*Por Joaquim Manuel Magalhães, publicado no suplemento Actual do Expresso de 27.10.07, e aqui editado graças à amizade vária que é recíproca em relação a quem sabe, depois deste post
O mundo das obras de arte (e aqui falo principalmente das obras literárias), só o sinto verdadeiramente próximo de mim quando se abre ou predispõe à expressão tensa da realidade. Não como simples espelhamento (técnica típica do que usa o subterfúgio para entrar na contabilidade das grandes vendas apesar, ou por causa, da habitualidade da escrita que utiliza) mas como comunicação organizada e estilisticamente nova do que explode dentro e fora de quem escreve, de quem se esmaga nas palavras que tenta usar. Quando procura ser um alicerce, ainda que não reconhecido por quase ninguém, de um sentido que combate, testemunha o combate, faz do quase impossível a procura do seu breve bem.
 
7 comentários:
E o mais extraordinário é que esta situação miserável é resultado de 30 anos de governação de um partido que se diz socialista e de outro social-democrata!
E que nos últimos 15 anos recebemos Milhões de Euros/por dia!
O Estado em Portugal tornou-se um factor de injustiça.É á sua sombra que se concretizam os grandes negócios,as prioridades no investimento,na distribuição de riqueza!
Emagracer o Estado é tirar poder a corporações de interesses cada vez mais insaciáveis!
Discordo apenas da frase "uma nova classe de pobres". A referência parece-me anacrónica, pois a reflexão dá a entender que a situação é nova ou actual. O que não é bem assim. A revolução Industrial já havia criado indivíduos com o mesmo problema.
A classe média , não é nem tem de ser um elemento diferente à classe pobre. Ela é, na maioria das vezes, pobre em consciência .
Nunca a classe média foi reconhecida como o motor da mudança .A classe média é um conjunto de cidadãos facilmente moldáveis às leis do consumo e do mercado.
Talvez seja bom para uma mudança de atitude e de mentalidade sofrer um bom bocado as agruras que já muitos estão a padecer.
Porque meu caro que valia tem um povo que num simples concurso televisivo elege a ditadura??Nova ou de Tipo Novo ??
Que resposta pode haver num futuro, quando o presente não é de Luta? E o hedonismo è sacralizado? Para onde vamos se não temos uma relação de identidade.
O filho que não sabe nem tem referências paternas. Desconhece o avô, o bisavô não sabe nem ninguém lhe fala do passado. Do Clã , do Grupo ,etc .
O desprezo que os governantes têm pela vida com dignidade terá respostas!
Em tudo há uma dialéctica.
Quando seca uma fonte. Vai nascer noutro lugar um rio nunca morre renasce noutras paragens. É sempre bom que alguém viva uma” vida simples , tenha um trabalho árduo e pensamentos elevados. “
«Envergonho-me um pouco desta posição.» (do PR)
Talvez se envergonhasse menos... se não estivesse a receber tres reformas por tres cargos dsempenhados em tempo: BdP, UnNova, PM...
A somar a uma parcela do salário de PR.
Talvez... se o imposto camuflado nos recibos da EDP, para o Audiovisual/RTP...não fosse necessário para pagar ordenados de 10/15 mil euros a licenciados em comunicação/locutores deluxo.
Talvez... eu visse de bom grado a redução da minha pensão de reforma, (sugeita a 24% de IRS e ao que aí vem)
Vale, que ainda anda por aí alguem que confessa alguma «vergonha»,
valor em queda acentuada na bolsa. Da política.
Vão se queixar ao Socialismo!
Texto magnífico. Análise excelente.
Quando chegará a vez destas vozes serão ouvidas? Até quando se poderá viver nesta surdez-mudez asfixiante?
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