25.4.07

25 DE ABRIL DE 2007


"A Câmara de Santa Comba Dão (PSD-PP) vai permitir a manifestação no sábado em defesa do museu do Estado Novo, organizada pelo Movimento Nacionalista Terra, Identidade e Resistência. Apesar dos argumentos antifascistas para que fosse proibida, a autarquia considerou que não seria razoável "limitar o exercício de um direito basilar com base na mera presunção de ocorrência de um crime". Sublinhando que a câmara "se demarca completamente" da iniciativa, o vice-presidente António José Correia lembra, porém, que "para o seu exercício é exigida apenas uma comunicação prévia às autoridades, não sendo necessária qualquer autorização". Acrescenta que "será dado conhecimento às autoridades policiais", para que se tomem "medidas adequadas" para manter "a ordem e tranquilidade públicas e o livre exercício dos direitos dos cidadãos". A União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) repudiou este "lavar de mãos" e acusou o executivo de, "por omissão, estar a infringir a lei", já que a Constituição proíbe qualquer manifestação fascista. Segundo a URAP, até ontem, já tinham dado entrada nos seus serviços centrais dez mil assinaturas contra a criação do museu de Salazar, em Vimieiro. Entre eles, um conjunto de personalidades como presidentes de câmara, Jerónimo de Sousa, Manuel Carvalho da Silva, Maria Barroso, Isabel do Carmo, Urbano Tavares Rodrigues, Vasco Lourenço e Dulce Pontes. Enquanto se esgrimem argumentos sobre o projecto, existe já um museu virtual de Salazar, do Núcleo de Estudos de Oliveira Salazar, para homenagear o "maior estadista do século XX". Além de uma autobiografia, a página da Web tem dezenas de fotos do ditador, como o quarto onde nasceu, a igreja onde foi baptizado e o túmulo."

in Público, 25.4.07 (edit meu)

3 comentários:

lusitânea disse...

Como Beirão do distrito de Viseu acho que é altura dos meus conterrâneos assumirem que Salazar foi mais benéfico do que negativo para Portugal.E que se não forem eles a fazer respeitar a sua memória vamos continuar a ser envergonhados por umas abéculas doutrinadas pela antiga URSS que tendo já acabado, se perpectua aqui, no cantinho oposto da europa.

Anónimo disse...

somos mesmos o cantinho 'oposto' da europa...

pior que um facista
um anti facista

Anónimo disse...

Tenho imensa pena que o voto não seja obrigatório nesta republiqueta.
Mas até nisso os de 74 foram espertalhões ... é que, se o voto fosse obrigatório, ver-se-ia com clareza, pelo menos, os nulos e brancos do nosso descontentamento.
Assim, estão sempre legitimados mesmo quando um resultado constitucionalmente não-vinculativo, vincula ...
Comemorem "isto" !