20.1.09

O CLUSTER

Este velhíssimo jovem - como não podia deixar de ser contra Ferreira Leite - defende o TGV ao lado de Sócrates. Tratando-se de um liberal modernaço, aplica-se na linguagem à qual não podia faltar o jargão: «deve ser agregado um cluster para a velocidade, criando a possibilidade de se fazer uma parte da produção em Portugal, transferindo tecnologia para o nosso país e gerando emprego.» É tão original, este ersatz do eng.º Ângelo e do dr. Manuel Pinho. A falta que nos têm andado a fazer pessoas como Passos e "clusters" como os que germinam da cabeça "jovem" de Passos. Como é que ele ainda não tomou posse?

11 comentários:

Tino disse...

Não entendo isto.

Se o TGV é um negócios tão bom, por que é que os defensores não fazem uma empresa para explorar tal negócio?

Da minha parte agradecia e penso que 99% dos portugueses também...

Anónimo disse...

Não percebo porque o MP não aproveita esta maravilhosa oportunidade concedida pelo destino.

Com uma simples pergunta colocaria todos os corruptos atrás das grades.

Bastava ordenar na AR que os pró-TGV se colocassem à direita e os contra o TGV à esquerda.

Depois era só enfiar os da direita nos carros celulares!

Anónimo disse...

Acho que chegou o momento de Sócrates nomear Passos Coelho para o cargo de secretário de Estado da Oposição. O rapaz bem se tem esforçado e nada melhor do que lhe conferir tal distinção. Entre Sócrates e Passos Coelho é ver quem diz mais banalidades. Estão bem um para o outro. Quem disse que Coelho era do PSD? Só por engano.

Unknown disse...

PPP, que não era conhecido por ter feito mais nada senão por ser ex-marido de uma "doce", emergiu subitamente nos últimos meses como o rosto do "O futuro". O rapaz lançado pelo Ângelo anda num corropio de entrevistas, só este fim-de-semana foram duas no JdNegocios e no DN,talvez para preparar a intervenção de fundo no Economist em "confronto" directo com o Querido Líder Sócrates, na qualidade de respeitável administrador da Fomentivest. Esta “pequena grande empresa”, dirigida pelo Ângelo num gabinete nas Amoreiras, que tem como acionistas CGD, o Espirito Santo, o BCP o Banif, a Fundação Ilídio Pinho, etc, é o espelho do Centrão e dos interesses escondidos e negociatas imperiais que todos os dias se fazem em Portugal, e a razão escondida de porque é vital para alguns “barões” do PSD que a Senhora não dê conta do recado.

PPP já nasceu vazio e gasto, sem uma ideia própria, e a papaguiar jargão que outros lhe escrevem. Esta treta do "alavancar clusters" repetida pelo Pinho, Lino, Paulo Campos, entre outros funcionários do PS, tem sido o conceito de serviço para justificar as negociatas faraónicas e atribuição pelo Estado de privilégios impares aos amigos. Senão vejamos alguns "clusters" já agregados e a agregar: as renováveis, um óptimo negócio de subsidio da tarifa eléctrica onde o Lencastre do PSD (que depois foi trabalhar para a Martifer) foi um dos artífices mas que o Pinho e companhia “alavancou” fortemente juntando-lhe tecnologias que só estarão capazes de fazer dinheiro daqui a muitos anos (se é que alguma vez isso acontecerá, como é o caso das centrais das ondas); no cluster da energia ainda temos “as auditorias energéticas”, recente obrigatoriedade legal criada recentemente pelo Governo e para o qual uma empresa dos manos Martins da Martifer (os da Mota-Engil e dos estádios do Euro, lembram-se) está na primeira linha para abocanhar, cujo administrador, por acaso, é um recém demissionário director geral da energia tutelado pelo Pinho; O cluster das pirites, com os manos Martins mais outra vez; O cluster da Logística, com os contentores em âlcantara da Mota-Engil, e muitas outras coisas boas; o cluster das matrículas digitais, de Lino e Paulo Campos, em parceria com a BRISA para vender milhões das caixinhas desta empresa e impor novos impostos aos utilizadores de qualquer via rodoviária nacional; No passado recente houve o cluster das Águas, com Lino à cabeça, que resultou em investimentos ruinosos para o Estado no Brasil. Enfim é um nunca acabar de clusters tecnológicos que melhorarão certamente a qualidade da nossa balança de transcções externas e criarão as indústrias do “futuro”. E futuro é com PPP, que acima de tudo, é esta “ideologia” que professa

