16.8.03

BABY BOOM

Alguns "espertos" americanos prevêem para daqui a nove meses uma profusão de criancinhas, na sequência do "apagão" que "abalou" algumas cidades dos EUA e do Canadá. Lembro-me que, há para aí três anos, também houve aqui um "apagão", modestíssimo, comparado com este, e que teve origem numa...cegonha. Até nos "apagões" somos originais e grotescos! O mesmo já não se poderá dizer do "baby boom" caseiro. Queixavam-se os nossos "espertos" de que a nossa população andava envelhecida, que não se procriava e não sei que mais. Pois bem, eu quando tenho que ir a uma qualquer "catedral de consumo" ou a um vulgar restaurante, sou quase sempre esmagado pelos carrinhos, ora trazidos de casa, ora fornecidos pelas "catedrais", onde imensos pais babados depositam os neófitos em passeios alegres pelos corredores dos centros comerciais. Nos restaurantes as coisas pioram um pouco, pela irreprimível atracção que as criancinhas revelam pelos gritos e pelos choros, raramente se deixando seduzir pelos bifinhos e pelas batatinhas que os progenitores- sempre babados - lhes tentam impingir. Cada um tem o "baby boom" que merece. Eu, pela minha parte, dispenso. Gosto muito de comer descansado.

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