21.7.10

CONTRA O PORTUGUÊS ACORDOGRÁFICO


Vasco Graça Moura por vezes tem razão. É o caso. «O Instituto Internacional da Língua Portuguesa não está em funcionamento porque nenhum dos países membros da CPLP lhe dá meios para o fazer. (...) Isto corresponde a uma coisa chamada CPLP, que é uma espécie de fantasma que não serve para rigorosamente nada, que só serve para empatar e ocupar gente desocupada», constituindo o IILP «uma entidade fantasma criada dentro de outra entidade fantasma.» Mais. «Não se nota que exista qualquer espécie de política da língua da parte do Governo português e nota-se, da parte da mesma entidade, uma enorme estupidez na forma de tratar a língua, no que diz respeito ao Acordo Ortográfico. (...) Os crimes que este Governo está a cometer e está em vias de cometer em relação à língua diz respeito ao Acordo Ortográfico. Portanto, não há política de língua digna deste nome. (...) O acordo ortográfico é um atentado criminoso contra a língua portuguesa tal como se fala em Portugal, Angola, Moçambique, na Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe (...) que tenta desfigurar completamente a língua e é absolutamente irresponsável da parte de quem negociou e da parte de quem o aprovou.» Chapeau.

20 comentários:

Anónimo disse...

Ho haccordo hortográfico?

Podem limpar as mãos à parede. Até o inglês tem melhor latim. Sem falar do abate dos acentos, que deve fácilmente decuplicar as ambiguidades a resolver por contexto.

E é feio e chato como a potassa.

Anónimo disse...

Vasco Graça Moura, não falando muito, tem muitas vezes razão; e também ele deveria afrontar abertamente, e com mais frequência, esta desgovernança analfabeta e tropicalizadora que vai destruíndo a Língua. Outros o fazem com poucos meios e com muito menos fama e autoridade. Também aqui há outra frente de combate político e ÉTICO a abrir e na qual aqueles monos letárgicos do PSD não investem um mínimo de esforço. É um alvo justo, assim como as finanças ou o desemprego; mas nesta guerra mole-de-fim-de-semana-constante falta gente com cabeça e em número suficiente para uma "saturação de artilharia sobre os alvos". Venham-me cá do PSD falar de sociedade civil...

Ass.: Besta Imunda

Aires Vilela disse...

Por mim, não uso essa merda nem alguma vez a usarei, por muitos anos que ainda viva e escreva.
Era só o que faltava.

Anónimo disse...

Em Portugal, este regime democrático é, dee fio a pavio, um gigantesco bordel.
Óra fodam-no de uma vez.

floribundus disse...

depois da língua de porco e vaca
temos a línga de rato

Anónimo disse...

Certo dia, miudos novos, embirraram comigo porque eu não reciclava, que não ia ao vidrão, não separava o papelão etc. Ainda fiz um esforço durante uns tempos , mas isto da reciclagem não é para mim. Não é do meu tempo. Como da mesma forma não é do meu tempo este acordo ortigrafico. O tempo de aprender a ler e a escrever ja passou por mim há muito.Sou da velha escola.
De forma que sinto-me na obrigação de embirrar com todos os putos que não reciclam, eles sim são do tempo da reciclagem, e do Portugues acordado, neste "piqueno" Portugal belo adormecido.

ass: Piromano Gazeado

Anónimo disse...

Este acordo ortográfico resulta de uma negociação suja e pacóvia conduzida por pseudo-intelectuais vetustos a quem o tempo não poupou a sanidade mental, sob o beneplácito de uma reles classe politiqueira que ainda mal conseguiu raspar o sebo de debaixo das unhas.

Quando tanto se fala de "retrocesso civilizacional", que exemplo mais clássico de assalto às pedras basilares que definem a nossa identidade nacional podemos pedir?

Recusar-me-ei, como é mais do que evidente, a respeitar este acordo ortográfico estabelecido por estes vendilhões do templo dos tempos modernos, que substituíram as capas de sarapilheira por fatos Armani como forma de agasalhar os seus labregos lombos!

PB

S.C. disse...

Misturar reciclagem de lixo que destrói o planeta com o acordo ortográfico é, no mínimo, uma ideia peregrina, Sr. Gazeado (curioso o pseudónimo!) Estranho é que use computador e escreva em blogues.... como é que pode alinhar em tais modernices?!

