6.6.08

O RANÇO


Gosto da rua para passear. Já passou, há muito, o tempo em que pensava que ela servia para me "indignar". Dito isto, é impossível negar que as últimas manifestações que têm enchido Lisboa, independentemente de quem as organiza, são imponentes. A Sócrates, esse pequeno arrogante sem conteúdo, tanto se lhe dá que sejam duzentos como dois dada a cega "justeza" das suas "políticas". Com ou sem as manifestações, a "festa" do absolutismo democrático está a chegar ao fim. Sócrates, afinal, pediu uma maioria absoluta ao eleitorado para nada. Já não chega a sua retórica e os seus rodriguinhos apoiados de pé por uma bancada acéfala. Não. Isto, daqui para diante, vai ser a doer. Não é coisa para gentes de fabricação exclusivamente partidária, sem biografia ou outros talentos que não sejam a pose. Até dentro do PS intui-se o falhanço, para usar o termo de Pulido Valente. Sócrates era para ser uma "Expo". Não passou, afinal, de uma Feira da Luz. Até as farturas sabem a ranço.

Foto: kaos

8 comentários:

Anónimo disse...

Foram duzentos mil na rua, mas 85% são do PCP, 12% do Bloco de Esquerda e 3% estão lá porque sim. Não representa nada de especial: apenas estão mais activos do que o costume.

Anónimo disse...

"novas oportunidades"
vai e não voltes
leva contigo todos os ratos daninhos que devoram os contribuintes

Anónimo disse...

Guterres transformou Portugal num pântano.Sócrates transformou Portugal num chiqueiro.

MagudeMagude disse...

É só uma parte do "sistema", que está a ruir!!!

Anónimo disse...

Texto certeiro o seu, João Gonçalves. Apenas na frase "Sócrates, esse pequeno arrogante sem conteúdo...", não concordo com a parte do "sem conteúdo. Na campanha para as eleições em que obteve a maioria absoluta, ouvindo as promessas que fez (sobre os impostos, as SCUT's, etc), a coberto da frase mais prejudicial para os interesses de Portugal após o PREC (mas das mais benéficas para os superiores interesses da esquerda nacional) e que foi a celebérrima "Há mais vida para além do défice", eu tinha uma dúvida em relação a Sócrates: 1 - ou ele não conhecia a situação do país e, para alguém que se propunha ser 1º Ministro isso significava grande irresponsabilidade, ou 2 - ele sabia do estado em que o país estava (em boa parte uma herança do Guterres e do Governo de que ele fez parte) e mentia descaradamente.
Com o passar do tempo fui ficando esclarecido sobre essa questão.
Eu acho que Sócrates está cheio de conteúdo. Ele transborda de conteúdo. Só que é um "conteúdo" chato de ter na sola dos sapatos, quanto mais ver o 1º Ministro do meu país a transbordar dele.
Agora a única dúvida que tenho em relação a Sócrates tem que ver com o significado que para ele tem a palavra "Ministro":
1 - "Membro do Governo que dirige um Ministério", ou
2 - Executor (= carrasco)?
Esta é a dúvida que me tem estado a "roer". Por sorte amanhã temos jogo da Selecção

Carlos Sério disse...

Na verdade sente-se tudo isso.
Adivinha-se para breve, tal como com Guterres, a sua fuga do governo.

OSCAR ALHINHOS disse...

É o que dá confiarmos e entregarmos o destino do País a políticos de profissão, de plástico, que nunca fizeram nada na vida, nem sabem fazer...

Anónimo disse...

Assim sendo, está na altura certa da asae 'entrar' e acabar com o "ranço" que fede e nos causa um mau estar permanente.

Oxalá as 'nortadas' de verão levem para bem longe "todo" o ranço cujo "aroma" inunda o país.

Por mim, espero bem que as 'tais nortadas' estejam consignadas "algures" nuns capítulos do "tratado de Lisboa", que Deus tem.

Mas, se não houver 'indícios' de que os abençoados ventos, mais ou menos ciclónicos, possam 'varrer', DEFINITIVAMENTE, o pestilento cheiro, então que "as novas oportunidades" não demorem a chegar.

Que não é tão "simplex" correr com o 'cheiro', isso já todos sabemos.