13.6.07

AS MARCHAS


Este é mais um post amiguista. Gosto muito de ti, Tomás, todavia este post cheira demasiado a sardinha assada. As "marchas" populares do "fascismo" - onde tanto "socialite" político-intelectual de ontem e de hoje se rebolava aos pés dos rapazes dos ranchos folclóricos - eram isso mesmo: populares, despreocupadas e livres. Agora são uma obrigação burocrática dos costumes que, por exemplo, a família Soares - pai, filho e espírito santo - apascentava. Aliás, Soares, o "chávista", sempre foi muito popularucho ao contrário do enjoado do João, como sabes. Apadrinhadas pelas nulidades de plástico que a democracia criou, as "marchas de Lisboa" são apenas um mero exercício fatigante de piroseira que serve para as referidas nulidades se exibirem. Suponho que nenhum dos cem candidatos à CML se privou de ir arrotar postas de sardinha para qualquer lado ou apalpar um rabo reboliço no meio da rua. António Ferro, esse genial criador, sabia como se faziam as coisas. Pedro Homem de Melo ou Tomás Ribas, a seguir, e neste universo exclusivo do genuinamente "povo", também. A canzoada de hoje é a mesma que enche os estádios do Euro ou a falecida Expo do dr. Costa de cuja comissão de "honra" infelizmente fazes parte. O último a pronunciar com sentido a expressão "bom povo" foi Spínola, ainda iludido pelo "25 da Silva", em 1974. A "democracia" liquidou a noção de povo e substituiu-a pela de eleitor. Lá marchar, eles marcham. Marcham é para lado nenhum.

Foto: Kaos

6 comentários:

Mar Arável disse...

A censura,apolicia política,as rezas e o pé descalço mais a farsa do regime de batuta no alegre espasmo inventaram o que ainda hoje está à vista - um rasto analfabeto em nome da intolereancia e das castas.Pobre povo herdeiro de longas noites em silêncio ainda hoje a cantar sonhos que inventaram - em torno da sardinhas e pandeiretas.

Sofia Bragança Buchholz disse...

AHAHAHAHAHAHA... (não resisti, desculpe a expansividade)

Anónimo disse...

A "imagem" está de "morrer" !
Não nos distraiamos, todavia, com o humor :

http://videos.sapo.pt/aWCBzS2SIhahWzoftzgZ

Anónimo disse...

Obrigado ao anónimo das 7:48 por nos lembrar algumas tropelias do Sr. Costa, o qual ainda um dia será arguido.
João, parabens pelo texto, mas esqueceste-te de Leitão de Barros!
Quanto às marchas, parece que o Sr. “mar arável” (creio que Ilustre autarca da margem sul) é mais apologista das marchas e cantorias populares quando são na Atalaia, principalmente, aqui há uns 20 anos, com aqueles grupos folclóricos amordaçados de leste que se exibiam a medo nos primeiros dias de Setembro na Ajuda. Sim, aquilo é que era povo e cultura popular!.
Mas descansem que por este andar, este ano já tivemos uma brasileirada a abrir o cortejo, no próximo ano, só marcham Sevilhanas!
Vai ser, mais tarde ou mais cedo, a vossa “cultura popular”!
R.A.I.

Anónimo disse...

Estou confuso, ó pá. Não sei se obro pra cima, se pra cima obro...
Certamente vou, por uma questão de educação, limitar-me a uma mijança amarelada e profusa...
O sr. R.A.I.(os te partam) que decifre.
Mas acrescento: é por estas e por outras que surgem, saudavelmente,blogues como este: ruadosmareantes.blog.com

Mar Arável disse...

OS ANÓNIMOS QUE MOSTREM O ROSTO