25.3.11

«PELA LITERATURA, CONTRA A LITERATICE»



«A literatura não é um território de pacificação ou de anemia. ‘Contra a Literatice e Afins’ (Guerra e Paz), de João Gonçalves, foi ontem lançado em Lisboa, e é um inventário de argumentos sobre a matéria. Gonçalves é um excelente leitor que não depende no universo de deferências literárias e editoriais – tem, a seu favor, o mau génio, a tentação polémica, a necessidade de beleza. Disso tudo fala a literatura; de renascimento, de vingança, de uma eternidade que não demora a passar. As boas consciências que procuram ver na leitura "um acto de cidadania" escusam de passar por estas páginas, verdadeiros textos de guerrilha onde sobrevoa a inspiração de Sena e o deslumbramento diante dos mestres (Gaspar Simões ou Prado Coelho, por exemplo). Pela literatura, contra a literatice.»

Francisco José Viegas, CM

(editado aqui na ortografia dita antiga)

8 comentários:

vasco disse...

Já agora perguntava ao Viegas quando se irá decidir por uma grafia ou outra. Estou farto de deixar de e voltar a ler o blogue dele. Pelos bigodes de Camilo, haja maneiras!

floribundus disse...

Irmão
estive presente em espírito.
horas demasiado tardias para mim.
'unos e indivisíveis'
longa carreira para ambos

FNV disse...

Folgo em ver que o meu caro FJ Viegas já é bem vindo ao Portugal dos Pequeninos.
Óptimo.

Suzana Toscano disse...

Muitos parabéns ao autor, estive lá e foi um acontecimento!Agora, claro, vou ler o livro,a apresentação aguçou a curiosidade...

Anónimo disse...

A ver se o começo a ler em livro porque Sena já eu leio desde 78.
José

Anónimo disse...

O Viegas das novas grafias e novas oportunidades... O livro do Passos Coelho que ele publicou na Quetzal também deve ser "literatura" e não "literatice": coisa sólida, dostoievsquiana, como as coisas desses miúdos "trendy" que o Viegaa adora publicar. Podia ter escolhido outra "eminência" para lhe apadrinhar a coisa, ó João.

João Gonçalves disse...

Não seja cretino ou cretina. Mas, se quiser ser, dê a cara que eu estou farto de pulhice anónima.

Anónimo disse...

"Sobrevoa a inspiração de Sena"?. Meu Deus, que arrepio. O Gonçalves é um adesivo ao Sena. Que este era brilhante, inteiramente de acordo. Além de veneno, veneno puro - oh! Céus, façai que morda a sua língua, que naquela boca nunca devem ter estado duas!... -, que mais destilou o alambique do Gonçalves? Que obra? Direi como Saul Bellow dos zulus: se têm um Tolstoi, mostrem-no lá que o quero ler. Quero ler "A Tabacaria" do Gonçalves. Ou "A Metamorfose" do Gonçalves. Ou, sei lá, "O Mostrengo", do Gonçalves. Ou outra autobiografia qualquer.