponte que liga Lisboa a Almada)

Eu, abaixo-assinado, venho solicitar que seja reposto o nome original, à Ponte sobre o Tejo, hoje designada por Ponte 25 de Abril. Ao ser inaugurada, em 6 de Agosto de 1966, havia recebido o nome de “PONTE SALAZAR”:

Nome: ___________________________________________________________________

Assinatura: _______________________________________________________________

B.I. ou Nº Contribuinte: _____________________________________________________

Data: ____________________________________________________________________

A devolução do impresso poderá ser efectuada para:

Endereço do site: info@oliveirasalazar.org

Ou para:

João Gomes, Apartado 9096, E.C. Morais Soares, 1901-802 Lisboa

23 comentários:

Rui P. Bebiano disse...

Eu vou já assinar! É que é mesmo já a seguir!

Recomendo mesmo que vamos todos ao site do Sr. Prof. Dr. Oliveira "Salvador da Pátria" Salazar. "Depressa e em força".

Só assim poderemos ficar a saber que os senhores policias da PIDE eram uns heróis da mais rija cepa lusitana. Ou que o 25 de ABril foi afinal decidido numa reunião secreta da NATO. À saída o ministro belga desabafou a sua mágoa pela traição ao "nosso melhor aliado". Nada mal para um sujeito que tinha morrido dois anos antes.

Vou ter de me desfazer da minha colecção dos Monty Python. Não há tempo para tudo...

Anónimo disse...

O "apagamento" do nome original é mesmo coisa do terceiro mundo.
Uma gentinha pequena, medíocre e invejosa. E estúpida sobretudo.

Anónimo disse...

Voltar aos nomes antigos pode ser gratuito e reabrir muitas feridas. Eu proponho o seguinte, mude-se o nome sim mas para uma versão ligeiramente diferente:

A Ponte (já está paga, seus merdas, desde) Salazar

JSA disse...

Importam-se que mude muito ligeiramente o texto? Proponho simplesmente uma mudança para «venho solicitar que nunca mais seja reposto o nome original (...)». Ainda que democracia não seja a especialidade do proponente referido, suponho que se a minha formulação apssar cai exactamente na mesma lógica, não?

Anónimo disse...

Aquele tal site "decidiu que há espaço na democracia portuguesa..."? Hahahaha! Ai que lindo! Eu acho que o excelentíssimo pai espiritual desses senhores é que já deu várias piruetas no túmulo! Raio dos catraios, mas quem lhes terá ensinado essas coisas do "espaço na democracia"? Andam a dar-se demais com essa gente do reviralho, é o que é!

E eu até acho mais, acho que até há espaço na democracia portuguesa para se voltar a chamar a isto Estado Novo. Não se esbulha assim um homem de uma propriedade de 48 anos!

Pedro Morgado disse...

Esta ideia é a antítese de si mesma…

Anónimo disse...

Bom também não é preciso exagerar, tá bem?

Anónimo disse...

Estes asnos já deviam ter mudado o nome da Praça do Marquês de Pombal para a de «Democracia on the Rocks».

Nem ao menos lêem :

"(...) Dois partidos ..., sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes ... vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, - de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar ..."

Guerra Junqueiro
(1896)

In «minha rica casinha».

Anónimo disse...

... e não lêem, estes contentes de espírito :

“Em Portugal, em vez da lógica conservadores/revolucionários havia uma maioria parlamentar e uma oposição composta de vários grupos dissidentes.

Estes grupos são fragmentos dispersos do único partido existente - o partido conservador - fragmentos cuja gravitação constitui o organismo do poder legislativo.

Estes partidos, todos conservadores, não tendo princípios próprios nem ideias fundamentais que os distingam uns dos outros, sendo absolutamente indiferente para a ordem e o progresso que governe um deles ou que governe qualquer dos outros, conchavaram-se todos e resolveram de comum acordo revezarem-se no poder e governarem alternadamente segundo o lado para que as despesas da retórica nos debates ou a força da corrupção na urna faça pesar a balança da régia escolha.

Tal é o espectáculo recreativo que há vinte anos nos está dando a representação nacional.”

Ramalho Ortigão

In «minha rica casinha»

Anónimo disse...

Caro João,nem morto!

Não gosto de DITADORES!

Anónimo disse...

... nem eu.
E muito menos, mas muito menos, de ditaduras de fachada democrática. Como a que está.

Unknown disse...

Tudo aconteceu com neste post vem descrito!

http://absolutamenteninguem.blogspot.com/2007/04/25-de-abril-para-os-canucos-ia-iq-i.html

Mar Arável disse...

