28.1.07

ADEUS, PRINCESA


Ontem, ao contemplar o primeiro-ministro a fazer de engenheiro em Beja - já agora, ele é engenheiro de quê? -, ao mesmo tempo que lançava a primeira pazada para mais um "momento betão", lembrei-me de Clara Pinto Correia. Há muitos anos - para mim, os anos de felicidade já se perderam na "noite do mundo" - li a única coisa de jeito que ela escreveu, o "Adeus, Princesa". O cenário é Beja, a antiga base aérea alemã de Beja, e tudo gira em torno "da perversidade que se esconde por debaixo dos malmequeres" da planície solitária do Alentejo profundo. É uma "história" bem contada, com aquilo a que os "críticos" chamariam "contornos" policiais, o inevitável desamor e a tremenda e funesta lusa paixão. Daí em diante, Pinto Correia deixou praticamente de escrever apesar de julgar que o fazia. Era bom para a frigidez do actual poder, tão bem personalizada na "socrática" figura da pazada, ler ou reler esta pequena obra-prima escrita num belo e escorreito português. Não perdiam nada.

6 comentários:

Miguel Marujo disse...

«Engenheiro Civil

Pós-graduado em Engenharia Sanitária, na Escola Nacional de Saúde Pública»

in http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Primeiro_Ministro/Biografia/

Anónimo disse...

Sr. Goncalves

1 - O homem é de Civil, mas nunca exerceu.

2 - É tão facil transformar uma das melhores bases aereas do Pais num aerorporto, as pistas ja estão construidas e pagas (Pelos alemães, recorde-se!), os hangares idem aspas, é só construir uns barracões pra alfandega, nem precisa de grandes terminais, pois não me parece que venha a ter muito movimento de passageiros - Quem é que vai via Beja pelo Amor de Deus ?

3 - De carga ? E existe TGV proximo ? Ligação á auto-estrada ? Basta ver a ponte de Santa Margarida do Sado - faixa unica para os DOIS sentidos - E é por lá que se vai para a A2...

Abracos

Anónimo disse...

A ser alguma coisa (ie, se chegou a terminar o curso) não é licenciado mas bacharel pelo politécnico (ISE).

Anónimo disse...

Eng. civil como?
Na altura em que se diz que terminou o curso na Universidade Independente, esta não tinha tal curso (e muito menos alguém poderia estar aí a licenciar-se nisso).
A história anda, há anos, muito mal contada. Isto é, o sr. não é eng. coisa nenhuma, só isso.

António Balbino Caldeira disse...

Caro João Gonçalves

Alertado por um comentário na minha caixa de comentários Do Portugal Profundo, chego a esta referência.

Anda por aí um mail a circular um mail que renovou o caso das habilitações académicas do senhor primeiro-ministro.

Confessa que a minha pequenina vaidade recebeu a suprema glória blogosférica de receber por mail aquilo que pus num post do meu próprio blogue.

O mail copia um comentário de um tal Breogan, posto em 7/3/2006 sobre o artigo "O neurónio tecnológico" de Fernando Sobral(que nenhuma culpa tem) no Jornal de Negócios.

É um plágio integral deste meu post de um ano antes, 22/2/2005, intitulado "Os cursos de Sócrates" - http://doportugalprofundo.blogspot.com/2005/02/os-cursos-de-scrates-actualizado.html - que teve ainda seguimento no meu post de 12-4-2005 "O hábito da opacidade" - http://doportugalprofundo.blogspot.com/2005/04/o-hbito-da-opacidade.html. Creio que embora não possa ter arquivos no meu blogue, os links que indiquei ainda funcionam.

Parece-me que terei de voltar a repor os dois posts no meu blogue que no momento pós-eleitoral não suscitaram tanto interesse.

Anónimo disse...

..."é engº. civil mas nunca exerceu...!!!!
Francamente; eu também sou médico, veterinário, engenheiro, advogado....mas NUNCA EXERCI!!!

Não tenho nada contra quem não é licenciado e exercça funções de chefia ou mesmo de 1º Ministro!!O que importa é que as pessoas saibam e tenham conhecimentos para exercerem as suas funções e há por aí alguns bons autodidactas! Mas não venham a querer "doutorar" quem o não é!
SEI MUITO BEM QUE O PRIMEIRO MINISTRO NÃO É ENGENHEIRO - tenho pena de não poder identificar-me...mas "é a vida!!!"