MÚSICA PARA CAMALEÕES
Leio no Diário da República que o governo renovou, sem pestanejar, a "comissão de serviço" do director do Teatro Nacional de São Carlos. A ironia desta "ópera bufa" é que, depois de ter sobrevivido a dois ministros socialistas, a vários "colegas" de conselho directivo e a umas quantas trapalhadas que andam a ser tratadas em sede própria, tudo indica que Paolo Pinamonti irá sobreviver aos que hoje o nomearam. Convém, portanto, fazer de conta que foram três anos de "paraíso". Não foram. Contudo, quem é que verdadeiramente se importa com isso? Como não sou hipócrita, não vou desejar venturas a Pinamonti e aos seus ajudantes de circunstância, fora e dentro do Teatro. Talvez a história lhes reserve uma nota de rodapé. Neste tempo de camaleões, merecem-se realmente uns aos outros. Só que a memória do Teatro merecia melhor, tal como o País merece urgentemente "outra coisa".
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