José Pacheco Pereira, nos últimos anos, tem andado a fazer o papel do cego das tragédias gregas em relação ao seu partido. De vez em quando lá condescendia a fazer de coro, mas, no essencial, foi o cego. Não tem mais condições para continuar refastelado neste ethos. Pacheco foi um dos "autores morais" da candidatura da actual presidente "laranja". Por consequência, deve apresentar-se agora como um militante exemplar, disposto a servir a senhora e o partido no "terreno", sem floreados. Já não basta a grandiloquência e a facilidade da aparição mediática. O PSD não pode deixar de estar "refém" de determinados caciques para passar a estar de outros. A plateia que assistiu à entronização de Ferreira Leite metia medo ao susto. O lugar na primeira fila, ocupado por Pacheco ao lado de Luís Arnaut, a duas de António Preto e Helena Lopes da Costa por entre figuras vindas directamente do jazigo de família, confere-lhe uma especial responsabilidade. Não nos desiluda.
9 comentários:
Ó João não me faça rir. Já agora só nos faltava apanhar com um Pacheco/PSD leal servidor. E como ? Como ideólogo ? Com a naifa ? Conselheiro económico ? Expert nos dossiers de armas secretas do Sadam ? Talvez como perito da Manela para erradicar da net os comentários anónimos ? Ó João não me desiluda você.
O Pacheco Pereira prestou já um grande serviço ao PSD derrubando o psicopata do Menezes e ajudando a Manuela Ferreira Leite a ganhar eleições. Quem esteve ontem na candidatura via como os militantes o saudaram efusivamente, aliviados com a ida para a rua do malcriado de Gaia. Ele sempre fez parte do coro, e é muito injusto dizer que ele esteve "refastelado". O homem teve a dignidade de sair dos lugares para não apoiar políticas com que não concordava e não vejo porque razão não vai apoiar a nova Presidente como puder.
E o Óscar da noite para os melhores efeitos especiais foi para Helena Lopes da Costa que apareceu na sede de candidatura de Pedro Santana Lopes, vinda directamente do "Museu da Cera" onde se festejava a vitória eleitoral.
tudo a condizer com o cemitério em que o socialismo transformou
portugal.
noutro local estavam os alegres gatos pingados e os ratos que tudo devoram
O Menezes ditador, o Menezes irmão de estilo de um Pinto da Costa, era o inferno, era a infâmia, a tragédia, o drama, o horror no PSD, convenhamos!, já que a doxa vai direitinha neste caminho opinioso de cabras sinuoso e sem desvios.
Agora, o Sr. Pacheco Pereira não se livra de uma marcação bem cerrada em face da ressuscitação massiva de inúmeros velhos mamões do PSD Centrão, figuras cansativas e sempre as mesmas de velhos, velhos, velhos habitués candidatos das maravilhosas tetinas do Estado para quando ele virar laranja se virar.
Eu é que não tenho ilusões com este PSD: o PSD de MFL quer parecer uma Misericórdia e uma obra de misericórdia, uma sopa de pobres da credibilidade, mas servidora de arredados da grande Teta Estatal.
Quanto ao País, o PSD de MFL é todo rígido, sem imaginação, sem pensamento, sem arcaboiço para o risco e o desafio, depois de vinte e tal anos a votar nisto, desisto. Vou votar e levar ao voto, por raiva desapontada e protesto desiludido, no BE, à falta de um partido monárquico em que me reveja enquanto votante e militante.
PALAVROSSAVRVS REX
Fala-se do Pacheco Pereira e vem logo a brigada dos patetas ataca-lo.
Se excluirmos os seus sermões ao umbigo, o que fez até hoje o Pacheco Pereira para que Portugal ficasse melhor? O que propôs? Que ideia tem acerca daquilo que é o desenvolvimento? Assumiria o cargo de primeiro-ministro?
D U V I D O!
Oh, coitado do pobre Pacheco! Ninguém o compreende. Só patetas anónimos o podem aconchegar e proteger dos maus.
PALAVROSSAVRVS REX
Outrora houve uma dupla - Partido Regenerador e partido Progressista - que, um de cada vez, foram escaqueirando isto. Depois passou a preponderar o republicanismo, que completou a obra iniciada por regeneradores e progressistas.
Esperava-se que o 25 de Abril, ao abolir uma ditadura, trouxesse ao país um processo novo de governação. Puro engano. Os hinos à democracia representativa, que necessita do esterco dos partidos, esconderam bem a podridão que ela encerra. Apareceram vários partidos, sobessaindo dentre eles, pelo número de votantes, o chamado socialista, que não tardou muito em abraçar o socialismo de merda, e o social-democrata, que passaram a ser os partidos mais em destaque. Evidentemente, um regresso ao passado. Cada partido escolhe, na manada que o constitui, e para o representar no parlamento, apenas aqueles que sempre se mostram fieis, que dizem sempre amén a tudo o que a direcção, bem ou mal, estabelece, ainda que sejam autênticos nabos.
E como a vaidade, a ânsia de mando e a necessidade de euros atinge muito salafrário,o resultado é o que se vê nos partidos quando estes conseguem atingir uma posição cimeira. Esgadanham-se, escoicinham-se, esfarrapam-se mutuamente.
Enquanto o sistema perdurar, teremos sempre mais do mesmo, porque o ser humano é uma peste e, dizem, não pode ser mudado.
É por isso que defendo os círculos uninomais em que cada círculo elege um seu representante para defender os seus interesses no Parlamento, e é a ele que os seus eleitores pedem contas. Os eleitores vêem como ele actua na defesa desses interesses e voltam a dar-lhe o voto se actua bem e dão-lhe um bom biqueiro no traseiro se se mostrar um aldrabâo e um incapaz. E escolhem outro sempre numa tentativa de conseguir o homem certo.
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