20.7.11

A CAPITAL


Enquanto lisboeta militante, concordo com Pedro Santana Lopes quando, a propósito de uma nova configuração das freguesias de Lisboa (as anteriores 53 configuradas em 24) aprovada pela CML, afirma que «o sentido do trabalho é positivo e o propósito é louvável» independentemente de posições partidárias específicas. Não fazia o menor sentido, por exemplo, uma mesma avenida de Lisboa "passar" por umas quatro ou cinco freguesias. As coisas são o que são. Mas também são o que têm de ser.

6 comentários:

Anónimo disse...

As coisas são o que são. Mas também são o que têm de ser.E o que tem que ser tem muita força...

fado alexandrino. disse...

Vai servir para comprovar o adágio das moscas.
Aliás o que eu gostava de saber, procurei e não encontrei, é quando é que isto se torna efectivo.

Anónimo disse...

O que é de lamentar, mas infelizmente não de estranhar, é o imediato charivari político-comadrista e ideológico (!) que este rearrumar de Freguesias pareceu levantar. E numa altura de profunda crise - sendo necessário racionalizar. Tudo, aparentemente, como dantes. Seria de esperar que algo já tivesse ao longo dos anos sido estudado e que fosse do conhecimento dos partidos e vereadores; no entanto estes pequenos poderes comportam-se como galarós de capoeira e produzem afirmações pomposas como "tratado de Tordesilhas" ou ameaças com preciosismos legislativos e processuais. Enquanto isso, e como munícipes, podemos também apreciar o trabalhinho de Costa à frente dos destinos da Cidade: tudo emporcalhado, passeios com ervas - contrastando violentamente com outros logo ao lado, a cargo de condomínios ou de privados; tudo escrito e tudo borrado; insegurança; algazarra nocturna e desorganização do trânsito; "fundações saramago", 'tachos tipo Casa-Pessoa' às dezenas; gastos de dinheiro em festivais de aberrações e de exibicionistas. A EMEL é outro 'mistério': boatos porteirais (assim seja...) afirmam 'pertencer' a pessoas poderosas que auferem uma renda milionária; por outro lado afirma-se "que tem passivos e prejuízos" - quando afinal o solo é da Câmara de Lisboa, a instalação de parquímetros e os riscos no chão são amortizáveis numa tarde de cobranças e os funcionários ganham o salário mínimo (...). Fica a ideia de que a incompetência, a corrupção por descobrir e por condenar, o marasmo e a parvoíce festivaleira são as linhas-guia do PS de "luzidio edil".

Ass.: Besta Imunda

Anónimo disse...

... a Capital do ex-Império. A figura clássica da Glória parece corcovada e deprimida; o "Génio" e o "Valor", em vez de repousar, estão agachados - como a Nação e os seus princípios. Os 'edis' pontificam ("Pont. Max.")- banais e crassos. O "Exemplo", o "Ensinamento" não toca ninguém e todos se estão nas tintas. Ficam as "Expensas Públicas" (sempre) que outros pagarão. O vocabulário clássico foi banido da Arquitectura (e esquecido por adolescentes encartados em catedráticos), as coisas perderam significado, as velhas capitais europeias e a sua estatuária correm o risco de definitivamente se converterem em apenas cenográfia para indigentes espirituais. As nuvens de tempestade - na foto - enquadram significativamente a "Obra Grave" (como se dizia em tempos de decência e saber) em pedra. O material preferido deste regime falido e dos arquitectos-da-cunha-e-do-concurso-combinado é o "Pladur", vulgo "gesso cartonado". Costa devia ir estudar, assim como toda a ignara vereação. Nem sabem o que têm nas unhas.

Ass.: Besta Imunda

Anónimo disse...

O Besta bate sempre na mesma tecla mas gostava que me mostrasse governos verdadeiramente socialistas e de esquerda nas últimas décadas. Força, eu espero.

Luisa Paiva Boléo disse...

Ora eu acho esta reforma administrativa muito importante e absolutamente necessária, ao contrário do que alguém disse aí em cima as «moscas» e o resto vai ser reduzido, pois as freguesias minúsculas e pequenas vão ser juntas com um critério que os principais partidos discutiram durante anos. Freguesias com 300 e poucos eleitores ou menos não faaem sentido. Agora é arregaçar as mangas, e trabalhar para colocar Lisboa no lugar que já teve nos tempos do império. Não é pedir muito!