ALARVIDADES E PALHAÇADAS
O calibre das historietas e dos protagonistas que presentemente animam a Pátria, é tão baixo que seria cómico se não fosse trágico. Soube-se há uns dias que o gasto clown do regime, Herman José, em declarações em tribunal, teria dito que o Sr. Carlos Cruz era, entre outros mimos, "mau carácter e mau colega", como se ele próprio fosse , a contrario, um modelo virtuoso. No seu inominável talk show dos domingos, mistura com o mesmo à-vontade o professor Herrero ( o do "cagalhão na tola"), o "cu duro" e a "pomba gira", com personagens do chamado jet set, o "cor de rosa" e o institucional, gozando literalmente, e por igual, com todos. O tom quase reverencial com que estas criaturas fúteis se babam para cima de Herman, diz tudo. De vez em quando fingem umas escaramuças talvez por causa das audiências, e o circo continua. Na mesma linha circense, vamos encontrar aquele histórico autarca do PP, o Sr. Ferreira Torres, que motivou honestas indignações pelo seu comportamento, no "seu" campo de futebol, à vista das televisões. Eu não me surpreendo nem me amofino com estas peripécias. Contrariamente ao que se possa pensar, estes "não eventos" e esta gente raramente são a excepção. Já aqui o disse e agora repito: quem "compra" a democracia, tem que "comprar" tudo e em regime de "pensão completa". O glamour português, da tv ao campo da bola, é isto mesmo: um infinito rol de alarvidades e de palhaçadas onde todos estão francamente muito bem uns para os outros.
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