Detesto os domingos. Os de Inverno, os da Primavera, os do Verão, os do Outono. Todos. É um dia vazio e estúpido em qualquer parte do mundo. Há duas semanas, precisamente num domingo, eu e dois amigos levámos o meu cão para a clínica de onde não voltou. Talvez por ser domingo a sua ausência definitiva pesa mais. Como no conto de Jorge de Sena, "Homenagem ao Papagaio Verde", de "Os Grão-Capitães". «Filhos da puta! - Eu afaguei-o suavemente, chorando, e senti que a pata esmorecia no meu dedo (...). A minha solidão tornara-se total.»
Clip : Verdi, Il Trovatore, Fiorenza Cossotto. Ópera de Viena. Herbert von Karajan, 1978
Clip : Verdi, Il Trovatore, Fiorenza Cossotto. Ópera de Viena. Herbert von Karajan, 1978
5 comentários:
Quem já passou pelo mesmo percebe (e sente) o que diz.
quando se reformar todos os dias serão domingo se não encontrar uma ocupação.
uma amiga minha quando lhe morreu a cadela alterou a designação do e-mail para o nome que o animal teve em vida
o meu grande dinamarquês morreu atropelado por um veículo motorizado de 40 toneladas.
a partir daí sou o único "animal" da casa. ladro e mordo.até me vão passear à rua
Porque não adopta outro cão. Ao que julgo saber há muitos na sociedade protectora para adopção.
Por pura compaixão e amizade, ao ler-te estas pungentes notas pessoais Brunográficas, apetece-me ser Cão, Gato e a "Pobre Ceifeira".
http://www.youtube.com/watch?v=tIDtdZGKNB4
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