1.7.09

VITORINO OU A FESTA DA DONA CONSTÂNCIA

O pequeno Vitorino, recuperado como "coordenador programático" eleitoral do PS, acha que o Chefe de Estado está empenhado numa coisa a que chama de "activismo declaratório". Não sei se pela cabeça quase sempre luminosa de Vitorino perpassa alguma síndrome de censura a Cavaco. Ou seja, censura no sentido de que ele não pode pronunciar-se e que deve, respeitosamente, acatar o papel de estátua do Comendador. O pequeno Vitorino parte assim mal para a sua "coordenação". Porque parte no pressuposto de que o regime tem donos, na circunstância a seita em que ele milita. Sucede que não tem. Tem eleitos. O admirável líder, por exemplo, é um. Cavaco é outro. Vem nos manuais.

20 comentários:

Anónimo disse...

Não, caro autor da prosa, não é ver nos manuais, é... ver em Macau!
Mas isso, por ora, pouco ou nada interessa, o que interessa é perceber o papel de alguns tipos no jogo em que o PS está envolvido. Só o desespero de Sócrates traria Vitorino para este papel, e só a necessidade de uns favores de estado levaram Vitorino a assumir estas aborrecidas funções. Mas o risco é grande. É que há gente, do PSD ao BE que sabem muito bem como neutralizar as bocas do homem. E basta uma pequena notícia num qualquer jornal sobre determinado assunto para que denominado personagem alegue ferventes assuntos particulares para deixar os afazeres públicos, ou com importante publicidade, como as actuais no PS.
E a malta vai-se rir a tripa forra depois.
Hortêncio

ferreira disse...

Possivelmente o pequeno desejaria o activismo "tout court" de Sampaio que demitiu um governo maioritáruio com 4 meses ao "activismo declaratório".

rb disse...

Não sabia que ao admirável Chefe de Estado cabe o papel de fazer coro de determinado partido de oposição. Como árbitro que é, devia mostrar-se mais imparcial.

João Sousa disse...

O brilhantismo da cabeça de Vitorino deve ser o reflexo da luz na careca.

Anónimo disse...

A rapaziada rosa quer ir de férias descansada, e só agora (por culpa) das sondagens deu-se de conta que não tinha feito os "trabalhos de casa".

Andam positivamente "atrás das perdas", e fazem questão de as divulgar nos vários diários do (seu) regime, como é o caso de um artigo de opinião escrito pelo Vital(ino) Moreira no Diário Económico.

As coisas que lhes vão pela cabeça.

A

Rui

PS. A propósito : Coco Rosie - Tema: Armageddon

Mani Pulite disse...

Está em curso uma campanha orquestrada do poder Socialo-Sócretino de extrema violência e usando meios consideráveis para controlar a informação e intimidar todos os que lhe fazem frente.Depois da derrota da tomada de controlo da TVI,em desespero, os alvos de eleição desta campanha são MFL e Cavaco.O criado de quarto Granadeiro permitiu-se atacar MFL e agora o Homúnculo Vitorino,o homem que saiu do Governo Guterres em condições desonrosas,o homem sombrio de Macau,o discípulo dilecto do Padrinho Santos,o homem para quem a política é um negócio e os negócios a sua política,atreve-se a tentar intimidar e calar o PR.Um verdadeiro caso de polícia.

joshua disse...

A camarilha súcia sente-se dona do Regime e pela-se pelo efeito 'confuso' do voto noutra coisa qualquer que neles.

Na verdade, é por causa de esse asco particular ao voto que esse Flato de Esquerda, que é o PS, atira para a praça à vez os seus caniches de fila: ora Vitorino, ora Soares, ora Gulherme de Oliveira Martins com uma achega arqueológica sobre a PT e MFL, ora João Tiago Silveira, todos a seu tempo vem a terreiro tentar soprar no seu balão furado ou, o que é o mesmo, a despejar o seu Flato de Esquerda muito pouco de esquerda e e imensamente Flato.

Anónimo disse...

Depois de ouvir os "obamas" a dizer que a fórmula para o PS tem de ser pôr as pessoas a falar com os vizinhos, amigos e conhecidos a explicar como é bom o produto que nos oferecem, já nada espanta. Melhor só o outro a explicar que eles vieram dos EUA a custo zero, muito preocupado com mal-entendidos, não vá alguém pensar que tem custos. E foi por troca, dos serviços que o PS lá foi prestar na campanha, explicou ele.

Anónimo disse...

Senhor Vitorino: AGUENTE!

Nuno Castelo-Branco disse...

O sr. Vitorino devia dar uma vista de olhos nos jornais de há uns anos, quando os camaradas Soares e Sampaio eram useiros e vezeiros em "activismos declaratórios" e não só: das declarações passavam aos actos. Nem sequer tem qualquer direito em admirar-se com as atitudes de Cavaco que rotineiramente cumpre aquilo que diz respeito á figura constitucional que encarna. Ou o sr. Vitorino não sabe o que é uma república? Talvez perceba quando num futuro mais ou menos próximo lhe surja uma dissolução parlamentar, com ou sem maioria absoluta.


