ATÉ QUANDO?
Como não tenho paciência para acompanhar as repetições enfadonhas do discurso de ontem do Dr. Portas, nas televisões, acabei por não "apanhar" a essência da bravata. Nem tão pouco a tenho para ler as reportagens nos jornais. Basta-me, no entanto, o que leio no cidadão livre, em quem confio. Ditas umas banalidades sobre "competitividade" - a maioria dos nossos políticos acha que vive no norte da Europa -, o "braço direito" largou umas vulgaridades parvas e inquietantes sobre a imigração, que caem sempre bem no doméstico ouvido pequeno-burguês, normalmente bronco. Emprego, é para portugueses, e fronteiras, é para ir fechando suavemente. Podia recomendar Kant ou Jacques Derrida a Portas. Podia lembrar-lhe o civismo clarividente da malograda Anne Lindh. Podia lembrar-lhe que fazemos parte da União Europeia. Etc. Etc. Infelizmente só me ocorre que Portas é membro do meu Governo, em 2003. Até quando?
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