5.6.07

CHOQUE PARANÓICO-TECNOLÓGICO


O PS quer, através do governo, consagrar "o princípio da moral e religião judicial" quanto aos autarcas. Autarca que é "constituído" arguido, suspende obrigatoriamente o mandato. Se isto pega, suspende-se meio país independentemente de ser ou não autarca. Até Pinto Monteiro - e bem- já veio dizer que existe uma obsessão nacional em torno do arguido, tomando-se a figura jurídica por um bandido praticamente condenado. Faz-me lembrar uma frase famosa sobre o Hospital Júlio de Matos: nem todos os que lá estão, são, e nem todos os que são, lá estão. Este é apenas mais um aspecto do ambiente paranóico que o PS/governo anda a criar pelo país. Podem chamar-lhe choque paranóico-tecnológico. Vai acabar pessimamente.

Foto: Kaos

3 comentários:

Anónimo disse...

Funciona assim.Um poder instalado,arregimenta um jornalista/assessor que publica o necessário.O MP pega no assunto e constitui arguido ( tantos arguidos inocentes diz o PGR ).10 anos depois sabe-se que não há nada!

Tudo docemente,sem pressas.Logo que alcançado o desejado, o Tribunal arranja um acordo.

Já viram o que é isto nas mãos de um governo, seja ele qual for, e desta Justiça?

Seria lindo!

Tudo morre.Docemente!

Anónimo disse...

Bem, quem começou com isto foi o Dr. Mendes, para atirar Felgueiras à cara do PS e mostrar moral em Oeiras e Gondomar.
Não conseguiu, nem uma coisa nem outra.
Mais recentemente tentou em Lisboa e já se está a ver o que vai dar.
Agora é a vez de Sócrates atirar os arguidos Negrão e Carmona à cara de Mendes.
Lamento que, como se verá, vai ser “só fumaça” mediática de campanha eleitoralista.
Por mim, acho bem, não vejo que haja inconstitucionalidade, em que se reserve um comportamento exemplar e fora da consternação de ser alvo de um procedimento judicial penal, a quem assume ou pretende assumir um cargo público.
Em várias profissões e actividades exige-se tal probidade.
Quando a “maralha da babugem” não tem princípios, há que impô-los.
O que pensaríamos hoje de Salazar se ao invés de uma conduta pessoal irrepreensível, tivesse sido um quase-meliante arguido num qualquer processo em que o tema era “massas descaminhadas” ?
É que “não há fumo sem fogo” mesmo que no fim, o fumo se dissipe com alguma prescrição, ou o fogo se apague num erro judiciário.
No Japão, perante mera suspeita fundada, nem se demitem. Suicidam-se!.
Se cá imperasse o mesmo código de honra, era um negocião para as funerárias.
R.A.I.

Anónimo disse...

R.A.I.

O Salazar teve uma "atitude pessoal irrepreensível"?

Para esse nem era preciso ser arguido, bastava que tivesse ideias diferentes!

Cadeia com ele! Sem processo, sem advogado, sem direitos!