«Somos poucos mas vale a pena construir cidades e morrer de pé.» Ruy Cinatti joaogoncalv@gmail.com
31.5.07
O RANÇO - 2
30.5.07
LER OS OUTROS
MORTE OU GLÓRIA - 2
"Podem vender arrendar ou destruir o Regimento Lanceiros 2 mas jamais poderão destruir o Espírito de tantos Lanceiros que por aí passaram.Um lanceiro desde Caracas Venezuela da CPM 8247 "OS ÍNDIOS".Um abraço para todos os Lanceiros da velha e nova geração.
Artur Pereira 062511/73."
"Morte ou Glória"
O SR. SAMPAIO
GOVERNO BABY-SITTER
O HUIS CLOS SOCRÁTICO
29.5.07
OS NOVOS MONSTROS
DA DUPLICIDADE
COISAS DE CZARES
O PRINCÍPIO DA RAZÃO INSUFICIENTE
Adenda: Os ilustres membros do "tribunal permanente do correcto e da moralidade jacobina", como a sra. D. Câncio ou do dr. Abrantes, desta vez não têm nada a dizer?
A BANDA COSTA
Foto: Kaos
28.5.07
28 DE MAIO - 5
A "ESQUERDA MODERNA"
SÃO CARLOS, CINCO ANOS DEPOIS
27.5.07
SÓCRATES KREMLINIZADO
AFORISMO FUTEBOLÍSTICO
DOMINGO, MALDITO DOMINGO
28 DE MAIO - 4
António de Oliveira Salazar, em 9 de Junho de 1928, discurso aos oficiais da Guarnição Militar de Lisboa, in Discursos, Vol. I.
O AMBIENTE DE SÓCRATES
António Barreto, in Público
O RANÇO
26.5.07
LA NAVE VA
Foto: cortesia forçada do Kaos
O HOMEM DE PALHA
A BUSCA DA FELICIDADE
BICHOS
PORTUGAL AMORDAÇADO
25.5.07
O HOMEM DESFOCADO
GRAMÁTICA GOVERNAMENTAL
DOS TOMATES
28 DE MAIO - 3
O REGIME DE SÓCRATES
Vasco Pulido Valente, in Público
24.5.07
ARTIFICIAIS
GOSTAVA DE TER ESCRITO ISTO
in Combustões
EXCELENTES
AS PERSONALIDADES DO OESTE
A OTA E A DINAMITE
OS ABAFADORES
Constança Cunha e Sá no Público. O título é meu.
23.5.07
O ROMANCE ANTI-LAURENTINO - 2
O RAMALHETE
A FARTURA DA MISÉRIA
MILHÕES
PARA O ABISMO
O "PESO-PESADO"
A nomeação de António Costa
por Rui Ramos*
Perante uma eleição em Lisboa, o PS teve de gastar um ministro de Estado, e depois ir buscar um juiz ao Tribunal Constitucional, eleito há dois meses, para o substituir. O PSD dispôs-se a sacrificar o presidente de outra câmara. O CDS recorreu ao seu líder parlamentar, à frente de uma lista em que foi preciso pôr quase metade do estado-maior do partido.Todos analisámos este generalizado rapar dos tachos com a conveniente dose de angústia democrática. Mas, enquanto o país se preocupava com a escassez de políticos, os nossos políticos, que não sentem que haja funcionários a mais, também não deram sinais de sentir que há políticos a menos. Basicamente, porque julgam que têm tudo muito bem controlado.
Viu-se pelo modo como, apesar de estar prevista uma eleição para Julho, o Governo tentou nomear um dos seus ministros presidente da Câmara de Lisboa.
