27.10.06

EXTINÇÕES


A ministra da Cultura, num acesso de lucidez, anunciou o propósito de acabar com as "capitais nacionais da cultura". As duas últimas, Coimbra e Faro, constituíram razoáveis desastres, financeiros e "culturais" propriamente ditos. Porém, Isabel Pires de Lima podia prosseguir com o acabar de algumas inutilidades manifestas que persistem no ministério e, por fim, acabar mesmo com ele. Por exemplo, extinguir as "delegações regionais" do MC - essas inúteis sinecuras político-partidárias - seria um bom começo.

7 comentários:

Anónimo disse...

Cuidado, cuidado, que já estão a pensar em dar ao Freitas mais um tacho e ele precisa tanto...

Anónimo disse...

Ainda bem. Sempre me pareceu que o nível e a quantidade cultural das capitais de cultura era inferior às outras cidades.

Anónimo disse...

A ministra devia extinguir-se a ela própria do Ministério....NÃO É extinguir o MC....

Anónimo disse...

E voltar a arrumar, de vez, os Exmos Governadores Civis.
Z

Burns disse...

sou de aveiro e nem sabia k havia aqui 1 delegaçao
lol
se calhar so abre de noite

Anónimo disse...

Se as Direcções Regionais são sinecuras, não sei. Só sei que são muito necessárias, com poderes desconcentrados, e no terreno, a serem os órgãos privilegiados de diálogo com as autarquias limítrofes em matéria de políticas públicas da cultura. Se não se passa isto, verdadeiramente, não sei, mas era o que eu gostava que acontecesse. Ou achas JG, que os Rui Rios deste país podem "andar à solta" no que à cultura, e não só, diz respeito? A legitimidade advinda das eleições que os "locais" tanto gostam de alardear,tem que ser regulada por um MC fortalecido. É este, deve ser este, o conceito. Escusas de te dar ao trabalho de responder aqui, porque já sei o que estás a pensar, mas tinha que o dizer. São questões de convicção. Se, como penso, responderes, peço-te que o faças devagarinho, porque tem de haver alguma pedagogia nestes comentários, pode ser JG? Muito embora, eu não me esqueça que esta casa é tua, isso não te confere "fecundos" poderes.Tive o prazer de ouvir na Gulbenkian, Homi Bhabha, que, entre outras coisas, disse algo tão importante, que deviamos andar todos, com esse "algo" escrito num pequeno papel nos bolsos ou nas carteiras para não nos esquecermos: "Tudo o que temos é uma voz". Esta é a minha. Eu respeito a tua, ainda que, muitas vezes, discorde. Mas o "sal" do diálogo é esse mesmo, o discurso e o seu contraditório. Desculpa esta postura de "professora primária do Estado Novo", mas, à laia de JPP, "hoje acordei assim"! E agora os teus "desk" vão dar cabo de mim, com a última tirada... Amanhã volto a passar "por aqui". Até lá.

João Gonçalves disse...

Maria Alexandra Mesquita:
Como és tão "anónima" como eu, respondo já aqui porque não me apetece, para já, transformar o assunto em post. Fá-lo-ei à medida que me for apercebendo do que se prepara na "cultura".Para quem já foi alto dirigente do MC, ignorar que as delegações regionais do dito são pura e simplesmente lugares de arrumação político-partidária, ou é graça ou é fingimento.Até posso dar exemplos, porém, nestas coisas, prefiro assim e não usar argumentário ad hominem.Ou seja, não são necessárias para nada, muito menos para essas tretas de "órgãos privilegiados de diálogo" com as autarquias locais.Depois, eu não sei o que são "políticas públicas de cultura". Alguém sabe o que é, para além do jargão? O Estado dito democrático também deve ter a sua "política do espírito" como tinha o Estado Novo de que António Ferro era o paladino? Ou também precisa do seu Jdanov, alguém que o actual SEC deve conhecer bastante bem? Traduzindo isso por euros, já que estamos no "portugal dos pequeninos",vamos sempre parar à mãozinha estendida.É grave que entendas que o MC serve para "regular" os "Rui Rios". Até Isabel Pires de Lima, que tem tendência para ver passar os comboios, já percebeu que não serve.É só falares com ela que ela explica-te.Um MC "fortalecido"? Para quê? Para fazer de caixa? Para isso já existe o das Finanças. A ridicularia entregue pelo OE ao MC e as designações patéticas para as "novas/velhas" entidades significam que a maquilhagem terá de ser feita com rouge da loja dos trezentos. "Entidades públicas empresariais", pagas precisamente com o mesmo OE, é apenas mais do mesmo para apenas outros (ou os mesmos)pastorearem. O resto é conversa de chacha, como bem sabemos.
PS:O "hoje acordei assim" é da Carla Quevedo.