Da há dois dias para cá, surgiu uma pequenina polémica em Lisboa. Num país macrocéfalo como o nosso, "polémica" em Lisboa é polémica nacional. Primeiro foi Carmona Rodrigues que afirmou num semanário que as suas "coisas", perto das de João Soares, eram uma ninharia. "Coisas" estilo Bragaparques e tal. Depois veio Santana Lopes, sempre munido com os livrinhos da respectiva "obra", explicar que, ao chegar à CML, a regra com que se deparou, vinda do mencionado Soares, era a dos "ajustes verbais". Estava tudo feito, tudo combinado ou tudo prestes a concluir-se, porém em regime de "trinta e um de boca". Pela noite vem então Soares, com aquele arzinho de eterno menino mimado, enfadado e escandalizado, dizer-se aberto a todas as "averiguações", não deixando delicadamente de remeter a coisa da Praça da Figueira para "quem me antecedeu". Logo à noite o espectáculo continua com Santana Lopes na Sic Notícias a dar conta do que fez a uns azulejos com que Soares desejava cobrir a Praça da Figueira mas que, por ter sido removido pelo primeiro, não teve tempo para o fazer. Estes jogos florais, agora perseguidos pelos novos candidatos - Costa, apesar de ter o governo todo e toda a "elite" dependente com ele, continua confrangedoramente sem uma ideia a não ser a de instalar-se na Praça do Município, e Negrão "aposta" numa "marca" para Lisboa, que é uma outra forma de revelar o deserto que lhe vai na cabeça - fazem-me desejar que a CML fosse eternamente governada por uma comissão administrativa de composição renovável de tanto em tanto tempo. Um híbrido de gente da CML e de fora, que não precisasse da Câmara para nada, e que a servisse - e aos munícipes - com o desapego e a dedicação de quem não se importa nada de sair no dia seguinte. Mas isto é para uma Câmara de Marte. Lisboa, a real, não passa de um documentário rasca que nem para o Fantasporto serve. Pobre cidade com tantos irresponsáveis a quererem dar-se ares de responsabilidade.
5 comentários:
Ainda não ouvi ninguém com ideias claras acerca dos 13000 funcionários da CML que teoricamente nos servem e que sendo tantos como as praças do exército nacional logo qualquer leigo antevê como demasiados.E não falamos de grossos vencimentos ou falta de secretárias para os mesmos porque de facto o pacto de silência é do tipo "cosa nostra"
4 votinhos ainda não decididos...
Aproveito para chamar à atenção dos outros votantes para a qualidade do papel dos "boletins informativos" de determinadas juntas de freguesia e para com o que de facto fazem... convívios , turismo... enquanto os seus habitantes de ocasião fazem umas razias "à rambo" nos locais "in" como os dos 5 pretos em Telheiras.
Assim não.
Eu quero um tipo "às direitas", um "shriff", o que quiserem mas confiável e não mentiroso.Quero dureza na condução da cidade.Quero transparência e igualdade perante a lei.
Bairros sociais com carros topo de gama que nem eu tenho?Coitadinhos?Tipos que vejo comemorar o ano novo com disparos de arma automática?Quem me vier falar de humanismo e merdas semelhantes lerpa...
Esqueci-me do João Soares esse cumpridor exímio das leis da república...
Só para dizer que em Chelas invadiu com máquinas camarárias uma propriedade do exército, com serventias militares, para fazer um bairro social e sem passar cavaco a ninguém.Um Napoleão...
Sobre este tema, http://eupensoisto.blogspot.com/2007/06/cmara-de-lisboa-eleies.html
Não me digam que entre doze candidatos não existe um que se pareça com algo que tenha a ver com o Engº Duarte Pacheco de saudosa memória. Até o Dr. João Soares tinha um busto dele no seu gabinete. O pecado do Duarte foi ter feito uma extraordinária obra...só que no tempo da "execrável diatadura". Então a democracia não proporciona gente mais capaz que o designado "Estado Novo"?
Eis uma questão que me atormenta. Alguém pode responder? Nem um Tieno Galvan, mayor de Madrid, ou um Giolianni de NY city? Ai as nossas élites!
José rocha
Não á censura !
Filipe Resende
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