22.8.03

CANDAL ABRUPTO

O Dr. Carlos Candal é uma figura assaz pitoresca de Aveiro, que parece ter saído directamente de um qualquer recanto obscuro e esquecido da 1ª República, para o PS. É advogado e tem uma maneira muito própria de demonstrar o que lhe vai na alma. Quando, em 1995, ele, o Abrupto e o Dr. Portas foram os cabeças de lista dos respectivos partidos, por Aveiro, nas eleições legislativas que colocaram Guterres em S. Bento, Candal brindou os colegas das outras listas com mimos extraordinários, pois não percebia o que é que estavam ali a fazer, dizia ele, de "páraquedas". E fez circular uma diatribe contra Portas, que JPP fez chegar a Lisboa à velocidade do som, o que em nada impediu que tivesse aí começado uma brilhante carreira política, por entre mercados, feiras e peixeiras. No O Independente , Candal "bate no ceguinho", ou seja, em Ferro. Acusa-o de tímido e de transitório, e recomenda o respectivo despacho sumário da criatura. O encanto do PS reside nesta bio-diversidade em que todos estão de "pedra e cal" com Ferro e simultaneamente doidos por se verem livres dele. Candal, na sua infinita libertinagem verbal, limita-se apenas a ser mais abrupto do que os outros, logo, mais honesto.

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