5.1.07

UMA POLÉMICA PORTUGUESA

O Tomás Vasques e a Fernanda Câncio, ambos partidários do "sim", polemizaram e prometem continuar. A parte mais divertida da polémica ocorre quando a Fernanda, uma moça conhecida mundialmente pelo seu fantástico sentido de humor, acusa o Tomás de falta do dito. A resposta polida deste à sua contendora vale por todas as prosas voluntaristas e "tecnicistas" da Fernanda. Digamos - prova de que não sou "napoleónico", uma vez que o Imperador recomendava silêncio enquanto o inimigo se afundava alegremente nos seus erros - que mais vale, para quem é adepto do "sim", o bom-senso da sua colega de página no DN, a Ana Sá Lopes, do que cinquenta prosas da Fernanda. A Lopes só se engana quando fala em questão religiosa. A Igreja é apenas uma parte no debate. Todavia o essencial desse debate é, se quiserem, de natureza "laica". Teremos certamente muitas ocasiões para o comprovar.

1 comentário:

Anónimo disse...

O estado pode ser laico e constituído por cidadãos religiosos. Mas os cidadão de per si sendo religiosos nunca serão laicos. Nem poderão nunca alegar que o seu comportamento não releva das suas convicções religiosas. Por estas bandas não há debate nenhum por parte dos católicos que não esteja "contaminado" por esse facto. E é essa precisamente uma das diferenças entre Portugal e Espanha. Veja-se por exemplo que nunca uma equipa ministerial para a Educação é formada em Portugal sem integrar nos três cargos de topo pelo menos 1 representante dessa sensibilidade religiosa. E é também por isso que a lei que lhes serve a nós não se adequa.