Está aqui a chave da nossa política. O currículo atesta que Costa já foi nomeado para quase tudo. Mas na única vez em que arriscou uma candidatura pessoal - Loures, em 1993 -, perdeu. De resto, foi sempre eleito em lugar secundário nas listas. Não discuto as virtudes de Costa: admito que tenha todas. O ponto é este: noutras democracias, "pesos-pesados" são políticos com um apelo eleitoral testado - e não alguém cujo talento foi sobretudo reconhecido pelos correligionários. Os nossos políticos julgam-se capazes de atingir a grandeza pelo singelo método de se promoverem uns aos outros, como a nomenklatura da antiga União Soviética.Para esta política reduzida a um clube de elogio e promoção mútua, é natural que o país não conte - compete-lhe apenas deixar-se impressionar pelo ruído que lhe chega do clube. Não devemos cometer o erro de tomar os nossos políticos por bacocos. O Governo fez um cálculo. Previu que os oligarcas do PSD estariam mais interessados em afundar Marques Mendes do que em reter Lisboa, e que portanto não haveria outro candidato com a folha de serviço de Costa. Entretanto, apagou do quadro o comprometedor PS local, e aproveitou o charme discreto do poder para arrebanhar atracções.
Entre candidatos e mandatários, no circo Costa há de tudo. O eleitor é do PSD? Tem o exemplo de José Miguel Júdice. Desconfia da "malandragem"? Tem Saldanha Sanches. Não gostou de Carrilho? Tem Manuel Salgado. Gostou de Alegre? Tem Ana Sara Brito. Até as directoras da Ciência Viva e do Serviço Jesuíta aos Refugiados vieram na rede. Isto não é uma candidatura: é o regime sujeito a um arrastão. Alguém ficou de fora?Só havia um problema para consumar a nomeação: os candidatos independentes. As sondagens mostravam Carmona e Roseta com mais intenções de voto, em conjunto, do que o "peso-pesado".
Como de costume, o povo, sempre ignaro e ingrato, ameaçava estragar o passeio. Felizmente, é para prevenir este género de escândalos que existe a burocracia do Estado, com os seus procedimentos e prazos jeitosos. O governo civil removeu assim a dificuldade com um passe mágico do calendário. Estavam as favas a ser contadas, quando, de repente, o sistema deu sinal de anomalia. Geralmente tão fiável, a justiça constitucional abriu brecha na muralha. E foi assim que as eleições de Lisboa, até aí reduzidas a uma oportunidade para o Governo, se tornaram também uma oportunidade para os cidadãos. Por exemplo, para explicarem a estes ministros que a democracia não é uma coisa para ficar calcada debaixo de um qualquer "peso-pesado".É que há mais em jogo do que uns automóveis mal estacionados. Enquanto o Governo exibia Costa à cidade e ao mundo, soube-se que, numa qualquer direcção regional, um professor tinha sido suspenso por causa de uma piada à custa do primeiro-ministro.
Eis o que está nas mãos dos lisboetas: garantir que, depois de Julho, podem continuar a contar-se anedotas sobre Sócrates na câmara municipal. Porque é preferível lixo nas ruas do que lixo nas almas.
*in Público de hoje. Edit meu e vénia ao autor. Foto Kaos.
22.5.07
O VEREADOR COSTA
OTA A VOTOS
A SANTÍSSIMA TRINDADE
DA CLAUSTROFOBIA
in Grande Loja
*Foto: "gentilmente" cedida pelo Kaos
PORTUGUÊS TÉCNICO
UMA COISA EM FORMA DE SÍMBOLO
A CHAGA DE LISBOA
Nota: Na foto, carros em Lisboa parados em "3ª fila". Depois não me venha com a "repressão", JMF. Quando me "bloqueiam" o carro com outro, não buzino, que considero um acto incivilizado. Chamo o "tow".
21.5.07
OS SENHORES DA TERRA
LAPSO FREUDIANO
INCOMODAR A ESTUPIDEZ
28 DE MAIO - 2
20.5.07
AS "MARGARIDINHAS"
28 DE MAIO - 1
CAMBRA E CAMBRÕES
in Combustões
REFRESCAR
EMBAIXADOR E BETONEIRO
A MANDARIM
19.5.07
DO CARÁCTER
O "BLIND TRUSTEE"
in Manuel Maria Carrilho, SOB O SIGNO DA VERDADE, D. Quixote, página 53.
