19.1.09

DO PAÍS DE EVENTOS AO MASSACRE

A um passo do abismo, confirmado pelas imprevisíveis previsões de toda a gente menos do governo, o inefável Madaíl, o da bola, prepara com a Espanha uma candidatura irresponsável a um "mundial" de futebol. A desculpa, desta vez, é que "é preciso rentabilizar" aqueles montes de betão em forma de estádios que ornamentam o país desde 2004. É o que dá aquela peregrina ideia do José Medeiros Ferreira, transmitida num programa da D. Fátima, de um "país de eventos". Isto já não são eventos. É puro massacre.

11 comentários:

Anónimo disse...

por enquanto há comida à venda
falta dinheiro para a comprar
devido ao governo dos
muckrackers

radical livre

Nuno Nasoni disse...

É curioso que ninguém se lembre de que os estádios do Euro 2004 terão, em 2018, 14 anos - pelo que não são argumento de candidatura. E que, na melhor das hipóteses, só três cumprem as exigências de um campeonato do mundo. Mas não tarda, algum luminoso fará a descoberta, que levará à proposta de mais investimentos em estádios.

Anónimo disse...

Calma, calma, que ainda nada est+a decidido! Rezemos para que outro país qualquer ganhe a organização do Mundial.

Unknown disse...

Um país cuja estratégia única de desenvolvimento são os grandes eventos acabará necessariamente mal. Senão, lembrem-se do que aconteceu ao Dakar o ano passado e aos investimentos que o Governo e as Câmaras deitaram pela janela fora. Os riscos de um tal modelo de negócio são muitos, mas o potencial de propaganda do conceito de "o pais dos grandes eventos" é tal que o governo não consegue resistir. Os Promotores Sócrates e Silva Pereira lá estarão ao serviço da causa lusa, desta vez em coligação com os nuestros hermanos, com o precioso apoio do eterno Madail, prontamente disponível para aproveitar as suas "ligações" em troca dos nossos impostos. Lá mais para a frente se saberá que afinal os estádios que existem, que hoje estão às moscas e custam fortunas em manutenção, não servem para nada e que precisaremos de novas "infraestruturas". E se não for para 2018 porque a FIFA quer dar o negócio a outros, será para 2022, ou para um outro qualquer ano da Graça quando Nosso Senhor quiser, pois o que é preciso é manter a malta entretida. Hoje, alguns populares entrevistados assentiram que que tal organização "seria bom para Portugal e para o turismo".

Em última análise, a culpa não é do Sócrates. O Querido Líder e amigos são só mais uns oportunistas de ocasião. Infelizmente nunca aprendemos nada. Falar da irresponsabilidade de um povo é pouco. Este país não tem é emenda.

Anónimo disse...

Para fugir à realidade, este país adora inventar tretas para entreter o povo. Portugal está com graves problemas económicos e sociais em 2009, mas o governo de vanguarda de Sócrates já pensa em 2018. Que visão!. Não se esqueçam que os oito estádios do Euro foram mandados construir por Sócrates no tempo em que era ministro do Guterres. Uns estão às moscas e outros vão perdendo espectadores, porque o dinheiro vai faltando no bolso. As dividas dos clubes acumulam-se, mas está tudo bem, seguindo a lógica socretina.

Anónimo disse...

A imbecilidade é contagiante. Está nas mãos do povo cortar o mal pela raiz.

Anónimo disse...

O estádio de Leiria, por exemplo, nem sequer foi acabado. Durante o Europeu puseram uns penejamentos a tapar o inacabado. Entretanto os panos desapareceram e olhando para um lado, vê-se as cores com que o arq. Taveira engalanou a coisa, olhando para o outro, um esqueleto duma estrutura em betão duma obra embargada. De acordo com o país! A presidente da Câmara até sugeriu fazer lá casamentos, para rentabilizar a coisa. Condiz com a figura. Mas não pegou a ideia. Talvez o mundial permitisse terminar a taveirada, mesmo que o estádio não sirva absolutamente para mais nada se não tapar a vista do castelo.

L.Neves

Carlos Medina Ribeiro disse...

Ao proporem este "evento" para resolver um problema criado pelo anterior, esta gente apressa-se a dar razão àquela empresa internacional de consultadoria que dizia:

«Os gestores portugueses são muito bons a resolver os problemas que eles próprios criam»

António de Almeida disse...

Conhecemos Portugal, e também o caderno de encargos FIFA. No evento Portugal ficaria com o jogo de abertura e uma das meias-finais. Acontece que esses jogos terão de ser disputados em recintos com capacidade para 80.000 espectadores, o que não temos, o mais próximo (S.L.Benfica) fica-se pelos 65.000. Alguém acreditaria que o Estado pagaria a ampliação e o Sporting C.P e F.C.Porto ficassem calados? Ou faríamos a triplicar com base nas "espectativas" de passageiros trazidos pelo TGV? Mas a Portugal cabem 4 estádios, segundo as normas FIFA têm de comportar mais de 40.000 lugares. Fora dos 3 grandes clubes não existe nenhum, qual dos "elefantes brancos" construídos para o Euro 2004 seria o contemplado? E as autarquias? Ficariam satisfeitas? Alguém acredita que isto serviria apenas para rentabilizar o mau investimento do passado?

Viajantis disse...

...há que entreter o povinho....
Caramba!

Aladdin Sane disse...

Li ontem que a Rússia prepara também uma candidatura ao mesmo "mundial". E espero que lhes seja atribuída a organização. Aliás, à Rússia ou a qualquer outro país. Tudo menos ter de aturar outra época de inanidades como em 2004, e ver o dinheiro que tanta falta nos faz a esvair-se por aqueles sorvedouros de betão adentro.

Antes uma competição na Rússia, seja ela conseguida com dinheiro "limpo" ou não.