«O regime está moribundo, em estado pré-comatoso. Asfixiados por um Governo perdulário, um Parlamento incompetente e uma Justiça pouco fiável, os portugueses desesperam. Sabem que a classe política dominante jamais reformará o regime e depositam a sua ténue réstea de esperança numa única figura: a do presidente.»
*título "emprestado" por Adriano Moreira
14 comentários:
Há já algum tempo que existe uma espécie de alarme social com o que se está a passar, mas o presidente não sabe e talvez não saiba também que vai sair disto quase tão chamuscado como o próprio.
Vésperas de quê?
P.S. Bom artigo, o de Paulo Morais, especialmente acurado no que toca ao poder legislativo.
Mais do que o próprio sistema financeiro ver-se livre dos "toxicos" que figuram nos seus balanços, é mais urgente "limpar" todo o sistema politico subjacente, a começar pelos responsáveis partidários responsáveis pela desgraça nacional.
Não me admiraria nada que dentro dalgum tempo muitas donas-de-casa venham para a rua bater panelas e os camionistas bloquearem os acessos.
Para grandes males!grandes remédios!
O ambiente Chile em 1973 era muito mais saudável do que estamos a viver actualmente.
Não se pode viver num país onde os criminosos e vigaristas vêm para a televisão dizer contínuamente que "confiam na justiça"!
Não se pode viver num país onde diáriamente esbulham os cidadãos com impostas, taxas, multas, coimas, sobretaxas,etc., para que o fruto dessa "colecta" vá alimentar um numeroso exército de inúteis e parasitas que circulam nas faldas do poder ou para "financiar" obras faraónicas sem nenhum objectivo reprodutivo económico.No fundo essas "obras" servem para financiar as grandes empresas da construção e os sindicatos bancários, e revertendo também, em prémioschorudos para os seus denodados e truculentos CEOs.
Fazer parar este esbulho e esta filha-da-putice, é obrigação de qualquer cidadão bem formado, mesmo que se tenha de ultrapassar os limites legais.
Quando penso nas razões (ou pretextos?) que levaram à demissão do governo de Santana Lopes, e comparo com a situação actual, deixo de compreender e tenho dificuldade em aceitar os silêncios do nosso PR, João. Mas, enfim, vou acreditar que há, nesta aparente inacção, alguma estratégia…
Qual presidente? Nao incomodem o homem pois ele nunca fala e se fala pouco adianta... x
recorri à minha enorme paciência para ouvir
o bastonário da ordem dos advogados.
esta figurinha suburbana precisa dumas bastonadas em sentido figurado.
os meus amigos austríacos compreendem através do freeport e do pm porque não gost do lixo humano da politica portuguesa.
radical livre
Os portugueses, como sempre, esperam que outros façam o que só eles têm de fazer.Raça de comodistas, de calões.
Estou de acordo com o comentário anterior. O PSD não é alternativa a coisa nenhuma, nem tão pouco a ele próprio - Isaltino, Ferreira Torres - cujo efeito mediático não foi a despropósito (a malta do malhadinhas está a fazer um excelente trabalho).
Os tempos de Cavaco e Soares nunca irão voltar pelo simples facto da "mesma água não voltar a correr de baixo da mesma ponte).
O PSD está sem gabinete de estudos, aliás quem lá esteve da última vez, deve ter revisto o mesmo filme do Estoril, restando o gab. de estudos do PCP.
E ai está o discurso de Salgueiro Maia às tropas: "Existem os estados capitalistas, socialistas e o estado a que isto chegou".
No entanto a coisa está um pouco mais refinada, o problema da malta está em não ter dinheiro na carteira para consumir, sendo isso um dos factores que determinada o elitismo social.
A
Rui
, perante a sugestão, antes a morte que tal sorte :-/
o que acontece qualquer dia é o que aconteceu hoje no tubo de ensaio londrino. a polícia incapacitada de deter multidões, a técnica do quadrado elevada ao expoente máximo, ninguém deterá multidões em fúria. se fosse aos governos independentemente das côr pensaria nisso. o império romano descurou os sinais.
Não tem que ver com o tema mas tenho de lhe dizer: deixei pouco a pouco de me interessar pelos jogos florais,pelas subtis marcações de terreno, pelas suaves demarcações de posição com dedos no ar a dizerem "estou aqui" dos blogues qua para aí piscam olhos uns aos outros. Dos quase 40 blogues que lia todos os dias ficou o seu. E o Combustões de vez em quando. Estou farto da gente que vive aqui. Isto já não é um país, é apenas um território. E quem anda para aí já não é Povo nem Nação, é apenas uma população. Tenho mais de 70 anos,já tive Pátria mas agora só tenho lembranças... Felizmente já não terei de suportar isto muito mais tempo.
Calma! O Salazar ressuscitou e está de malas feitas para Lisboa.
Chegou a hora de todos vós o irem esperar a Santa Apolónia. E quando todos vós forem ministros, o país renasce e entra numa era de felicidade como a que já viveu de 1926 a 1974. Acaba o lixo. E acabam, naturalmente, os blogues.
Acho lapidar a distinção que Manuel Pessanha, num comentário anterior, faz entre Povo e população. É a diferença entre ter um nome próprio ou ser um objecto estatístico.
Creio que essa percepção deriva da forma como, de facto, temos vindo a ser tratados, em que a nossa personalidade é diluída naquilo que é dito ser "do tempo", e se perdem as características e as genialidades em virtude de um sistema que não distingue nem premeia o mérito e as capacidades individuais e é absorvido por estrangeirismos e linguagem técnica.
Os gerentes passaram a CEO; o "pica" passou a "controlador de tráfego"; o vendedor passou a "consultor"; e as estações de comboios com camionetas por perto passaram a "interfaces modais". É, primeiro, na linguagem, que se perdem as coisas. Tal como é, na linguagem técnica, e no cliché, que se perdem as vantagens.
Mas também percebo a piada do Anónimo das 11:26 (às vezes coloco a mesma pergunta, confesso, sobre os motivos deste blogue do João Gonçalves - ou o que seria a sua sociedade ideal), e percebo o medo dos nomes - porque, de facto, Portugal era (e é) um País de apelidos, muitos deles pouco iluminados.
Mas o verdadeiro problema é o vazio de ideias e a forma como a política se transformou numa coisa de circunstância, sem plano, ao sabor de não-se-sabe-o-quê precisamente, e é isto que transforma uma Pátria num lugar.
Se houvesse um plano inteligente (uma identidade criativa) haveria uma estratificação natural: seria tudo como é, mas haveria lugar para os que arriscam e os que inventam. Haveria espaço para aqueles para aqueles que estão nas margens e que reinventam a sociedade pelo princípio da sofisticação, em vez da fractura.
Hoje em dia, premeia-se mais a fractura do que a sofisticação.
Ou seja, Salazar nunca teria lugar aqui, agora. É de outro tempo. Hoje, bastaria apenas um plano.
Qual Presidente ? o que nomeaou o Dias Loureiro para Conselheiro de Estado???????????
Zé Povinho
Exactamente, Zé Povinho. Esse mesmo...
Enviar um comentário