Parece que o anónimo que responde
a comentário é o dono do blog.Seja como for - deixe o Salazar na urna
- não desejamos a morte aos mortos e se o aprecia - poupe-o - não deixe morrer o seu morto.Respeite-se - de outro modo expõe a sua figura apenas para gozo pessoal.

João Gonçalves disse...

Amigo autarca do deserto--- já devia saber que eu assino o que escrevo.

Anónimo disse...

«não deixe morrer o seu morto».

O meu morto é o paroxismo que estrebucha na pessoa colectiva do Partido Socialista. Se tivessem vergonha, antes o crematório ...

Anónimo disse...

Não é uma questão de saudosismo, mas sim o repor da verdade histórica e, sem medos, nem fantasmas, aceitar que Salazar, para o bem e para o mal, deu abnegada e desinteressadamente uma vida inteira pelo país, que tirou da miséria geral e da mais aviltante desordem social e económica e o deixou intacto nas suas fronteiras, independente, organizado, pujante de reservas de ouro e com uma moeda forte, uno na sua estratégia colectriva.
Colocar os verdadeiros nomes nas obras pensadas, programadas, estruturadas e prontamente pagas, como na ponte sobre o Tejo ou na barragem em Stª Susana, etc., etc. etc., não é uma ofensa aos politiqueiros “democratas” mas o colocar a fasquia no lugar, para que se eles conseguirem, a ultrapassem.
Foi isso que, em 33 anos de “democracia”, ainda não vimos.
Vou assinar a petição e divulga-la.
Hoje podemos ser poucos, amanhã, seremos muitos!
R.A.I.

Anónimo disse...

Salazar, 26 de Julho de 1966: "acompanhei o ministro Arantes de Oliveira numa visita à ponte. Vi o meu nome inscrito em letras de bronze. Perguntei: as letras estão fundidas ou simplesmente aparafusadas? É que se estão fundidas vão dar muito mais trabalho a arrancar."
Salazar,30 de Julho de 1966: "Afinal,a ponte sempre ficou designada por ponte Salazar. Teimosia do Presidente e do ministro, mas é um erro. Os nomes dos políticos só devem ser dados a monumentos e obras públicas cem ou duzentos anos depois da sua morte. Se ao fim desse tempo ainda houver memória dos homens algum traço do seu nome ou da sua obra, então é justo que se lhe preste essa homenagem".
Se o próprio não desejava o seu nome inscrito na ponte, porque razão alguém pretende fazê-lo agora? Cheira-me a oportunismo tipo PNR ou outra força política no género que pretende capitalizar a figura de Salazar.Uma tristeza.
José rocha

Anónimo disse...

Eu proponho que o Aeroporto da Ota tenha o nome do Presidente da República à data da inauguração. Provalvemente será o
"Aeroporto Internacional António Guterres", mas se se despacharem ainda
poderá chamar-se
"Aeroporto Internacional Cavaco Silva".

Já foi uma pena que a ponte Vasco da Gama não se chama-se
"Ponte Jorge Sampaio", ou então
"Ponte Cavaco Silva", ou "Ponte António Guterres", em homenagem aos executivos que a construiram...

Alfredo

Anónimo disse...

a ociosidade dá nisto..

e um abaixo assinado para voltar a chamar Lourenço Marques a Maputo e colónia a Moçambique, não se arranja?

ó tempo volta para trás, dá-me tudo o que eu perdi...

Anónimo disse...

100% de acordo e aqueles q sao contra só tenho uma coisa a dizer:os vossos avós deviam levar c uma foiçe e um martelo pelo cu acima.
«Vós pensais nos vossos filhos, eu penso nos filhos de todos vós».
No momento do lançamento da primeira pedra duma Casa do Povo.
«A mais segura fonte da autoridade é o Estado (…) Um Estado forte é assim a primeira necessidade; mas, uma vez mais não há Estado forte onde o Governo não o é».
Disse aos congressistas da União Nacional em 1951.
«Para cada braço uma enxada, para cada família o seu lar, para cada boca o seu pão».

Anónimo disse...

uma foiçe e um martelo pelo cu acima dos comunas e dos anti salazar

Anónimo disse...

o unico q nao roubou levou o nome de portugal a todo lado como um rei.desaparecemos c a morte dele e voçes todos contentes pela liberdade de expressao mas nao temos liberdade para os nossos filhos pais e avós pois eles estao num perigo eminente d serem assaltados e agredidos a toda a hora por raças q nem o direito tinham d estar na europa pois seram sempre inferiores a nós sem historia sem nada.

Anónimo disse...

Dos ditadores é que eu gosto: pelo menos tenho um culpado e nesta democracia não os encontro.