31.10.07

MONSTRINHOS E PECHISBEQUE


O PS está alegremente a forjar novos monstros. A demagogia dos computadores, da "net" e da qualificação cai por terra quando se degrada a autoridade da escola e a noção de disciplina. O "estatuto do aluno" - haverá coisa mais soviética do que isto? - é um atestado de menoridade passado à função tradicional do professor e da escola. É um favor que se faz à semântica apelidar de aluno o monstrinho que o "estatuto" alimenta. Se faltar porque sim, o PS oferece-lhe "provas de recuperação" atrás de "provas de recuperação" para o monstrinho não largar a escola que despreza. E, de caminho, massajam-se as estatísticas da prof.ª Rodrigues e do senhor engenheiro. Entretanto o Salão Nobre do Conservatório Nacional cai de podre enquanto a prof.ª Pires de Lima resfolega no pechisbeque emprestado pelo Hermitage para uma exposição possidónia na Ajuda. Cada vez tenho mais nojo de ter de viver num país e numa sociedade destas, sem respeito por si mesmos.

8 comentários:

Anónimo disse...

Cada vez que leio posts como este do João Gonçalves, vem-me à memória um programa de televisão que vi algures no "etér". Falava-se lá de pessoas que, cansadas da rotina/degradação do dia-a-dia resolviam viver à margem da sociedade.
Entre os casos típicos de pessoas que não queriam dinheiro e que viviam em comunidades mais ou menos religiosas "New Age", apreceram dois casos que me impressionaram pela coragem que os seus protagonistas tiveram.
Um deles era (tinha sido) professor universitário (Espanha), casdo e dois filhos; um belo dia resolveu construir um barco, estilo caravela chinesa, e partiu com a mulher e os dois filhos. Viveram 20 anos a navegar nas ilhas da Papua e afins; ensinaram os filhos, na medida em que eram os dois professores universitários, e os miudos ao crescerem tornaram-se dentistas "inter-ilhas" prestando serviços aos nativos das ilhas onde aportavam.
Um outro caso que me impressionou foi o de um homem, também espanhol, que seguiu à letra a canção "Eu quero ir para o monte, onde não veja ninguém!", vivia completamente isolado num monte perdido na Espanha, cultivando as suas batatas e as suas couves.

Parte de nós anseia por regressar a este estado de não degradação em que ainda tinhamos tempo para pensar. No entanto insistimos em viver no lodaçal em que se tornou a sociedade... Porquê?

Cumprimentos

Anónimo disse...

Chocante de facto o contraste entre a reportagem que vi ontem sobre o estado de degradação do Salão Nobre do Conservatório Nacional,e a política de "fachada" deste Ministério da Cultura

Anónimo disse...

Esta sociedade não presta menos...
Cada vez dá menos valor à Cultura, à Lealdade,à Dignidade, à Coerência, à Competência.....e valoriza o marketing, a pulbicidade, a superficialidade, as gestões, as economias...enfim, o "salve-se quem puder"!!!

Hermitage das vestimentas e utensílios pessoas dos cazares que a esquerda matou, para quê??

Outra basílica em Fátima, que custou 7 milhões de euros, para quê??

Anónimo disse...

caro João Gonçalves

O erro, o custo, está nesta democracia e na demagogia abrilista. Com a (desculpa) legitimidade do voto os actuais políticos agem com a voracidade dos comilões e a prosa dos sabichões. A própria "rotatividade" festiva com que os "eleitores" alternam um e outro partido faz com que a responsabilização seja jogada na cara de quem elege! Também convém não esquecer que atrás de 1 (um) político está o seu "partido", o cunhado, o primo, o filho, a filha, o acessor, o secretário, o autarca, etc, etc. O filme é longo e a teia tem milhões de pontas em milhões de portugueses. Ninguém quer acabar com o sistema. Acha que alguém quer deixar de ter saúde gratuita? Deixar de ter escolas gratuitas? Empregos e reformas "embrulhadas" em cunhas? Não. E uma das razões é porque estamos (outra vez) cada vez mais pobres! O estado a que chegamos não é o fim! É apenas um apeadeiro! Vamos ver como vai ser daqui para a frente!!! A partir de 2012 vamos começar a pagar muitos mais impostos para Bruxelas (sim, porque todos os países contribuem, não é só a Alemanha!!) e sem os fundos comunitários este regime – que tem sido mantido artificialmente pela UE – vai abanar. Talvez nessa altura nem aja o Conservatório. A música vai ser outra!

Anónimo disse...

pois é...e agora uma pergunta: será que os senhores do conservatório ja foram procurar mecenas? tpo millenium e bes patrocinam as artes à grande...e o berardo de certeza q n se importava de dar $$ pra q o salão passa-se a ser "Salão Comendador José Berardo"...falar é fácil...fazer é que já custa mais

Anónimo disse...

Hoje venho a este Blog só para fazer uma pergunta simples/curta ao 1ºMin Sócrates:«Já que defende tanto o ENSINO PÚBLICO e não pactua com as escolhas de alunos que faz o ENSINO PRIVADO,diga ao POVO PORTUGUÊS em que ENSINO meteu os seus dois filhos a estudar ??? Hein, Qual;qual?qual?qual?
Ok,já percebi...
MPaulinaD

Anónimo disse...

Já foi ver a exposição do Hermitage?
Não fale do que não conhece

Anónimo disse...

Caro "bloger" - Dr/engº? J. Gonçalves: Tem carradas de razão na indignação em relação à questão. Só uma coisa não pode atribuir a culpas por inteiro ao PS acho que PS/PSD=50/50. Quem não se lembra das inovações do ex-ministro Carneiro?
A propósito de politicas educativas/formativas, um dia destes o sr presidente (PDG?) do IEFP classificava de totalitário o sistema da Alemanha; dava para rir se não tivéssemos que suportar as consequências destas sumidades da pedagogia.