Anónimo disse...

Cavaco Silva,
por ignorância e preconceito político,
desprezou o Nobel da Literatura.
Depois aceitou um acordo,
para corromper a lingua pátria.
Agora, depois de corrompida,
quer torná-la língua oficial da ONU.
Como acusa Sophia,
"E da palavra faz poder e jogo
E transforma as palavras em moeda
Como se fez com o trigo e com a terra".

Anónimo disse...

Cavaco, de facto, não reagiu acerca deste acordo gangster-lulizador da língua. Falta dele, que tem de entender - como Passos - que tudo é importante quando se trata de preservar a Pátria e defender a Nação e os seus valores(e não apenas botar crassas faladuras de padeirismo imbecil, a propósito das PêTêzinhas). A sua (de cavaco) ignorância e consequente falta de amor à língua e às letras, levam também a este público enaltecer, incondicional e campónio, da CPLP - que mais não é do que outra sala de reuniões de safados ex-colonizadores e ex-colonizados. Quanto ao seu preconceito político contra saramago, é o menor dos seus pecados. Na verdade, não deixou de cumprir nenhuma das suas obrigações oficiais - enquanto presidente. Apenas escandalizou até à peixeirice os frágeis egos esquerdalhos, de que este país transborda. Para a esquerda arrogante e moralista (e existe outro tipo?), as suas posições são sempre justas; já a direita, quando se manifesta, é logo rotulada pela esquerda de "direita" e apontada como coisa radio-activa e nefasta. Para as manicures, a direita tem preconceitos e a esquerda, ideais radiosos. Que honestidade.

Ass.: Besta Imunda

javali disse...

Desde que não nos tirem o sacana do padre... tudo passa. Ó Maria, dá-me aí uma sardinha para empurrar o vinho para baixo.

Zé da Lezíria disse...

Ao contrário daquilo que acontece com a generalidade dos inúmeros problemas que nos têm batido à porta durante o tempo de vigência desta espécie de democracia que uns quantos traidores enfiaram pela boca de Portugal abaixo desde 25.04.1974, em relação ao acordo ortográfico temos uma arma cuja utilização depende unicamente de cada um de nós: a resistência passiva.
Se cada um de nós continuar a escrever como aprendeu na escola, o acordo ortográfico acabará por cair em desuso.
Eu já fiz a minha opção: vou continuar a escrever Português de Portugal, como aprendi na antiga Escola Primária. É a minha forma de luta.
Façam todos o mesmo, que a porcaria do acordo ortográfico irá para o lixo.

isabel de Deus disse...

Faz pena o quase total silêncio do PSD sobre esta aberração. Faz ainda mais pena constatar a pressa com que o Expresso e a Visão aderiram ao "desacordo". Chega a ser tremendamente penosa a leitura destes periódicos, que outrora respeitei e que, provavelmente, deixarei de comprar.

Piratão disse...

Tecnocratas de merda - devíamos passá-los a todos pela ponta da espada e atirá-los ao mar.

Piratão disse...

"Faz pena o quase total silêncio do PSD sobre esta aberração." Faz pena o silêncio do PSD?! Eles são cúmplices nisto. Cavaco já andava com esta na manga quando andou por S. Bento. Só não foi para a frente no tempo dele porque como ainda estava bastante escuro às 9.30 da manhã o papelito passou desapercebido.

Anónimo disse...

E então as dezenas de editorias da jornalhada que terminam agora com «este texto foi escrito segundo as regras do novo acordo ortográfico» (ou coisa que o valha) ? A idiotia faz gala !
C'os diabos nós somos uma pobre gente, aqui d'El Rei ...
Da-sse !

Anónimo disse...

Se eles pagam ao Berardo para ocupar o CCB.
Se eles passaram a subsidiar fundações, do Soares ao Figo, em vez da cultura nacional.
Se eles dão cabo do Museu dos Coches, e alienam qualquer património que tenha valor imobiliário.
Se eles deram cabo do ensino da língua pátria.
Se eles até fazem negócio com a água, sustentáculo da vida.
...
Porque não hão de vender a nossa língua, que não tem dono, não tem custo, não tem valor, nem é cotada na bolsa?

E agora, que vai ser de nós, com estes bárbaros?

Cáustico disse...

