10.8.03

REAIS INCLINAÇÕES

A propósito de um post meu relativo a um artigo de António Valdemar sobre as preferências sexuais de Pedro, o da Castro, escreve R.A.L ( não sei se ele quer "sair do armário") no que, presumo, seja o seu T Zero:

O rei vai roto

"E como quer que o elRei muito amasse, mais que se deve aqui de dizer...".

Foi assim, numa frase, que um cronista lançou para a eternidade a fama de homossexual de um rei que viveu um século antes dele. Ora, ainda só vamos na posteridade e o boato já vai aqui:

"O mesmo que casou com D. Constança e se apaixonou por D. Inês de Castro e por um escudeiro que, num acesso de ciúmes, apenas, D. Pedro mandou castrar".

Se fazemos fé e nos regalamos sem reserva na insinuação de Fernão Lopes, então façamos o favor de levar à letra também o que o mesmo diz sobre as razões que animaram D. Pedro para mandar "cortar aqauelles menbros, que os homeens em moor preço tem" ao seu querido escudeiro, as quais se fundam, no lugar de ciúmes, no ímpeto justiceiro do rei, que assim quis castigar o moço por andar a provar a mulher de um corregedor, por quem o rei tinha igual estima, embora puramente institucional.

Assim como Alexandre não deixou de ser grande por gostar de rapazinhos, D. Pedro não precisava de sentimentos efeminados para dormir com vassalos, nem tão-pouco para os estropiar. Pelo menos é o que afirma o dr. Pedro Strecht, que, sabe-se agora, tratou-os aos dois.


Por este caminho, o T-0 rapidamente passará para um T2 ou para um T3...

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