Sócrates foi à Argélia e deixou cá os engenheiros Mário Lino e Ana Paula Vitorino para aparentemente "resolverem" a questão dos camionistas. Parece que muitos estão paralisados à beira das estradas, quer por ordem dos "patrões", quer por vontade própria e, os mais valentes, com medo de serem apedrejados em Espanha. Da fronteira para lá, evidentemente que é tudo sempre mais a sério. Para ser a sério aqui, era preciso que os camiões avançassem, não em "marcha lenta", mas na marcha certa por dentro das cidades e, uma vez dentro delas, as cercassem. É fácil. Como ninguém larga o carro, a balbúrdia seria instantânea. Buzinões idiotas e camiões estacionados não é nada. Fosse isto uma "nação valente" - e não só quando berram o hino nos estádios de futebol agarrados à cervejola - e um outro "10 de Junho" poderia acontecer em vez da tradicional treta das condecorações e dos balofos lugares-comuns em "homenagem" a uma ficção chamada Portugal. Assim, o "protesto" não passa de mero lodo no cais.
8 comentários:
A procissão ainda só agora vai no adro!!!
Se os portugueses não tivessem receio e se unissem não para a assistir a um qualquer jogo de futebol, mas para defender o que realmente interessa, ou seja, os nossos interesses e os do país, as coisas correriam bem melhor. O acordar do longo sonho chamado Euro 2008 vai ser duro e muito dramático para muitos dos portugueses. Como dizem os nossos amigos do outro lado do Atlântico, "Cai na real" e depois a coisa vai doer.
Já há mesmo quem fale num episódio parecido ao da Maria da Fonte: O povo devia começar unido em Valença pelas estradas do país até Lisboa e os do Sul deveriam rumar ao mesmo sitio. Sem medo de provocar engarrafamentos, ou filas intermináveis de trânsito. Armados com forquilhas e paus os portugueses que realmente trabalham (não os que vão passar férias para os lados da Assembleia)fariam certamente boa figura e mostravam que quando defendemos o que é nosso não há quem nos faça frente.
Lutar é preciso. por nós, pelos que lutaram pela liberdade, por todos os que agora vêm que não tem futuro (n)o país. (e são cada vez mais)
O universo socreteniano está desmoronar-se.
Andaram a gozar com quem trabalha; a esfolar o trabalhador e a classe média; armaram-se em justiceiros do orçamentalismo; cuspiram nos direitos dos contribuintes e não perceberam que "eles" como "administradores" têm que prestar contas a nós, os "accionistas" desta res publica.
Certamente os pescadores, lavradores, empresários perseguidos pelo fisco e pela asae, vão fazer a vida negra a quem fez a eles.
Portugal é simplesmente o país mais rasca da Europa, governado por uma geração de falhados que teve tudo e tudo estarraçou!
o que mais choca neste nacional-socialismo é o nanismo intelectual, moral, politico e técnico dos dirigentes. no final do espectáculo veio a miséria e esta não tem lei
PQP
A procisão ainda vai no adro, é verdade. Contudo, os prejuizos na economia já são incalculáveis. Contentores com peixe fresco e gado vivo chegados dos Açores estão no Porto de Lisboa à espera de camiões.
Acho que esta greve produziria muito maior efeito se fizessem o bloqueio á porta dos gestores dessas empresas de petróleo ou de alguns dos nossos governantes. Assim são sempre os miseráveis a ficar prejudicados...
Há historiadores que citam como o início da queda do cavaquismo, o buzinão na ponte 25 de Abril.
Para 'iniciar' a queda do sócretismo, deve ser necessário um buzinão de norte a sul do país ; "isto" porque a 'bem oleada máquina' que sustenta o governo, está preparada para enfrentar um 'alto nível' de descontentamento.
Pode o primeiro ministro deste "galinheiro" ausentar-se, descansado, para terras onde outrora os nossos antepassados, de lança e espada, 'dilatavam' a fé e o império : a fé 'dissolveu-se' e quase desapareceu, restando, sòmente, um 'punhado' de resistentes, que mais não são do que 'dissidentes', 'opositores militantes' do credo imposto ; o 'tal' império, depois de ser devolvido, por reconquista, ficou reduzido à singela expressão de meia dúzia de quilómetros quadrados, a que se continua a chamar Portugal e onde, estranhamente, a 'fé' já teve melhores dias.
O 'chefe' foi, em serviço, para a Argélia, assinar 'importantes e vantajosos' acordos para ... ficar tudo na mesma.
Legou, no fiel 'servidor' Lino, a resolução do problema dos camionistas e afins, que teimam em não desmobilizar e 'parece' estarem dispostas a 'levar' "o isto" até ao fim.
Então, Lino, à pouco, disse : - Não há acordo sob pressão ... mas 'vamos' continuar com as negociações (?) até ao acordo final.
Ninguém sabe como "isto" vai acabar ; o que já se sabe é que o 'chefe' deixou o 'fiel' Lino entregue às 'feras', que o 'chefe' falará, se falar, na rectaguarda (como de costume), que JÁMÉ o sossego será como dantes.
Amanhã é 10 de Junho, dia de Portugal e das Comunidades. Das cerimónias oficiais, pouco há a dizer, sabendo todos ser mais um dia de troca de amabilidades entre os detentores dos cargos políticos, aproveitando-se a oportunidade, para a imposição de condecorações mutiladas (2) a um imenso rol de incógnitos que garantiram a sua condição de Nobreza da República, por desconhecidos mas decerto preciosos serviços prestados a quem de direito lhes confere as mercês. Os banqueiros, grandes construtores, os correctores, as sumidades desta e daquela Faculdade, o deputado e o amigo eleitoral, o ex-ministro e hoje gestor de ex-empresa pública, todos, todos eles, ascenderão à titularidade de Comendador ou Cavaleiro, numa paródia aos cerimoniais de antanho em que as grã-cruzes eram geralmente concedidas por reconhecidos serviços dos quais a sobrevivência da Pátria dependera. A 250 contos a peça, a Ordem mutilada (2) pretende hoje recompensar simbolicamente o peito que a recebe e isso é por si, um fim e uma forma de distinção e alarde de comprometimento. É legítimo e normal.
Paradas militares, emulando o 14 de Juillet em Paris, o Trooping the Colours em Londres, ou a Fiesta de la Bandera de Madrid, são coisas desconhecidas por cá e quando existem, cobrem as FA com as humilhações decorrentes da falta de meios, com os inevitáveis e obsoletos tanques avariados, ou "presidentes" de semblantes carrancudos e possivelmente contrariados por homenagear aqueles a quem verdadeiramente devem o lugar. Em Portugal nem sequer temos uma festa civil como os anos da rainha da Holanda! As autoridades limitam-se às habituais trocas de fosquinhas entre si, esquecendo a ralé, nós, o povo.
Enviar um comentário