2.3.06

"CHEGAR À FRENTE"

Provavelmente o que vou escrever a seguir é uma heresia. No Insurgente defende-se que Manuela Ferreira Leite deveria suceder a Marques Mendes na liderança do PSD designadamente por as circunstâncias exigirem "alguém com reputação de rigor orçamental". Sem negar, antes pelo contrário, essa qualidade à ex-ministra das Finanças, gosto sempre de lembrar que MFL não é propriamente uma "política". Fora as pastas ministeriais, o único cargo com dimensão política - em sentido estrito - que ocupou foi o de líder da bancada parlamentar e, ao contrário de Marques Mendes, não deixou saudades. E quando esteve à frente da distrital de Lisboa, em cujas listas colaborei, o único lastro visível que deixou foi... António Preto. A um chefe da oposição não lhe basta ser um razoável ou mesmo bom técnico que se "mete" na política. Cavaco, Guterres, Barroso, mesmo Santana Lopes e Sócrates chegaram onde chegaram - a S. Bento - por causa da política e não exactamente por saberem fazer contas. A notoriedade de MFL, tal como a de Marcelo, por outros motivos, catapulta-os naturalmente para as preferências dos "barómetros". Todavia isso não produz nenhum líder e, muito menos, uma política. Mendes ainda anda à procura da sua e o congresso deve dar-lhe fôlego para a perseguir. Não julgo que esta seja "a hora" de mais ninguém até porque mais ninguém se deve achar na sua "hora". Muito menos Ferreira Leite se deve "chegar à frente".

12 comentários:

Anónimo disse...

Acrescentaria, se me permite:

Para além do mais, MFL tem umas constas a ajustar com tudo aquilo que não foi feito durante o consulado de Durão Barroso.

Anónimo disse...

Gostei do artigo

... e, só por graça

... até com ilustração "à direita"

João Melo disse...

não será tão ingénua nem tão pouco "politico" e tão "técnica "como o joão quer fazer parecer

james disse...

Citando o Picoiso diria que a minha tia Cancela foi buscar uma serapilheira para limpar o corrimento...

Anónimo disse...

Este menino mau é insuportável...

Anónimo disse...

... “hoje” não consigo ficar indiferente ao “nível” dos “comentários”
... para este tipo de “comentários” mais valia não “intervirem”
... porem, quem sou eu!
... mas inserindo-me na minha teoria da “persistência” enquanto “construtiva” penso que estas criaturas ao “lerem” devem “reter” pelo menos “alguma coisinha” naquelas mentes, de tão “poucos neurónios”

... é por isso que, todos dias peço

Que DEUS me conceda:
- SERENIDADE para aceitar o que não posso mudar
- CORAGEM para mudar o que posso mudar
- SABEDORIA para reconhecer a diferença

... força João

Anónimo disse...

De novo a obsessão psicótica da Direita com as continhas de merceeiro: eis afinal o verdadeiro legado político do "interruptus" consulado barrosão...

Não há nada a fazer?

Anónimo disse...

... anónimo das 7:23
... Sabia que
"psicótica" vem de "psicose" cujo sigbificado e "obsessão"?

Anónimo disse...

"sigbificado e obsessão"?...







Caro anónimo das 8:08, mil obrigados pelo inestimável assinalar da minha involuntária redundância, apesar da óbvia escassez de tempo para o exercício da nobre missão de revisão semântica de comentários, mas permita-me a pergunta (e faça-me o obséquio de não a tomar por insolente): fê-lo para me corrigir, ou porque enfiou a carapuça do meu comentário?

António Viriato disse...

Embora atrasado, quero testemunhar que MFL é um caso confirmado de falta de vocação política. Nunca percebeu a natureza nociva de certos indivíduos que ajudou, repetidamente, a promover, em Lisboa, Oeiras e Algés, quando era responsável pela Distrital de Lisboa, suponho que era esse o cargo que então detinha no PSD. Foi alertada e ignorou os avisos, com contumácia. Errar é humano, sobretudo se se desconhecem certos factos. Ser contumaz no erro, depois de oportunamente advertida, não tem desculpa. É mais um caso de pessoa com capacidade técnica, competente na sua esfera profissional, mas desprovida de visão política ou sequer de sensibilidade para a dita. A passagem pela Educação, no tempo de Cavaco, a sua permanente obsessão pelo défice, à frente da pasta das Finanças, no tempo do Governo da decepção barrosista, também não deixam saudades e, finalmente, deve sentir-se agora bem recompensada, gozando as delícias da Banca dita ibérica, onde parece que aterram os políticos felizardos do bloco central. Ai, Portugal, Portugal... onde te levaram e levarão ainda tantas sumidades financeiras arvoradas em dirigentes políticos ?

Anónimo disse...

Anónimo das 8:19 eu não gosto de "Gorros"

Anónimo disse...

E eu não zosto de "Zorros"...