Costa dá uma entrevista ao DN como candidato a Lisboa. É a chamada conversa de chacha, como a dos outros candidatos, certamente. Ficou-me apenas uma expressão que resume o resto: "o Simplis". Costa, a maravilhosa cabeça de onde brotou, entre outras, a ideia do "cartão único" e o "Simplex" da dra. Leitão Marques, transpôs para a sua candidatura um "Simplex" dos pequeninos, o "Simplis" através do qual Costa quer implantar as suas "medidas de simplificação". Como? "Primeiro, vamos fazer o "Simplis", que é um "simplex" para a cidade de Lisboa. Em segundo, aproveitar o quadro legislativo aprovado esta semana pelo Governo em matéria de ordenamento do território e de licenciamento, que ajudam à simplificação. Em terceiro, introduzir mecanismos de prevenção da corrupção, quer com códigos de conduta muito exigentes, quer com uma comissão de prevenção da corrupção que tenha independência funcional relativa à maioria da câmara. E que identifique as áreas mais críticas da câmara e adopte códigos de boas práticas", diz ele. Pois. A lista de Costa, aliás, tresanda a "ética" e a "boas práticas". Basta a Costa começar por "simplificar" o seu "número dois" que já presta um bom serviço camarário.
4 comentários:
Parece-me bem, só não percebo uma coisa: isto do simplis é assim a modos de que beneficiaremos todos das facilidades concedidas à Braga Parques?
Pois é, mas claro está que o SIMPLIS vai precisar de todo um dispendioso software e hardware para ser implementado e para o qual vai sair o Código dos Contratos Públicos.
Mas , ainda há os outros sub-programas totalmente robotizados, como o MERDALIS um sofisticado sistema informático para apanhar cócó de cão dos passeios, o CRAVALIS para substituir os “moedinhas” por robots e rentabilizar todo o cm2 existente para estacionar, o CHULIS para substituir prestadores de serviços sexuais na rua por robots insufláveis e cobrar taxas aos respectivos utentes, o ESCUTALIS para se saber, através de todos os meios telemáticos, etc., quem está a favor e quem está contra o executivo camarário e o governo e o PORRADALIS para dar represálias aos lisboetas que se atreverem a meter com o PS, ou digam alguma graça sobre a flexilicenciatura do Sr. Eng.
Ai! Ui! Ao!, UUUUi! (já está a funcionar ? Porra!)
R.A.I.
18. Comentário da equipa de auditores
Quanto ao exercício do princípio do contraditório pelo Arquitecto Manuel Salgado, à equipa de auditores oferece-se tecer os seguintes comentários:
1. No tocante às afirmações referidas nos pontos 1 e 2.3, de que as funções de Director do recinto da Expo e de projectista contratado “não poderia impedir o signatário de concorrer à elaboração de outros projectos (...)” e a de que “ nunca existiu...qualquer interferência no procedimento de selecção dos concorrentes aos diversos concursos, nem na adjudicação de quaisquer trabalhos ou serviços à empresa de que é administrador, que cabia exclusivamente aos órgãos competentes da PE(...)”, refere-se que não se questionou o facto da RISCO se candidatar à elaboração de projectos, mas a circunstância destes terem sido, na sua maioria, adjudicados por ajuste directo, impedindo o funcionamento das regras da concorrência e do mercado.
2. No que concerne ao ponto 2.1, a menção no relato de auditoria da preferência da parte da PE para a atribuição à RISCO, SA, dos trabalhos relativos à elaboração do Plano/Projecto de Urbanização do Recinto, resulta das seguintes considerações:
- A adjudicação em causa tratou-se de uma escolha directa, promovida pela área PROMARK e aprovada pelo CA da PE, de um dos gabinetes seleccionados anteriormente num concurso de ideias, do qual resultou a selecção de 30 gabinetes de arquitectura;
- Para além da RISCO, SA, ficaram, também, em condições de se constituírem como adjudicatários, mais outros 29 gabinetes;
- Para a adjudicação dos referidos trabalhos, a PE prescindiu da realização de um processo de consulta, alegando que, assim, se evitariam os atrasos que um processo daqueles acarretaria;
- A razão ou o critério adoptado pela PE para a selecção da RISCO, SA, enquanto adjudicatária dos trabalhos relativos à elaboração do Plano/Projecto de Urbanização do Recinto, não foi evidenciada no respectivo processo, pelo que a mesma apenas poderá ter resultado de uma preferência da área PROMARK, e, consequentemente, da PE, para a escolha directa efectuada.
in:Tribunal de Contas
Relatório de Auditoria nº 43/2000 - 2ª secção - Volume VI (página 132)
Propostas deste formigueiro: e que tal "abrir" novas "etiquetas" em "Expo98 - Manuel Salgado - Tribunal de Contas" e "Centro Cultural de Belém - Manuel Salgado - Tribunal de Contas"?
Cumprimentos
Facilitar o licenciamento, nomeadamente nas zonas históricas, e adoptar medidas anti-corrupção, parece-me algo impossível na CML. Oxalá que António Costa consiga operar esse milagre. Daí, na dúvida ir apostar, neste Batman lisboeta, embora sem grande convicção.
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