É o nome do programa de José Pacheco Pereira, aos domingos à noite, na Sic-Notícias. Por ter "participado" indirectamente no primeiro, entendi nada dizer. Também, aqui ou ali, as tradicionais referências ao "pequenino" não foram naturalmente esquecidas por alguns pequeninos "de referência". O "desconstrutivismo" da "mensagem" e da "massagem" que essencialmente jornais e revistas veiculam (prolongando muitos o exercício em blogues e através das "redes sociais") é fundamental para se entender a gramática do regime. Ou a promiscuidade do regime, o que vai dar praticamente ao mesmo. Há excepções e os exemplos escolhidos no programa de ontem foram adequados. Não me parece que JPP pretenda ensinar o "padre-nosso" a quem quer que seja. "Desmontar" e explicar como se "monta", assinando em baixo, importa imenso numa democracia que vive e morre pela imagem e pela palavra associada à imagem, ou vice-versa. O caso Pinho, por exemplo, noutra encarnação não teria tido a menor repercussão. Quando muito, um cartãozinho a agradecer a colaboração teria sido suficiente e o país prosseguiria, tranquilo e manso, ignorando os "corninhos". Hoje é impossível porque, contra toda a propaganda e contra toda a "massagem", a evidência pode, num segundo, tornar-se evidente. Pinho já era praticamente nulo há quatro anos mas a "mensagem" (no caso, visual) liquidou-o. De tal forma que o cartãozinho acabou por ter de ser verbalizado pelo actual presidente do Conselho porque não havia "massagem" que salvasse o infeliz mensageiro. E, antes disso, convinha ao actual presidente do Conselho salvar-se a si mesmo. O facies hirsuto de Pinho, na posse do seu sucessor, quando foi abraçado pelo homem do cartãozinho verbal, não deixou margem para dúvidas. »Ponto Contraponto» é disto que é feito. Só vale a pena se, como diz o seu autor, "tocar num nervo muito sensível". E deixar uns quantos idiotas úteis (e outros tantos inúteis idiotas) à beira de um ataque de nervos.
Foto: tvi24
Foto: tvi24
9 comentários:
Já lhe louvei a coragem de apoiar o Pacheco Pereira na campanha miserável de insultos, que não tem paralelo nos nossos dias, e faço o mesmo aqui. O Pacheco Pereira tem um mérito que o ajuda muito a ir para além destes pequeninos, é que fala para muitos milhares. O António José Teixeira já disse que as audiências eram boas e isso deixa passados os maus jornalistas, que pela primeira vez vêem denunciada a má qualidade do seu trabalho. Ou gente como o Daniel Oliveira, o Galamba, a Câncio e o CAA que odeiam o Pacheco Pereira de morte, porque ele mostra a mediocridade deles. Eles não suportam o sucesso alheio.
Quem é o daniel oliveira?
O Pacheco Pereira só tem um problema: não tem aquela "empatia" oca de que hoje em dia se gosta. Talvez por isso seja mais genuíno. E o programa é original e bom. Aliás, a visão dele sobre a "comunicação" não é de hoje.
PC
O grande problema do JPP é ter razão antes de tempo, não alinha no politicamente correcto e falta-lhe a 'imagem' que tanto se preza nos nossos doutos comentadores.
Tirando isso, é só o nosso melhor pensador.
Aleixo Simões
O facies hirsuto de Pinho, hoje, na tomada de posse, espelhava um ódio assombroso de terror a Sócrates debaixo do seu gélio abraço abutrino.
Toda a gente sabe que os Cornos de Pinho e tudo em Pinho foi por absoluta e servil servilidade à Imagem Absoluta do Ainda-PM.
Vão todos ficar com a tromba do Pinho Cornudo em Setembro.
Então não ouviram o dos corninhos???????
-----------ATRÁS DE MIM VIRÁ QUEM BEM DE MIM DIRÁ..........
profetizou o nosso querido Pinho!
e esta?!
Há que reconhecer um certo nojo misturado de temor que o exercício do JPP provoca.
Faz lembrar aquele programa da SIC onde um mascarado se entretinha a desmascarar os truques de magia:
- deleita-nos a descoberta da verdade mas doi-nos a quebra da doce ilusão;
- observamos alguém a ganhar a vida à custa da destruição do ganha-pão de outros, e receamos: será que alguém nos há-de fazer o mesmo? É que todos (?) temos a nossa barraquinha de banha-da-cobra...
Nada disse e fez muito bem. Deixou as cucarachas saírem todas do escuro a terreiro livremente.
O CAA por exemplo só faz rir com a tal "inestética masturbação do imenso ego do protagonista", o que tem piada por ser exactamente o que eu penso sempre que tenho a infelicidade de o apanhar a comentar tudo até ao preço do berbigão na RTP e N, é a tal gorda camada de sem-vergonhice que tão bem o caracteriza com ou sem copo de whisky para a Constança Cunha e Sá. A que não faltou a farpa abjecta do "mal reciclado em grande educador da classe média" sobre o seu passado maoista. Pois muito bem, pessoalmente prefiro muitos comunistas reciclados ou não, a certos liberais de pacotilha com fome de tacho, "candidatos a políticos", tal e qual. Saúda-se a resposta civilizada no Abrupto aos reles ad hominems.
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