GRANDES FRASES
"O mal não se perpetua senão no pretender-se que não existe, ou que, excessivo para a nossa delicadeza, há que deixá-lo num discreto limbo. É no silêncio e no calculado esquecimento dos delicados que o mal se apura e afina - tanto assim é, que é tradicional o amor das tiranias pelo silêncio, e que as Inquisições sempre só trouxeram à luz do dia as suas vítimas, para assassiná-las exemplarmente. Por outro lado, o que às vezes parece amor do mal é uma infinita piedade de que os "bondosos" e os "puros" se cortaram: uma compreensão e um apelo em favor de que o amor do "bem" não alimente nem justifique a monstruosidade do mal, tanto mais monstruoso quanto mais, psico-socialmente, a idealização desse "bem" o confinou a ser. [A vida] só é monstruosa, não porque algo o seja em si, e sim porque o repouso egoísta, a ignorância, a falsa inocência, são sempre feitas de um crescente juro de monstruosidade. Nenhum realismo o será, se recuar aflito, mas porque, aflito, não recua."
Jorge de Sena, 1971
A SEGUIR
O CORNO TRICOLOR
O TEMPO DAS CEREJAS - 2
acolhe o que resta das visões
e o espírito voga aquém da alma.
Não sei o que dirão de mim.
Eu quis amar e não pude.
Pouso no papel deste poema, a minha boca
na tua boca e os beijos não existem,
nem sequer ao vento uma leve cortina
que esvoace. Nada, rapace, nada sente
essa boca distante, a tua boca,
o peso de algodão da pena de uma ave,
lábios, língua, dentes, saliva.
Por quanto tempo ainda, noite em noite,
irei pela cidade sem beijar, sem
de verdade beijar em qualquer boca
essa fome que não beijei, a tua.
Joaquim Manuel Magalhães
OS ANDRÓIDES SONHAM COM CARNEIROS ELÉCTRICOS?
OS DONOS
PARA O LARGO
PANTOMINICE - 2
Adenda: Helena Roseta precisa libertar-se da canga da Ordem profissional que dirige. Basta-lhe por os olhos nesse "modelo" arquitectónico que é o senhor candidato a vice-presidente da CML na lista do dr. Costa, Manuel Salgado. Por que é que ele e Carrilho se desentenderam em 2005? O que é que Salgado pretendia e que Carrilho não estava disposto a dar e a que Costa, pelos vistos, é indiferente? Em suma, o que é que o Salgado tem?
18.5.07
O TEMPO DAS CEREJAS
Comprei hoje as primeiras na Rua assassina do Arsenal. Durante o tempo delas, não se come outra coisa. É curto o tempo das cerejas.
Quand nous en serons au temps des cerises
Et gai rossignol et merle moqueur
Seront tous en fête
Les belles auront la folie en tête
Et les amoureux du soleil au cœur
Quand nous chanterons le temps des cerises
Sifflera bien mieux le merle moqueur
Mais il est bien court le temps des cerises
Où l'on s'en va deux cueillir en rêvant
Des pendants d'oreilles
Cerises d'amour aux robes pareilles
Tombant sous la feuille en gouttes de sang
Mais il est bien court le temps des cerises
Pendants de corail qu'on cueille en rêvant
Quand vous en serez au temps des cerises
Si vous avez peur des chagrins d'amour
Evitez les belles
Moi qui ne crains pas les peines cruelles
Je ne vivrai pas sans souffrir un jour
Quand vous en serez au temps des cerises
Vous aurez aussi des chagrins d'amour
J'aimerai toujours le temps des cerises
C'est de ce temps-là que je garde au cœur
Une plaie ouverte
Et Dame Fortune, en m'étant offerte
Ne saura jamais calmer ma douleur
J'aimerai toujours le temps des cerises
Et le souvenir que je garde au cœur
Jean-Baptiste Clément