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Em relação à permanência de Bénard da Costa na Cinemateca Portuguesa até à sua gloriosa mumificação,
já disse aqui o que pensava. Também pensava nessa altura que a ministra da Cultura tinha tomado uma decisão política sobre isso. Eis que agora se dá o dito por não dito e Isabel Pires de Lima, com a indispensável anuência de Sócrates, dispôe-se aparentemente a prolongar a "licença especial" que permite a Bénard - aos setenta anos e com uma missão pública impecavelmente cumprida mas porventura exaurida- continuar à frente da Cinemateca. Criticava-se o Estado Novo por convolar em vitalícia a maior parte dos cargos de alta direcção da administração pública. A democracia, pelos vistos, também gosta de ter as suas jarras de estimação. Entretanto foi posta a correr uma inevitável "petição online" em prol de Bénard e, indirectamente, contra Pires de Lima. As capelinhas e o amiguismo mexeram-se depressa. Prado Coelho já as tinha excitado. Parece que está a surtir efeito. A ministra naturalmente tremeu. São sempre os mesmos para o mesmo, dos sete aos setenta e sete anos. Não haverá mais ninguém?
Adenda: Sobre o mesmo tema,
João Morgado Fernandes.
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