O problema é que PPP não representa o futuro, mas sim um passado “sobrio” de pilhagens e apropriação indevida dos bens e direitos públicos, por uns quantos que por estarem ligados sistematicamente às redes do poder vão transferindo para o Estado um conjunto de obrigações que perdurarão durante décadas. O mecanismo mais recente para a criação destas alavancas é a nova legislação de adjudicação directa de serviços públicos. PPP é a cara mais recente do “centrão” e como os Socretinos, está num frenesim para assumir o seu lugar. Se têm dúvidas, leiam-no: “O TGV não é para abandonar”; “o PSD não tem medo de eleições antecipadas”; “legislativas+ europeias”; os fretes a Sócrates não acabam mais. “Não sou um defensor do bloco central”, proclama. Pois não, para os chefes deste rapaz, basta que Sócrates continue no Poder para continuarem a “alavancar” e a "agregar" o país.

Anónimo disse...

estes intelectuais suburbanos (rus in urbe) do psd precisam dum "clister" aplicado por "cristaleira" do séc. xvi com seringa de 2 litros
PQP

radical livre

Luis disse...

Não sei se o TGV é de facto uma boa ideia. Mas o que sei é que o facto da Dra. Manuela Ferreira Leite dizer agora que é contra não quer dizer que amanhã, se for governo, não seja a favor. Ou seja, não há mesmo alternativa ao engenheiro (com h pequeno) Sócrates? É a referida Dra. o melhor que a direita portuguesa tem de momento para nos oferecer?

Anónimo disse...

Se a questão do TGV era assim tão tão tão simples, não entendo porque é que a dra. Manuela, na primeira entrevista que deu à dona Judite (não me refiro a esta de há dias, obviamente) afirmou que ainda não emitia opinião porque não estava a par do dossier...

Anónimo disse...

Antes um clister, para o menino Passos deixar de ser retentivo.

Anónimo disse...

Nada de conversa fiada. Quem vai utilizar o TGV? O povo? Não!
Quem vai pagar o TGV? O povo? Sim!
E está tudo dito.

Chloé disse...

Se isso acontecer - o dia em que o PPC tomar posse -, vai ver a quantidade de gente que dá de frosques ou e se atira da ponte...
No PSD só ficam os que dependem do partido para "ser" (para além dos que gostarem do PPC, não sei bem se os conceito são distintos ou coincidentes e cumulativos...)
No reino dos simpatizantes, será a razia absoluta.
Pode ser que o país se vire do avesso.
- Em quem iria votar toda essa gente, posto que não votaria no Sócrates, nem no CDS, nem no BE?)

Chloé

Anónimo disse...

