É a terceira vez que Portugal preside à União Europeia. A coisa, que ocorre a partir de Julho, continua a ser olhada como uma extravagância. Com a desculpa do "evento" - do antes, do durante e do depois do "evento" - muitos outros "eventos", bem menos agradáveis para consumo interno, terão certamente lugar e ninguém dará por eles. É um excelente momento para o governo, por exemplo, fazer o que quiser e o que não quiser ou de deixar de fazer o que deve. Embasbacado pelo rodopio de reuniões, por gente a entrar e a sair e por uma cimeira Europa-África pelo meio, o país estará convenientemente anestesiado quanto ao essencial. A propaganda fará o resto. É assim um "país de eventos". De "evento" em "evento", sempre a mesma apoteose, a do vazio.
1 comentário:
O DN de hoje, dá-nos conta do preço a pagar pelo Governo,pelo uso das instalações para o evento.
Mal comparado, vamos ter o preço a pagar pela realização do referendo, que a AR resolveu daí lavar as mãos.
Os milhões
a somar .
Caso para recordar a parcimónia do Dr Salazar perante a eventualidade de uma piscina na sua residência oficial.
Z
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