23.7.10

NO MEIO DE BRUTOS



A Igreja lançou um violento ataque contra a sociedade rapace em que vivemos e contra o governo que, pela sua complacência ou inépcia, a mantém. Fica-lhe bem embora mais de cinco anos de mansidão perante o tribalismo socrático e perante selvajarias chiques da sociedade dita civil não a credibilize tanto quando seria suposto. Para além disso, a própria "sociedade" católica é composta por demasiado poltrão hipócrita que não ajuda à função. Como diz Ratzinger, a Igreja começa a habituar-se (ou a ter de se habituar) a viver em minoria no meio de brutos. Talvez seja melhor assim.

4 comentários:

Anónimo disse...

Na epidemia de pobreza, uma parte menor da igreja católica, desce à terra, faz-se humana, e ganha voz.
Adopta discurso de esquerda.
Acusa os responsáveis pela peste.
Apela à ética e à moral, num deserto de usura, e de imoralidade.
Para além das palavras, parcas e tardias, intensifica a virtude da Caridade.
Fé e Esperança no Capital, só mesmo os corruptos, e os cegos de espírito.

M. Abrantes disse...

Eu não quero que estes políticos dêem 20% do seu salário, quero é que eles vão e não voltem.

Mas nem tudo foi mau nesta demagógica pedinchice do bispo. Houve o momento hilariante do dia, a revelação de Manuel Alegre, o caridoso! Que espectáculo degradante! C'um catano!, onde é que pára uma boa vassourada quando é precisa?

vasco disse...

Sinceramente, não acho piada nenhuma ao facto de a Igreja se imiscuir nas atribulações quotidianas. Parecem uns meros publicitários. Não estamos no Irão.

Anónimo disse...

A fé ou é fé ou então não serve para nada. Se for verdadeira é abstracta - não precisa de emplastros. Isso de a Igreja estar no mundo não só não serve para nada como ajuda à proliferação de cristos com o coração nas mãos e horríveis cruzinhas espalhadas por todo o lado. Parecem minaretes ou, pior, um parque de aerogeradores.

Já pensou num livro intitulado "O parque cristão?" Eu já. Seria um livro um bocado horrível, cheio de frases feitas.

Um cristão moderno define-se por não ter que se preocupar com a sua cultura. Esse é o resultado do cristianismo - a liberdade - e é assim que deve ser.