30.9.09

UM NOVO REGIME, UMA NOVA CONSTITUIÇÃO, UMA REPÚBLICA NOVA


O Presidente da República, eleito por sufrágio directo e universal, não tem de ser consensual. A figura do "presidente de todos os portugueses", introduzida por Eanes na recandidatura de 1980, é meramente retórica. Veja-se o caso francês da Constituição de 58, em vigor há mais de cinquenta anos, que deu presidentes tão distintos como De Gaulle, Pompidou, Mitterrand, Chirac ou Sarkozy. O regime português deve evoluir para a presidencialização, com outra Constituição e uma República Nova, como defendo. Em Outubro (dia 22), no renovado Centro Académico de Democracia Cristã, em Coimbra (e a convite do seu presidente, o Prof. João Caetano), procurarei explicar porquê.

13 comentários:

Paulo Carvalho disse...

http://povileu.blogspot.com/2009/09/o-que-vale-portugal.html

Unknown disse...

Por muito tentador que seja, nos dias que correm, falar em coisas "novas", pergunto-lhe: e se esse presidente que imagina respondesse pelo nome de José Sócrates, Pedro Passos Coelho, António Costa ou outros dos nomes de que se fala aqui?

Admito o pueril da pergunta, mas sei que a resposta que puder dar não o será.

Aproveito e lanço também a invectiva: não deixe de partilhar connosco, leitores, esse porquê.

1 bem haja

João Carpinteiro disse...

O caso da França é, a todos os títulos, exemplar. Se neste desgraçado país tivessemos ao menos um Sarkosy à frente dos seus destinos, pode ter a certeza de que o figurante que hoje ocupa São Bento, há muito que já estaria na prisão. Mas, infelizmente, nem Portugal é a França e nem Cavaco é Sarkosy, quanto mais um De Gaulle ou um Mitterand. Um presidente com verdadeiro poder em Portugal, teria sempre de passar (como diria Sarkozy) pela limpeza da «racaille» e «au Karcher»! They live.

João Caetano disse...

Caro João Gonçalves:

É com muito gosto que o receberei em Coimbra, no próximo dia 22, juntamente com o Prof. Medeiros Ferreira, para falar, no CADC, sobre a forma de governo denominada presidencialismo, que, de um ponto de vista prático, pode assumir diversas concretizações.
Como disse há pouco, na SICN, o seu colega de debate do dia 22 de Outubro, as próximas eleições presidenciais serão verdadeiras eleições presidenciais.
É muito oportuna esta discussão, sem dúvida.
Abraço.
João Caetano

Anónimo disse...

O CADC de saudosa memória! Julgava que tinha fechado as portas com o 25 de Abril.

Anónimo disse...

O Medina Carreira apoia o A. Costa





Lista reúne perto de mil nomes de diversas áreas
Lobo Antunes incluído “por lapso” na comissão de honra de António Costa
29.09.2009 - 14h43 Lusa
O escritor António Lobo Antunes foi incluído “por lapso” na comissão de honra da lista “Unir Lisboa”, encabeçada por António Costa, reconheceu fonte da candidatura à agência noticiosa Lusa.

A comissão de honra da candidatura socialista a Lisboa foi apresentada na segunda-feira, e reúne perto de mil nomes de diversas áreas, do ensaísta Eduardo Lourenço ao presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira.

O Sporting também está “representado”, com o presidente do conselho fiscal do clube, Agostinho Abade, e o ex-presidente e empresário Filipe Soares Franco. O constitucionalista Jorge Miranda, o fiscalista Medina Carreira, o presidente da Agência para o Investimento, Basílio Horta, Frei Bento Domingues, o arquitecto Carrilho da Graça ou o escritor Jacinto Lucas Pires integram igualmente a comissão de honra.

Aires Vilela disse...

Mas que surpresa pode haver no facto de Medina Carreira apoiar António Costa? MC não é socialista? Não foi ministro do PS?
Outros nomes são de gente desqualificada, como o Basílio, ou simplesmente irrelevante, para além do caso patológico do frei.

sts disse...

E depois? Masturba-se? Está contentinho? Conhece-os?

Obviamente demito-o disse...

Olha o CADC, quem diria. Mas este Regime tem evolução possível que não seja cortá-lo pela raíz? Tenho muitas dúvidas. Se não acabará mudado a bem ou a mal mas com estrondo dentro de um par de anos.

ana laura disse...

Neste momento Portugal devia encontrar uma solução presidencialista de Governo. José Sócrates, maugrado quem nele votou, não tem condições para governar pela deriva de corrupção e autoritarismo que, levaram o País à esquizofrenia. Tenho pena que Cavaco Silva não tenha essa coragem e, prossiga a cartilha constitucional. Sinto no ar um silêncio dos antigos presidentes socialistas, sempre tão rápidos a opinar. Os dois estão feridos de ilegalidades em Belém, onde manipularam e fizeram o que lhes apeteceu para que, esta "esquerda" se aguentasse. Quanto a Miterrand, sabia muita de escutas, tinha uma célula criada a partir do Eliseu. E para conhecer Miterrand leia-se Mr.Gluber, Le Secret, o médico que o acompanhou no último ano de vida.Soares teve um bom mestre e Sampaio foi um bom aluno.

Aires Vilela disse...

Ó AG, você acumula: além de parvo, é imbecil. Francamente...

www.angeloochoa.net disse...

A boa hora fale no CADC, João Gonçalves, para mim de grata memória. Que por lá passei e abri olhos para Concílio Vaticano ii e teologia, Ratzinger incluso, e bom Papa João. Lá conheci gente de carácter, basta-me nomear os irmãos Hespanha. Coimbra anos 60 teve altas escolas associativas de cidadania (como agora se diz...) nomeadamente o TEUC o CITAC o CADC. Éramos no entanto vistos com herdeiros de Cerejeira, porque católicos, e de, pasme-se, Salazar, que lá também deu passinhos. Pois a hora agora é outra e, na bafienta Coimbra dos doutores, por onde Torga passava «como cão por vinha vindimada» (expressão sua, do Diário...), e do pior do neo-realismo, ainda pulsa instinto de inteligência e de estudo. «Estudos» se chamava a mensal revista em que arejei colaboração. A mim nenhuns louros reclamo, mas a quem ensinou com camaradagem vivida, verdadeira, a arte do diálogo.

Xico disse...

Não há forma nenhuma de proteger melhor a república do que no regime monárquico! Está à vista, em Portugal, na Dinamarca, Na Holanda, na Suécia, na Noruega, no Reino Unido, na Espanha, no Luxemburgo, na Bélgica (aqui é mesmo o garante dessa república). No primeiro caso, uma representação republicana, a república está em crise, nos outros de representação monárquica, a república recomenda-se!