30.6.11

«SABER PERSISTIR»


«A actual fórmula governativa abre ao Governo uma perspectiva temporal alargada, que permite um trabalho responsável, sem atender a pressões eleitoralistas ou à agitação dos demagogos. Temos de evitar a política do chamado «stop and go», programar a médio prazo a acção governativa e acompanhar a política conjuntural de emergência de uma política de reformas ousada que lance as bases de um crescimento económico. (...) Só numa tal perspectiva têm sentido os sacrifícios pedidos à população - que aliás foram compreendidos e aceites, dado o bom senso inato do povo português - porque só assim criaremos as condições de um futuro melhor. (...) Há que fazer um grande esforço de explicação da política económica do Governo, das medidas tomadas e a tomar, por forma a ganhar a confiança de trabalhadores e empresários. Há a preocupação, por outro lado, de reduzir o tempo que medeia entre o anúncio das medidas e a sua efectivação. As obstruções do aparelho de Estado e a burocracia que, como se diz, «cria dificuldades para vender facilidades», têm de ser afastadas mediante um grande trabalho de moralização, dignificação e dinamização dos serviços públicos. (...) O principal para que o Governo tenha êxito é saber persistir. Ter a coragem de não mudar de rumo, independentemente dos acidentes de percurso. Recomeçar, pacientemente, quantas vezes forem necessárias. Tomar decisões. Não se deixar perturbar por agressões verbais, por incompreensões ou por injustiças. Aguentar de pé. Para os homens de convicção e de recta consciência, o que conta é sempre - e só - o futuro.»
Mário Soares, Primeiro-Ministro, 15 de Maio de 1984 (in A Árvore e a Floresta, Perspectivas & Realidades, 1984)

10 comentários:

Anónimo disse...

Ja me tinham lixado 10% do salario todos os meses. Agora são mais 50% do subsidio de ferias. Ora como cá em casa somos dois: (10+10+50+50=120)...Lindo um,100% e mais um bocado do outro,20%, vai estar a trabalhar para o boneco.

Anónimo disse...

Para a RTP é um milhão por dia. (São 300 milhoes ao ano...é fazer as contas.)

Anónimo disse...

Desempregado tem subsídio de férias?
Daqui a uns dias vou descobrir.

Anónimo disse...

M. Soares tem memoria selectiva e so regista o que convem.
Agora esta mais numa de revolucionario e pela Europa fora determina as tarefas da esquerda: deitar abaixo os governos de direita.
Soares e boa pessoa, mas ja enjoa.

São Canhões? Sabem mesmo a manteiga... disse...

Anónimo disse...

M. Soares tem memoria selectiva e so regista o que convem.

ESQUECEU -SI de todos os reitores e patrícios que nomeou

Anónimo disse...

O vácuo-seguro e o "afogueado-assis" deram ontem, nos Passos Perdidos, robustas provas de recta consciência e de verdadeiro empenho no futuro da Pátria. O papaguear-pneumático bancadista, politicoso, pandilha, protestadeiro e barato babou-se-lhes instintivamente - em campanha para a chefia dos destinos da coisa. Edificante.

Ass.: Besta Imunda

Anónimo disse...

Em 2012 repõem o salario dos funcionarios publicos? POr fim sao todos os portugueses a pagar a crise nao sao so os professores e os policias...

Cáustico disse...

Era fatal como o destino

Não era preciso ser bruxo ou adivinho para poder antecipar o panorama que já se avizinha.
Os socialistas de merda colocaram, com as suas diabruras e actuações canalhas, o país à beira da bancarrota. A corja do covil do Rato não ignora o que é preciso fazer para tirar o país do atoleiro onde o puseram. Assinaram, porque aceitaram, com aqueles a quem foram mendigar auxílio financeiro, um memorando de entendimento que obriga Portugal a cumprir as medidas impostas pelos prestamistas.
Porque o compromisso em juros é elevado, em consequência da dívida astronómica que tais imbecis políticos criaram, tornando difícil o saneamento financeiro e a recuperação da economia, o governo actual entendeu, e a meu ver muito bem, tomar decisões que ultrapassam as medidas que constam do referido memorando, de forma a proporcionar um salutar ambiente que permita também a morigeração das taxas dos juros que somos obrigados a pagar sempre que precisamos de recorrer a empréstimos. O que é preciso é que todos, os que têm subsídio de Natal acima de determinado montante, mesmo o Presidente da República e o Primeiro-ministro, se tiverem direito a tal subsídio, paguem. Nada de excepções, mesmo se for “coxo” ou “maneta”.
Vou ficar sem quase 50% do meu subsídio de Natal. Como não pertenço à quadrilha do Rato, entendo que não devia ser sacrificado por causa da incompetência, das leviandades, dos desvarios, dos desvios, das corrupções, das roubalheiras a que muitos se dedicaram nestes últimos anos. Mas pago, embora bastante contrariado, pois entendo que apenas deveria pagar quem colocou o país no estado caótico em que se encontra.
Mas a canalha do Rato, como era de prever, já está na campanha contra as medidas que vão ser necessárias para corrigir as asneiras que levianamente fizeram. Assis e Seguro, dois canalhinhas amestrados, dois socialistas de merda que, por acção ou omissão, sempre apoiaram os desvarios políticos do grande canalha e de outros que o precederam, já estão empenhados no ataque à acção do actual governo para sairmos rapidamente da situação crítica em que eles, directa ou indirectamente, colocaram o país.
A canalhice desta gente colocou Portugal numa posição bastante embaraçosa. E é a mesma canalhice que a leva a lançar-se na obstrução das medidas que visam unicamente corrigir os desmandos da sua pulhice.
Estejamos atentos a todo o comportamento futuro de semelhante gente.

Anónimo disse...

Não é so na econonia é tb no pensamento :
Ai a Monarquia Portuguesa seria Rei de Portugal , dos Algarves dos Açores da Madeira, Berlengas e Bugio.
Claro que nao se compara com a Rainha de Inglaterra, Antigua, Barbuda,BArbados, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Nova Zelandia, Australia, Bahamas,Papua Nova .guine, Sao cristovão e Névis, Sta Luzia, Sao Vicente e Granadinas, ILas Salomão e Tuvalu.
Se calhar tinhamos de ser um Principado como o do Monaco...mas mais pobrezinho claro.

Paulo Lisboa disse...

«o que conta é sempre - e só - o futuro.»

Pessoalmente nutro um especial desprezo pelo Dr Mário Soares, e esta frase resume de forma perfeita a forma como sempre fez política.

Soares sempre tomou as suas decisões sem a menor coerência polítca, como se não houvesse passado, sempre foi um aldrabão encartado. Das duas vezes que foi Primeiro-Ministro, cometeu a proeza de levar Portugal quase à bancarrota.

Também foi no seu governo de 1983-85 que se intensificou de forma escandalosa o clientelismo político do seu partido em tudo o que fosse «tachável», desde governo, a empresa públicas etc. Quem não tivesse o cartão «xuxa» estava tramado e não fazia nada de relevo em qualquer organismo público. Uns chamam a isto benignamente de tráfico de influências, eu chamo de corrupção. E foi no governo de Mário Soares de 1983 que isso começou em grande.

Por isso nunca percebi a histeria em torno do Dr Mário Soares, além de aldrabão, sempre foi um governante mediocre.