Não aceito que uma chusma de mentecaptos cá do rectângulo se arvore em dono do idioma português e se julgue no direito de o abandalhar a pedido de uns tantos imbecis tupis com influência monetária.
No tempo que considerei oportuno, estabeleci o boicote ao acordo. Assim o fizessem também 70% dos portugueses. Julgo que não eram precisos mais.
O Dr. Graça Moura insurge-se? Procede ele acertadamente. Assim procedessem muitos outros que se dizem intelectuais.
Os protestos são indispensáveis e se todos os portugueses protestarem tanto melhor.
Mas protestar apenas, embora não deixe de produzir efeitos úteis e marcar posições, não é suficiente neste como em muitos outros casos de lesa povo, de lesa Pátria.
Protestar sim, sempre, mas agir sem tréguas, se queremos, nós portugueses, correr com os vendilhões da Pátria, correr com os vampiros infernais, com as sanguessugas vorazes que estão a conduzir o país à exaustão.
O povo, todo o povo, tem de se convencer que a sua defesa dos procedimentos nefastos dos vampiros que se instalaram no país e o sugam, está apenas nas suas mãos. Tem de agir, tomando decisões que, não sendo contrárias às leis que a corja vampiresca estabelece para seu único benefício, constituam forte entrave às decisões interesseiras de quem foi encarregado de governar.
Tenho protestado contra o acordo. Mas não fico por aqui. Actuo.
Deixei de comprar toda e qualquer publicação que respeite o acordo de 1990. A própria editora onde compro os livros cuja leitura me interessa está avisada: livros escritos com a grafia do acordo serão devolvidos.
Individualmente, cada português não tem força para se opor às trafulhices de quem foi encarregado de governar. Não posso no entanto deixar de reconhecer que um slogan do PREC, embora proveniente de fonte que me enoja, tem plena razão de ser: O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO. É necessária a união de todos para se impedirem desvarios interesseiros, vigarices, roubalheiras, corrupções, manobras que acabam apenas, em consequência da justiça que temos, em faces ocultas.
Que os portugueses pensem no que acontecerá se os tais 70% seguirem o meu exemplo: só leio publicações, sejam elas quais forem, de borla. Berrariam as editoras, berrariam os escritores e como estes têm força, vergariam todos os boys que se governam à nossa custa.
Aconteceu no BCP uma manobra para o pôr debaixo da influência do PS, manobra que levou ao descaramento de colocar no seu CA um boy que até tem registo criminal. Como não aceito tais manobras, a minha conta, onde mensalmente é depositada a minha pensão, passou de imediato para outro banco. Se os tais 70% fizerem o mesmo, as gentes do socialismo de merda não poderão mais contar com ele. Definhará.
A GALP, a BP e a REPSOL têm sido acusadas de manobras nos preços dos combustíveis para subir ainda mais os seus já elevados lucros. Pois bem, decisão semelhante foi por mim tomada: deixei de comprar combustíveis a estas empresas. E mais. Os próprios vales que algumas das grandes superfícies me dão para obter descontos vão direitinhos para o caixote do lixo.
Não me interessa a argumentação dos que só pensam em cifrões, melhor em euros, dos comodistas, dos não-te-rales, dos deixa correr, dos viciados no ripanço, de que os combustíveis que compro a outras empresas são fornecidos pela GALP. Seja, mas se todos lhes derem a lição que merecem terão de encerrar as suas estações de serviço por falta de clientes. E isso já será um aviso.
O argumento do baixo custo quando se utilizam os vales das grandes superfícies, que é também muito invocado, só mostra o grande defeito da maioria dos portugueses: a facilidade com que se vendem por um prato de lentilhas.

Anónimo disse...

caro s.c.
A reciclagem da lingua portuguesa encontra-se em paralelo com a reciclagem de outros produtos. A reciclegem não é a inocencia que aparenta...veja-se o caso dos sucateiros.
Se o acordo é acordo eu quero ser espanhol, neste caso castelhano. Deveriamos deixar que todos os outros falassem portugues e nós,com airoso golpe de rins passavamos a falar e escrever Lusitano.
ass Piromano gazeado.

Roberto Ceolin disse...

Não se preocupem que se a outra Guiné entar para a CPLP, pode ser que ainda passemos a utilizar a ortografia española para bem desses senhores.
ouvi outro dia na sic que a língua portuguesa é a última arma diplomática de Portugal; que patético!, onde é que vão buscar esta gente?!?!