26.7.10

O MINISTRO QUE VIA PASSAR OS CACILHEIROS


O dr. Martins, ministro da justiça, é mais um na circunstância a ver passar os cacilheiros da janela do seu gabinete ao Tejo. É mais um, quero eu dizer com isto, a praticar o "eterno retorno" como guião de desempenho de funções governativas no actual executivo. Há quem consiga isso em menos de 24 horas - a importada Helena André ou o académico Mendonça - mas Martins vai lá por outra via: comissões e, algumas, "altamente especializadas" bem como os inevitáveis "grupos de trabalho". A "ideia" é colocar tudo como estava dantes sendo aqui o "dantes" o governo que o precedeu, o dele em versão absoluta ou o dele mesmo, o desencontrado minoritário. A taxa da justiça é um mero exemplo e, lá está, ele tem um "grupo de trabalho muito qualificado" a desfazer o feito. Martins não é mau tipo, porém entrou para o lugar errado à hora errada. A entrevista está cheia do termo "credibilidade". Este, assim como a "transparência", quando usados em doses cavalares não querem dizer nada. Alberto Martins - sejamos realistas -bem como o governo de que faz parte também já não tem nada para dizer.

3 comentários:

floribundus disse...

o governo parece a arca de Noé
cheia de animais
os contribuintes são arrastados pelo dilúvio

Anónimo disse...

A corôa-de-glória de Alberto Martins é a sua muitíssimo publicitada intervenção, enquanto estudante em Coimbra, numa sessão em que estava Américo Tomaz, e onde ele "pedia a palavra" e intervinha - numa época difícil e que originou represálias sobre a academia, com inúmeros casos de envio "adiantado" de rebeldes para a Guerra Colonial.
Depois, Martins teve o seu percurso - e deve ter feito qualquer coisa entretanto. O que desilude nestes anti-fascistas, de quem constantemente se recordam os feitos de juventude, é a vacuidade dos seus esforços posteriores; e a manifesta "funcionarite" e banal disponibilidade para servir amos ferozes como pinto de sousa, que de luta estudantil (séria...), de justiça e de ética têm apenas uma vaga ideia - preferindo o fascínio ignaro e primário "dos computadores e das novas-tecnologias". Assim, no crepúsculo da sua vida política, Martins não pensa duas vezes e junta estas pérolas finais à sua corôa. Grandioso remate de uma vida de luta.

Ass.: Besta Imunda

Anónimo disse...

O Alberto é uma nulidade. Sempre foi.