BOMBEIROS INVOLUNTÁRIOS
Para mostrar que está vivo e, sobretudo, que é ministro da Defesa, Paulo Portas apareceu ao lado do colega da Agricultura a prometer soldados para os incêndios. O serviço militar obrigatório, extensivo a meninos e meninas, é hoje uma caricatura. As poucas semanas que os mancebos permanecem nas "fileiras" quase nem chegam para aprender a marchar ou a disparar um tiro. Suspeito que tenham praticamente desaparecido as imaginativas perseguições a inimigos virtuais, que incluiam conviver com pistolas, metralhadoras, "atirar" simbolicamente uma granada e "acampar". Na realidade, temos muito pouco para defender e o "smo" corresponde cada vez mais a uma pequena aventura ou a um "passatempo" inconsequente. Por isso, combater ou prevenir incêndios é uma meritória tarefa cívica e distrai a ociosidade. Só que a coisa é bem mais séria. Exige método e alguma "ciência". Os bombeiros, em plena catástrofe, têm seguramente mais do que fazer do que andar a "ensinar" ou a "proteger" os soldados da sua natural ignorância. Para Portas, porém, o importante é transformar os soldadinhos em escuteiros defensores do património florestal ( de algum, já que o Alentejo e o Algarve ficam fora desta original "OTL") e em putativos combatentes das labaredas. Eles são os novos bombeiros involuntários do Dr. Portas.
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