9.8.11

O "CASO ZIZEK"


Concordo que o Bernard Henri-Lévy tem os seus momentos de cabotinismo, Carlos. Mas o Zizek parece-me que os tem com menos intervalos.

5 comentários:

Carlos Vidal disse...

Ainda bem que referiu esse meu post. Já reparou que por lá o tema, a discussão é Alain Badiou (eu sei, "repito-me") e não Zizek?
(como noutros posts, aliás, de Zizek creio que há, meu, muito pouco: mas, em Lisboa, pareceu-me andar com uma lindíssima argentina.)

Anónimo disse...

Falando de "Casos", aparece hoje na jornalice televisionada a 'notícia' de que "a PGR vai investigar o caso das fugas de informação nas secretas". Depois do Casa Pia, depois do Freeport, depois da Cova da Beira, depois do Braga-Parques, depois dos Sobreiros, depois do BPN, depois dos alugueres cambalacheiros para funcionamento de tribunais; e agora com o dossier "secretas", é mesmo garantido que a coisa vai definitivamente entupir e que nada-nadinha de conclusões ou condenações sairá daquele edifício e dos tribunais. A Justiça deste País ainda está naquele 'estádio' de inutilidade e de garantia de impunidade para poderosos (amigos do regime) e criminosos de sangue que caracteriza a marxização que desembocou em Portugal em 1975 e que nunca mais se foi embora.

Ass.: Besta Imunda

Anónimo disse...

Zizek & Bidou,Lda.

Cultura à medida do freguês...

Carlos Vidal disse...

Besta Imunda tem de estudar e estar mais atento. As correntes e organizações que se reclamavam do marxismo em Portugal e durante o PREC foram derrotadas a Novembro de 1975. A minha opinião sobre essa derrota não interessa agora. Interessa-me é que desde 1975, ao contrário do que diz, são correntes e partidos antimarxistas que lideram o processo governativo português. Mais conhecido como "arco governamental". São estes que governam Portugal e a justiça portuguesa.

Anónimo disse...

Caro Carlos Vidal,

O "marxismo" de que falo é aquela 'comodidade' que a direita concedeu à esquerda (à 'revolução barbuda de 75' e da qual beneficou também tanto - findas as hostilidades), que permite a manutenção de um certo Estado e mentalidade socialista no 'aparelho' (presente ainda hoje em tudo...) e que por sua vez não é(não tem sido) incompatível com tímidos ensaios de "democracia e estado europeu ocidental" (coisa tão querida à direita, desde Sá Carneiro). No ensino, por exemplo, temos a mesma mentalidade contaminada, empobrecida e seringada pelo velho Saussure e outros alarves da castração mental - enquanto um ninho de 'stoures rubros de doutrina' campeiam ainda e reproduzem-se desde então nos seus gabinetes na manutenção criminosa do "bom selvagem". Na Justiça temos uma espécie de "melting pot" (na verdade, nem melting, nem pot) político que relega para segundo plano o exercício do seu único Dever: investigar, perseguir e processar criminosos. Por um lado, M. J. Morgado (ex-habitante das Mónicas no pós-25-de-Abril) tem a mentalidade de "caçadora de fascistas" a nortear as acções e a influenciar as suas palavras; por outro lado temos C. de Almeida (viúva do ex-Inspector Geral da Administração Interna) que ajudou a encerrar as "FP's 25", quando essa alegre rapaziada andava aí aos tiros, a assassinar e a colocar bombas. Mas no meio temos é clientelarmente, clubisticamente, politicamente, partidariamente, aventalmente alinhados todo um conjunto de agentes de justiça cuja acção mais não faz do que tornar o combate à corrupção e ao crime em geral uma tarefa impossível (e liderados por 'rainhas' como P. Monteiro). É esta 'marxização', como mentalidade, de que falo; mas podia dizer "bandalhização", "balcanização", "fragmentação", "burocratização", etc. Escolhi o primeiro porque este caos é o estado empastelado de coisas que o funcionalismo da esquerda retrógrada e imobilista, que quer que o peso do Estado seja enorme e inamovível, prefere.

Ass.: Besta Imunda