16.5.07

UMA PENA

Paulo Portas foi o único dirigente partidário que, até agora, comentou a "mexida" no governo. Fê-lo com o seu novo ar de ironista do regime. "Saem-lhe" umas frases bem feitas, umas rimas inesperadas e uns trocadilhos convenientes. Mas disse o que era importante dizer e que não se ouviu por causa de Negrão e de Costa: Sócrates trata do país à medida das conveniências da mercearia do seu partido. Portas quer por força passar a imagem de que é ele quem "topa" Sócrates e que, elevando a habitual conversa dos taxistas a doutrina partidária, o "denuncia". Para já, só pode "morder" com elegância e ironia pois não sabe - nem Sócrates sabe - se não precisarão um do outro daqui a dois anos. Esta é maior tragédia da direita. Raramente tem bom vento porque não conhece o seu porto.O que é uma pena.

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