1.8.09

A CIDADE CERTEIRA


Trata-se de um homem que percorre, sozinho, o "malecon" de Havana. De um lado fica o mar, do outro a cidade inesquecível, parada no tempo. Literalmente sem tempo. Aí, num dia de calor, sol e de natal, um pequeno cubano (queria um dólar que recusei) disse-me que eu não era mau. Que estava apenas amargurado. Certeiro como o nosso alegre equilibrista marítimo.

«En el vacio la velocidad no osa compararse, puede acariciar el infinito. Así el vacio queda definido e inerte como mundo de la no resistencia. También el vacio envia su primer grafía negativa para quedar como el no aire. El aire que acostumbrábamos sentir, ver: suave como lámina de cristal, duro como frontón o lámina de acero.» (José Lezama Lima, La Fijeza, 1949)

Foto: Desmond Boylan/Reuters

1 comentário:

Lura do Grilo disse...

Que raro o João sair do nosso país, nem que sorrateiramente, para postar.