4.9.09

O EDITOR QUE APRECIA CENSURA


Miguel Paes do Amaral, que mandava na TVI/Media Capital ao tempo da remoção de Marcelo, é agora o patrão do grupo editorial Leya. Pois bem. Um editor de livros - que arregimenta várias editoras - é adepto da censura por parte de quem manda. Não há outra interpretação possível para as inenarráveis declarações da criatura sobre o telejornal de Moura Guedes. Se dependesse dele, há muito que MMG estaria fora dos estúdios de Queluz. "Comigo, o Jornal de Sexta nunca teria existido", disse o livreiro. Curiosamente a Leya recusou publicar este livro depois de se ter aparentemente mostrado agradada com a ideia. Paes do Amaral é uma figura misteriosa. E, pelos vistos, perigosa. Que lhe faça bom proveito.

13 comentários:

www.angeloochoa.net disse...

Que dizer desses senhores donos de livros e de ideias na boa tradição manipuladora dos intelectuais «de esquerda»?
Que lhes interressa o «negócio» e só o «negócio» e que à imagem do que se passa no mundo do futebol escritores são mercadoria a quem eles sugam tutano. Amigo meu Reizinho de nome me disse aquando de romance seu que lhe impuseram título e capa... Para não falar dessa tramóia dos Direitos de Autor e dessa outra chamada Associação a que chupa quanto pode do comesinho escriba. A Altino Tojal que os venceu em tribunal faziam edições de que ele nada sabia. E isto é só meia conversa sobre esses amigos... dos seus. Pedra a tapar calar anular e excluir é com eles... Pra quem não for do bando. Parvalheira nossa de que já entre outros Herculano e Sena e Nobre fugiam!

Dundum disse...

A TVI acaba de lançar a pá de terra final sobre o trafulha que governa o país há mais de quatro anos.
Depois disto, não sei o que mais será preciso para corrermos com o gajo.

www.angeloochoa.net disse...

A que não pairem dúvidas a «Associação» de que no comment anterior falava é obviamente e Assiciação Portuguesa de Escritores.

Escritor de primeira disse...

Esse Paes do Amaral devia estar de bico calado, tantos são os telhados de vidro...
Espero que não me faça perder a paciência.

observador disse...

Meu caro, de que se queixa?

Isto só demonstra o que se escondia por detrás das frases rendilhadas de S, que tanto admira.

E também demonstra a única coisa que a Direita(inha) aprendeu com ele: a censura mesquimha, ainda por cima.

Quanto à Esquerda, esta limita-se a parasitar esta direita desmiolada ....

GAVIÃO DOS MARES disse...

«Mención especial merecen los carteles de Ferreira Leite que jalonan las carreteras portuguesas. "Não desista. Todos somos precisos", reza. Pero la desolada foto en blanco y negro de la candidata, sin maquillar, podría hacer pensar a los turistas que visitan el Algarve que se trata del mensaje de una asociación de apoyo a la tercera edad o de prevención del suicidio.»

Jordi Joan, La Vanguardia

Nuno Soares disse...

Cheira a 116 deputados laranja!
É tempo de acabar com o totalitarismo de esquerda, que o muro de Berlim caiu faz 20 anos.

Gavião do Mares
Porque não fazer menção a outras passagens da notícia do La Vanguardia, sobretudo quando se refere ao PCP como "el más ortodoxo de Occidente", ou apenas leu o que recebeu por email?

João Sousa disse...

Talvez seja interessante pensar que a questão do Acordo Ortográfico começou a ser tratada à pressa mais ou menos na altura em que o Paes do Amaral ia comprando todas as editoras que lhe apareciam à frente - sendo uma delas a Porto Editora que, ainda o Acordo não tinha sido ratificado na Assembleia da República, já andava a vender o seu novo Dicionário de Português.

Anónimo disse...

Balbino Caldeira é escritor?! Apenas porque pariu um blog de ódio cego, a exemplo do programa de Manaela Moura Guedes? Eles precisam é de psiquiatra e não de editoras.

Tino disse...

Ocorre-me dizer: Não Leya!

sts disse...

Leia, leia sempre. Leia. Olhe que ler não faz mal. Leia, não se distraia, leia. Aprenda a ler. Leia. E se quiser distracção... leia.

Anónimo disse...

Vesgo
Não olha por onde anda; limita-se a andar por onde olha.

António Balbino Caldeira disse...

No meu post de 2-9-2009 conto um pedaço da saga da publicação. Fica o resto para depois, mesmo depois deste pequeno relato que aqui deixo, em consideração ao João que até tentou ajudar-me a conseguir o impossível... Obrigado.

A Leya não se mostrou interessada apenas: apresentei o II Capítulo do livro (os posts que tinha publicado DPP), que agradaram e o projecto avançou. Nunca me foi colocado qualquer reparo sobre a minha escrita ou o conteúdo. Embora seja uma enorme curiosidade sobre os factos novos que eu disse ir contar.

Trabalhei na investigação e escrita durante largos meses (de Julho de 2008 a Fevereiro de 2009) no livro, com constante insistência da Leya para o terminar e apresentar a "Conclusão" do livro (a parte que tinha os factos novos). Pedi reserva de alguns factos que estava a investigar e até a reserva branca no livro para entrega sem grande demora e publicação sem fugas de informação.

Quando, em Fevereiro de 2009, entreguei a Conclusão - e não ia tudo porque tive a precaução de não enviar tudo -, fui informado que o livro ia subir a decisão da chefia acima da pessoa responsável pela etiqueta. Fiquei perplexo, até porque nunca me tinham falado disso. Disseram-me que tinha de ser tomada uma decisão sobre a oportunidade do livro (se se justificava) - não se tratava da opinião dos advogados, pois foi-me explicado que isso incidiria sobre a forma de um facto ou outro eventualmente mais polémico.

Porém, desde Fevereiro de 2009, e apesar de insistência minha, nada mais me foi dito - nem sequer atendiam o telefone!... Nem me devolveram, como é da lei, o material entregue - porquê?...

Quem tomou a decisão não sei. Não posso afirmar que o dr. Pais do Amaral foi informado e decidiu sobre a edição de um livro chamado "O Dossiê Sócrates", com o conteúdo gravíssimo que tem, sobre o primeiro-ministro de Portugal.

O que creio é que foi uma decisão política - uma decisão semelhante à que levou a Aletheia, de Zita Seabra, a nem sequer responder ao mail que lhe enviei (nem sequer quiseram ver o material que tinha...).

Depois, houve alguém que me ilustrou sobre o panorama negro da edição em Portugal e explicasse que o meu livro nunca seria editado, não seria distribuído (ou teria muita dificuldade e demora na distribuição) e não seria vendido nas aflitas cadeias de livrarias, nem nas superfícies comerciais. Ponto final.

E como não há a possibilidade de edição tradicional em Portugal, e o tempo político apertava, coloquei o livro para download gratuito (e com uma edição em papel o mais barata possível) na Lulu.com. E na próxima segunda-feira, quem quiser ter a edição em papel, pode comprá-lo na Amazon, como hoje comprará na Lulu, e até pode chegar a uma livraria qualquer em Portugal e pedi-lo pelo ISBN que indicarei (a Lulu envia rápido).

O objectivo é político: máxima difusão e ampliação. Por isso, decidi assim.

A alternativa que decidi, e que recomendo, sem desprimor da opção que outros tomem e, principalmente, consigam, é viável e permite que, neste momento em que escrevo, 60 horas depois da publicação, o livro tenha 5.649 exemplares digitais descarregados (downloads).