Muito se tem discutido sobre a introdução do TGV neste país. E ainda bem que assim é para ver se a cavalada que esteve para acontecer relativamente ao aeroporto na Ota não se vai verificar no caminho-de-ferro.
Lamento que os técnicos competentes que ainda existem por cá ainda não se tenham dado ao trabalho de fazer um estudo sério, honesto, sobre a viabilidade de tal meio de transporte, face à concorrência rodoviária e aérea.
Vale a pena construir o TGV para ligar Lisboa a Madrid? Tem real interesse estabelecer uma linha de TGV de Lisboa à Corunha?
Façam-se todos os cálculos necessários sobre os custos e benefícios, indispensáveis para se poder chegar à uma conclusão final absolutamente correcta. Sem a existência de cálculos fiáveis penso que é inútil falar-se sobre tal assunto.
Em meados de 2008 fiz uma viagem de avião a Frankfurt, ida e volta, que ficou mais barata que as deslocações que tive de fazer lá em carro alugado. Nos finais do mesmo ano desloquei-me a Valência, de avião, pagando a módica quantia de 11 euros e um cêntimo por uma viagem de ida e volta.
Penso que o estudo para o TGV tem de considerar, entre outros factores de apreciação, a comparação com opções rodoviárias e aéreas.
Quanto vão custar, no TGV, as viagens de Lisboa a Badajós, de Lisboa a Madrid e de Lisboa ao Porto e à Corunha? Ao custo da reposição das infra-estruturas e do material circulante há que acrescentar o valor exacto de todas as despesas de conservação e de reparação racionalmente consideradas previsíveis (só as da via devem ser de respeito) e, ainda, todos os gastos de natureza administrativa, nos quais irão preponderar as remunerações exorbitantes dos tachistas do socialismo de merda que já se perfilam para os lugares de administração.
Depois de obtidos os custos reais de cada viagem, não deturpados para agradar ao bacharel arvorado em licenciado e à matilha insaciável que comanda, estabeleça-se o preço por viagem a pagar pelos utentes de tal serviço e compare-se com o valor que terá de ser gasto noutros tipos de transporte.
O preço estimado para o transporte no TGV servirá também para se poder calcular o número e a espécie de pessoas que o poderão utilizar.
A ideia de ligar Porto e Lisboa por TGV é por demais absurda, até para pô-la como hipótese.
Presentemente, há material na linha do Norte, o do Alfa Pendular, que pode circular a 220 km/hora. A estação de Campanhã, na cidade do Porto, dista da de Santa Apolónia, em Lisboa, cerca de 320 km., percurso que, com este material, poderá ser feito em 1 hora e 46 minutos.
Assim sendo, é de perguntar: Então porque razão a viagem entre as referidas estações demora, se não houver atrasos, 2 horas e 44 minutos? Como se pode compreender que isto aconteça? Simplesmente porque o Alfa, composição para andar a 220 km/h, em alguns pontos do seu percurso chega a andar a 30, a 60, a 80 km/h e até, pasme-se, a parar, no meio de campos e pinhais..
Pessoa ligada à CP esclarece-me que tal situação é devida ao mau estado da via, nalguns pontos, aos trabalhos de reparação, noutros, e noutros, ainda, por causa da fraca constituição do solo.
Porque não se começam e acabam rapidamente as obras de reparação ou de conservação que sempre se têm de fazer? Qual a razão e quem beneficia com o pingue pingue em tais obras? Façam-se obras em condições, de efeitos duradouros, em lugar de andarem a “tapar buracos”.
Aceito que o solo não tenha no seu todo as melhores características, não tenha a constituição mais adequada nos 320 km da linha do Norte. Mas pergunta-se: Conhecem os técnicos da REFER a constituição, as características exactas do solo em todo o percurso? Ou conhecem, ou não conhecem. E se não conhecem há que obtê-las para a parte ou partes que desconhecem.
Se o número de quilómetros do solo desconhecido for grande, poderia ser dividido num número maior ou menor de sectores. O estudo do solo de cada sector seria entregue, por concurso, a empresas diferentes. Tal procedimento teria a vantagem de possibilitar a comparação de preços e de impor um cumprimento mais severo das condições constantes dos cadernos de encargos elaborados por quem tiver competência adequada para o fazer.
Quem não cumprisse, em termos de prazos e de exactidão do trabalho realizado, seria fortemente penalizado, para se evitarem situações como a daquela empresa que encomendou a um engenheiro o estudo do solo onde ia construir uma unidade industrial e que se viu a braços com custos não previstos impostos pelo empreiteiro a quem foi adjudicada a obra, por causa de erro crasso que cometeu o engenheiro que fez o estudo geológico do solo, e ficaria impossibilitado de concorrer a futuras obras da REFER e não só.
De posse dos estudos dos solos das partes críticas do percurso, havia que abrir concurso para o estudo e definição dos processos de engenharia a adoptar para compensar eficazmente as deficiências dos solos nas partes críticas.
Escusado será dizer que as empresas a quem fossem adjudicados tais trabalhos estariam também sujeitas, sem contemplações, a multas dissuasoras de incumprimento de prazos e de todas as condições constantes dos cadernos de encargos que nunca poderiam ser elaborados por marçanos,
Seguir-se-ia o trabalho no terreno, que teria de ser cumprido dentro de prazos apertados, mas considerados pelas partes de cumprimento possível com a adopção do recurso a turnos. Até a linha estar pronta o trabalho teria de se desenrolar sempre ao longo das 24 horas de cada dia
Para aliviar a linha do Norte durante o dia, relegar-se-ia para o período que vai das 0 às 6 horas a circulação de todos os comboios de mercadorias.
E com o Alfa a circular em 90% do seu percurso a 220 km/h, para que é preciso o TGV.
A ir por diante a ideia maluca do TGV quem é que nos garante que à via por onde terá de circular não vai acontecer o mesmo que se passa na Linha do Norte? A eficiência da REFER não está bem demonstrada pelas imagens que até nós vão chegando da linha do Tua? Ou o desleixo da REFER resulta apenas de imposição do bacharel arvorado em licenciado muito preocupado agora com a construção de barragens quando, no passado, obrigou a EDP a perder 40 milhões que já estavam enterrados na barragem de Foz Côa só porque os socialistas mal cheirosos, em geral, e o merdeiro cultural, em particular, entenderam que as gravuras não sabiam nadar.
Exija-se que a corja governativa, antes de decidir, apresente à Nação os resultados não aldrabados do estudo que for feito.
Não ficaremos na cauda da Europa por não termos TGV. Já lá estamos porque temos o pior ensino, porque temos o pior serviço de saúde, porque temos a pior justiça, porque temos a pior segurança social, enfim, porque temos um governo de incapazes.