10.10.07

INCONTINÊNCIAS

O Chefe de Estado quer - e bem - investigado e julgado o assunto "Casa Pia" até à exaustão. Catalina Pestana nunca se distinguiu pela continência verbal. A sua sucessora, inconsciente e irresponsavelmente, vem jurar que está "tudo bem" e que as "denúncias" da primeira são despropositadas. Outra incontinente, em sentido oposto, à vista?

7 comentários:

Anónimo disse...

Também acho, tal como a responsável sucessora, que está "tudo bem". (até me sinto mal com a minha ironia !)

A única COISA que está mal, mesmo pior que péssimo, é termos que "levar" a todo o instante e momento, com opiniões, declarações, afirmações, etc., etc., de quem está (por apadrinhamento) a dirigir instituições que deviam ser exemplos, não de BANDALHEIRA, mas de valor social ; e, neste capítulo, incluo TODOS os organismos em que o Estado tem responsabilidades.

Não aprecio nada as opiniões de gente que professa a igolatria, fundada na "sua" verdade absoluta, com evidente desprezo pelas dúvidas dos outros.

E, se nada mudar, se nada se investigar, se nada se divulgar, então vamos todos, em coro, dizer adeus à LIBERDADE !

aviador disse...

Eu tenho todas as duvidas sobre Catalina.
Então só na vespera de se ir embora foi fazer queixinhas ao procurador.

Não tinha também hierarquia no Ministério do qual dependia? E não disse nada?

E nãda disse quando, presumo eu, terá passado a pasta á sua sucessora?

Aquela senhora faz-me parecer aquelas figuras de velhinhas angélicas dos policiais.
No final são as assassinas!

Não merece a reforma que tem.

Anónimo disse...

Esta senhora com estas certezas todas devia ser,imediatamente,demitida!É como ser capitão de um navio e achar que não há tempestades.
Vai ao fundo!

Esta senhora tem outra função mais importante que colocar sempre em dúvida,a ausência de um crime que marca há duas centenas de anos aquela instituição?

Não deveria ela ter todos os dias pesadelos?

Ma,não!Diz o politicamente correcto.O ministro agradece!

Anónimo disse...

eu estou-me borrifando para essa gente toda - o problema de as coisas "não estarem bem" é, justamente, as crianças que lá estão, e que sofrem com tudo o que está a acontecer.

Primeiro, esse problema; depois, julguem-se os crimes de guerra. Mas essa gente toda é merecedora de cadeia, se me perguntarem a minha opinião.

Anónimo disse...

"Não tinha também hierarquia no Ministério do qual dependia? E não disse nada?"

Meu caro "Aviador", se a Sr.ª Dr.ª Catalina Pestana não o comunicou, como V.Ex.ª refere, à sua hierarquia, no Ministério do qual dependia, só ela sabe o porquê. E se V.Ex.ª fizer um esforço de memória possivelmente também descortina o porquê. A Sr.ª Dr.ª Catalina Pestana é suficientemente inteligente - a que está associada a sua experiência profissional dentro daquela instituição - para saber que ao transmiti-lo a mais alguém que não fosse ao Sr. PGR, estaria a dar um tiro no pé. Repare-se, agora, no alardido urdido pelos trabalhadores da Casa Pia contra a referida senhora. Pedem já a cabeça dela. E sabe porquê? Porque disse a verdade. Ou o V.Ex.ª não sabe que neste País dizer a verdade é razão mais que suficiente para se ser crucificado. A sr.ª Dr.ª Catalina Pestana é uma pessoa séria, honrada, honesta. É, acima de tudo uma mulher vertical. Para o politicamente correcto está lá, agora, quem na substituiu na função de Provedora.

Cump,s

Anónimo disse...

Maior incontinente é o Alberto João.

Anónimo disse...

É estranho que pessoas às quais são conferidas elevadas responsabilidades acabem por revelar publicamente tão pouca contenção e serenidade, aparentando pretender colocar-se acima das instâncias competentes num Estado de Direito, sob a capa - ou o pretexto - da salvaguarda dos mais elevados fins. Deixa-se a suspeição sobre a capacidade de a justiça funcionar como tal, inculca-se publicamente a dúvida, mas pretende-se manifestamente influenciar o seu curso em nome de convicções pessoais, emitindo juízos públicos, amplamente mediatizados, que só à justiça devem competir, perante as provas efectivamente produzidas. Relativamente a processos em curso, a regra dos cidadãos responsáveis deve ser a do silêncio sereno. Os juízos críticos podem fazer-se depois, a seu tempo. Da Itália renascentista restam-nos ainda hoje em algumas cidades, nos velhos muros, as carrancas em cuja boca se podia anonimamente largar a denuncia. Agora, tenho tido dificuldade em olhar algumas carrancas estampadas em jornais sem deixar de ver nelas as hodiernas pretensas bocas "della verità"!