2.9.03

O MACACÃO

Numa longínqua Contra-Informação, dos tempos em que o já saudoso Dr. Jorge Coelho mandava, o respectivo boneco, a propósito de umas preocupações circunstanciais de "Toneca" Guterres, dizia para ele não se preocupar, "que se desse ao povo o que o povo gosta": umas bailarinas, um macaco (alusão o um macacão que aparecia num programa de João Baião) e futebol. Desaparecidas as bailarinas, ficou o futebol e eventualmente um macacão. Eu pecador me confesso, mas não ligo pevas à bola. A vizinhança bloguista, e muita da que consta da lista da direita, escreve que se farta sobre o curso do esférico nacional. Porém, como vejo tv, estou sempre a levar com a bola no focinho. Por estes dias, reparei que o Sr. Mourinho, que até tem bom aspecto, perorou com abundância. Se bem percebi, entre ele e o mundo, que começa logo nos jornalistas, existe uma sublime distância, encurtada aqui e ali quando a veneranda figura decide mostrar os seus talentos oratórios. Percebe-se que a criatura só sabe falar de si e para si, na melhor tradição Pinto da Costa. Depois de o ver e de o ouvir, pressenti que o macaco Adriano, o tal do João Baião, afinal, ainda não se tinha ido embora. Mudou apenas de fato, não canta, mas fala, e pôs gel na mona.

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