*Gostei da nova expressão que usas quando te referes a Belém: Chefe do Estado.

Há cem anos, quando "eles" se referiam a D. Manuel na imprensa, também já não lhe chamavam "...o Rei", substituindo a expressão por "...o Chefe do Estado". Sintomático. Gostei!

Gu disse...

Enquanto sócrates andou a fazer guerra ao Cavaco(veja-se o badalado caso dos Açores e outros)havia cooperação institucional bla..bla,agora estranham que o Cavaco fale.Quem criou esta guerra foi o Sócrates

garganta funda.... disse...

Para este pigmeu intelectual - e não só - o ayatollah Mário Alberto, aposentado e gozando boa reforma - pode falar diáriamente com a D. Constança sobre tudo e sobre todos.

O Presidente da República, que está no exercício pleno das suas funções, não pode falar e tem que cingir-se a "ver a banda passar"...

E não esquecer que a "maioria presidencial" é muito mais expressiva do que a ex-maioria absoluta parlamentar do Sr.Sócrates.

Chloé disse...

Convém imenso ao PS que o PR se agite qualquer coisinha. Fazem tudo para isso. É uma tentativazita de alibi para os papéis previstos no guião das legilastivas

fado alexandrino. disse...

Meço 1,66 e por acaso não sou careca.
Quando faço alguma coisa errada aprecio que me digam isso e que não se refiram á fraca figura física que tenho.

Anónimo disse...

Atenção sr. Vitorino. Lembre-se do caso Ferrominas, do Patrike Monteiro de Barros. Este recebeu do Estado, por seu intermédio e dos seus sócios (Costa e Lamego), 13 milhões de contos, pagando-lhes regiamente. Claro, o dinheiro do Estado foi pago com o dinheiro dos nossos impostos. O chocante deste caso tenebroso reside no facto de o tal Patrike não ter direito a um cêntimo, pois tudo o que ele queria sempre foi do Estado. Mais um caso do PREC, cuja história se está a escrever com letras vermelhas de sangue. No caso, uma decisão do STA já tinha resolvido que não havia direito a qualquer indemnização a pagar ao tal Patrike MB.
Cuidado Vitorino com os casos de Macau, que vão ressurgir.
Cuidado vitorino com as compras de terrenos ao preço da uva mijona, para fugir aos impostos.
Cuidado Vitorino com muitas histórias verdadeiras que estão dentro do teu saco.
Teu amigo José Estaline

Anónimo disse...

O post anterior tem um lapso: o negócio dos três sócios (Vitorino, Costa e Lamego) foi relativo ao caso Eurominas e não Ferrominas. O resto está correcto.
José Estaline

Almada Pinto disse...

Encontro por vezes o pequeno Vitorino na papelaria/tabacaria onde habitualmente compro os jornais.
Exibe um ar de auto-satisfação que, embora deixe a "papeleira" indiferente (ignora, presumo, quem seja o sujeito), faz os restantes clientes afastarem-se, como se ele exalasse algum exótico perfume.
Nunca me aproximei da criatura nem a olhei com atenção, mas agora surgiu-me uma dúvida: será que o nanosocialismo tem cheiro? Haja quem me informe.

Wegie disse...

Há alguns meses, também muitos angolanos com cargos importantes no Governo e das relações íntimas do Presidente José Eduardo dos Santos "lavaram" mais de mil milhões de dólares através de offshores que acto contínuo foram transferidos para Portugal. Entretanto, o dinheiro desapareceu e o Governo angolano começou a reivindicar a existência desse dinheiro, tendo sido informado pelas autoridades portuguesas que o dinheiro tinha sido depositado em nome de certas pessoas. O mal-estar entre as partes tem sido de tal forma grave que em Angola os portugueses que ali trabalham já sentem na pele as "vinganças", nomeadamente, a proibição de transferirem dinheiro para Portugal e o não pagamento de salários em função dos contratos de trabalho estabelecidos.

O dinheiro em causa que foi "lavado" por figuras portuguesas, nomeadamente advogados e militares na reserva, amigos de Eduardo dos Santos, representa uma quantia astronómica e consta que os negócios da Sonangol com a Galp, grupo Amorim e banca portuguesa, tal como os investimentos em Portugal de Isabel dos Santos, filha do Presidente angolano, têm passado pela referida "lavagem" de verbas incalculáveis.
O socialista António Vitorino sabe bem do que estamos a falar...

Anónimo disse...

Muita inveja circula por aí em relação ao Vitorino!!!!!!!!!!

Unknown disse...

Eu cá, como a Judite, gosto de carecas, embora não ao ponto do fetiche e do pingo nas rendas pudendas. E, à sua maneira, o Vitorino é um grande homem. Por exemplo, quando foi candidato á Presidência da Comissão Europeia prometeu, se fosse eleito, dar todo um novo e revolucionário sentido à frase 'A Europa é um gigante económico e um anão político'.