6.6.04

NOT BAD AT ALL


Ronald Reagan, 40 º Presidente dos Estados Unidos (1911-2004)


Ronald Reagan e Bill Clinton foram, nestas últimas décadas, os grandes representantes da maior nação do chamado Ocidente. Quando Reagan chegou ao poder em 1980, os EUA estavam deprimidos, a economia de rastos e o célebre "orgulho" americano meio desfeito. Durante dois mandatos, o ex-actor de Hollywood devolveu-lhes tudo a que tinham direito (ou que achavam que tinham) e muito mais. Contavam-se as piores e as mais divertidas "piadas" contra o presidente, lá e um pouco pelo mundo. Reagan deu-se bem com isso porque se dava bem com a vida. E, para o bem e para o mal, foi um grande líder. Sendo um visceral anti-comunista e entrando "a matar" contra o que chamava "o império do mal", preparou politicamente o terreno para a queda definitiva desse império que discretamente começava a implodir. Os "inimigos" deixaram entretanto de residir no Kremlin e andam por aí no meio de nós, com uma mochila às costas, na internet e de telemóvel. A sua intensa e contagiante vitalidade, o sorriso cordial e a imponente figura, destacavam-se na galeria de "ouro" dos dirigentes mundiais da década de 80. Era conhecido como o "grande comunicador". Esse tempo já tinha desaparecido muito antes da sua morte física. Depois dele, só Bill Clinton, esse homem "humano, demaiado humano", conseguiu deixar a presidência americana em "bom estado" e com uma "boa" imagem, embora desgraçadamente em péssimas mãos. Quando, ao fim de oito anos, deixou a presidência dos EUA e a sua "revolução" instalada, Reagan dirigiu-se ao seus "fellow americans" num discurso que terminava assim:

We've done our part. And as I walk off into the city streets, a final word to the men and women of the Reagan revolution, the men and women across America who for 8 years did the work that brought America back. My friends: We did it. We weren't just marking time. We made a difference. We made the city stronger, we made the city freer, and we left her in good hands. All in all, not bad, not bad at all.

Tinha razão. Não tinha sido mesmo nada mau.

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